por Marcelo Seabra
Do primeiro filme para o segundo, o intervalo foi de cinco anos. Do segundo para o terceiro, dez. Agora, tirou-se uma média: sete anos depois, temos o quarto episódio da franquia MIB: Homens de Preto – Internacional (Men in Black: International, 2019). Expandindo o universo que já conhecemos, tomou-se a acertada decisão de partirem para outros personagens, deixando os agentes J e K de lado e abrindo as portas para inclusive outras filiais da agência.
No longa de 1997, tudo era novidade e as bilheterias foram generosas, com uma arrecadação que passou de meio bilhão de dólares. O segundo ficou um pouco abaixo, tendo custado bem mais. E a fórmula se mostrou desgastada, com o alien da semana tentando destruir o mundo e os agentes tendo de impedir. O mau humor de K (Tommy Lee Jones) era balanceado com as piadinhas de J (Will Smith), mas tudo tem um limite. No terceiro, o roteiro nos levou ao passado, com duas versões de K, e sentimos aquela corrente de ar fresco. Mas o caminho para onde ir em seguida era incerto.
Felizmente, outra boa decisão foi tomada: seguir com personagens novos. Afinal, a agência MIB conta com tantos profissionais quanto o alfabeto permitir. E eles não se restringem aos Estados Unidos: nessa nova sequência, conhecemos o escritório de Londres. Molly é uma garotinha que tem contato com uma criatura de outro mundo e, após ver os pais terem a memória apagada, fica obcecada. Quando adulta, vivida por Tessa Thompson (a esposa de Adonis Creed), ela sonha se juntar aos homens de preto que apagam os rastros de vida alienígena.
O destino se cumpre, digamos assim, e Molly se torna a Agente em Experiência M. Para se provar capaz, ela vai para a filial Londres, sob a tutela do Grande T (Liam Neeson, de As Viúvas, 2018), e acaba trabalhando com a estrela local: o galã H (Chris Hemsworth, vulgo Thor). Juntos, M e H encontram uma missão sob medida para eles e acompanhamos uma aventura 100% nova. O que, é claro, traz ainda mais fôlego para a franquia. Muitas referências a outros filmes, como uma ótima e óbvia piada visual usando um martelo, vão deixar cinéfilos animadinhos. Reencontrando-se pós Universo Marvel, Valquíria e Thor mostram mais uma vez uma boa química. Emma Thompson volta ao papel de chefe do escritório americano e temos o acréscimo de Kumail Nanjiani (a voz do pequeno Pawny), Rebecca Ferguson e Rafe Spall.
O comportamento destrambelhado do melhor agente local não condiz com sua fama, isso chega a irritar. E a necessidade de mostrar Hemsworth sem camisa não é compreensível, a não ser que os envolvidos achem que isso é o suficiente para atrair o público feminino. Tirando uma ou outra derrapada, F. Gary Gray (de Velozes e Furiosos 8, 2017) faz um bom trabalho, ao mesmo tempo mantendo o clima dos filmes de Barry Sonnenfeld – até com a mesma fonte nos letreiros – e trazendo novidades, como a valorização do papel da mulher. A discussão do porquê eles serem “homens” de preto não poderia faltar.
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