por Marcelo Seabra
Para a direção e roteiro de Smurfs 2, quase tudo permaneceu como estava. Raja Gosnell é o responsável e os mesmos quatro roteiristas (J. David Stem, David N. Weiss, Jay Scherick e David Ronn) assinam, com a inclusão de Karey Kirkpatrick, cujo currículo inclui diversas aventuras juvenis (como As Crônicas de Spiderwick, 2008). A estratégia de não se mexer em time que está ganhando deve funcionar, já que o longa ruma para a mesma direção bem sucedida que o anterior. Mesmo não tendo nada de novo a apresentar, muito menos o frescor e a curiosidade que naturalmente abandonam sequências.
As criaturinhas azuis, invenção do cartunista belga Pierre “Peyo” Culliford, voltam a ter problemas com o mago Gargamel (Hank Azaria), o eterno inimigo delas. No dia do aniversário de Smurfette (voz de Katy Perry), todos se fingem de bobos para preparar uma surpresa para ela, mas a garota acaba acreditando que ninguém gosta dela. É então que somos apresentados à criação dela, já conhecida por quem acompanhava os personagens em outras mídias. Gargamel se aproveita da situação para tentar tirar de Smurfette a essência Smurf que ele tanto busca, que dará a ele poderes inimagináveis. Para isso, ele conta com duas novas criaturinhas, os Danadinhos, versões cruas e más dos Smurfs.
Como Gargamel passou para o mundo dos humanos, Papai Smurf (voz do falecido Jonathan Winters) reúne uma trupe e vai atrás da filha desgarrada. Em Nova York, eles voltam a encontrar com os Winslow, vividos por Neil Patrick Harris e Jayma Mays e o garoto Jacob Tremblay, o filho crescidinho deles. Brendan Gleeson (de Sem Proteção, 2012) engrossa o caldo como o padrasto de Patrick. Piadinhas visuais batidas, uso sem restrições da palavra Smurf e algumas lições de moral são enfiadas goela abaixo do público, que não demora a perceber a Smurf em que se meteu. Talvez agrade os menores, mas os pais ficarão aborrecidos. E nem adianta mencionar o grande número de talentos no time original de dubladores porque encontrar uma cópia com as vozes em inglês é mais difícil que ganhar na loteria.
Para RED 2, que traz o subtítulo Aposentados e Ainda Mais Perigosos, algumas modificações foram feitas. O diretor Robert Schwentke dá lugar a Dean Parisot (de As Loucuras de Dick e Jane, 2005), enquanto os roteiristas Jon Hoeber e Erich Hoeber se mantêm. No elenco, as novidades convocadas respondem por Anthony Hopkins (de Hitchcock, 2012), Catherine Zeta-Jones (de Terapia de Risco, 2013), Byung-hun Lee (dos dois G.I. Joe), Neal McDonough (da série Justified) e David Thewlis (de Cavalo de Guerra, 2011). Isso tudo para trazer novo fôlego à ação, mas não se fugiu do esquema do primeiro.
O trio principal, formado por Bruce Willis, Mary-Louise Parker e John Malkovich, volta a se meter em problema quando alguém vaza um documento confidencial para a internet e os ex-agentes Frank e Marvin são citados. Como eles não têm ideia do que está havendo, vai ser necessário correr atrás dos fatos e descobrir quem está atrás deles. Sarah, a namorada de Frank, aproveita para fugir da rotina e vai junto. No meio do caminho, claro, eles vão se encontrar com Helen Mirren (que brinca com seu papel mais famoso) e Brian Cox (de Coriolano, 2011), seus velhos conhecidos.
Algumas viagens internacionais serão obrigatórias, não vão faltar mortes e explosões e os personagens seguem fazendo piadas com as situações vividas. O bom humor que permeia a produção ajuda a agüentar os longos 116 minutos, que se tornam cansativos com tantas idas e vindas. Muitas pontas são deixadas e leva tempo para resolver tudo. Malkovich rouba a cena com frequência, já que Willis não parece estar muito animado. Byung-hun Lee é um tanto novo para o personagem, teria sido muito melhor chamar um ator mais velho, como Jet Li, Chow Yun-Fat ou mesmo Jackie Chan. Os demais nomes do elenco estão adequados, não há um grande destaque.
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