Eu e o Cinema em Cena

por Marcelo Seabra

Essa semana, recebi um convite muito interessante: participar da gravação da 31ª edição do podcast do Cinema em Cena. Fiquei satisfeito não só pela possibilidade de colaborar com o maior site sobre cinema da América Latina, que goza de imensa popularidade, ou de poder conhecer o Pablo Villaça, crítico de renome no cenário nacional que já dá seus pulos fora também, interagindo com um dos maiores nomes da crítica estrangeira, Roger Ebert. Fiquei mais satisfeito por poder voltar a um universo que foi meu dia a dia por dois anos – entre 2003 e 2005, para ser mais específico (a imagem acima é dessa época).

Tomei conhecimento do site quando entrei na faculdade de jornalismo. Um colega, que logo se tornou um grande amigo, me indicou e logo me viciei. Acompanhava as notícias do cinema através daquela seção Cinenews, que trazia um grande volume de notas por dia. Até que chegou o memorável momento em que li, na capa do site, uma oferta muito tentadora: trabalhar com a equipe. Para mim, já eram velhos conhecidos, mas eu poderia me tornar um deles. Já pensou: ser pago para escrever, e ainda sobre cinema? Seria um sonho realizado, sem nenhum exagero. Como eu atendia os pré-requisitos, resolvi tentar.

A prova não era fácil, mas deu para corresponder. A primeira questão pedia um filme de cada ator indicado por uma fotinha. Dos seis, errei um: respondi Vanessa Redgrave no lugar da Katharine Hepburn. A foto não era das melhores, mas confesso que nem com cor e alta definição eu iria fazer melhor. Mas citei três filmes de cada, até da errada. A próxima questão me permitiu exibir um pouco: citar três filmes do diretor Robert Zemeckis. Citei a carreira inteira, com uma ou duas omissões, até O Expresso Polar, que estava em produção na época. A última pedia uma notícia, no formato do site, usando um release da Fox como base. O longa era A Liga Extraordinária (aquilo mesmo!), baseado na série em quadrinhos que eu tinha acabado de ler, e aproveitei para gastar todas as informações que tinha.

O grande problema é que havia uma quarta questão, que foi explicada, mas não estava escrita. Deveríamos escrever sobre um filme qualquer, sem limitações, sem nenhum modelo. Bastava escrever. E, ao final, esqueci completamente. Dentro do ônibus, voltando para a faculdade (onde eu trabalhava), lembrei da falha e me desesperei. A saída foi escrever a toque de caixa, no horário de trabalho, e enviar por e-mail. E rezar para ser aceito. O alívio só veio com a ligação do Renato (Silveira, hoje Editor-Chefe do site): o texto seria considerado.

Foram dois anos de muita ralação, muitos textos escritos na hora do almoço, sem almoço, já que minhas outras atividades me apertavam o dia. Foram curiosidades, erros de continuidade, obituários, muitas notícias e a coluna que inaugurei, a Sobre Trilhas. Era ótimo o desafio de descobrir qual música era aquela, naquele momento específico, respondendo aos leitores as dúvidas enviadas por e-mail.

Tanto tempo depois (de 2005 a 2012 vão-se sete anos), é fantástico me reunir com esse pessoal, rever o Renato (espero que me perdoe por desenterrar a foto ao lado) e conhecer os novos membros da equipe, todos muito simpáticos. E é reconfortante ver o cuidado que todos eles têm com o site: além de manter bem o funcionamento de tudo que o leitor já conhece e espera, estão sempre pensando em novidades. Afinal, há alguns meses não havia podcast, outra dessas bem vindas novidades.

PS: a edição da qual participei do Podcast Cinema em Cena está no ar! Clique aqui para acessá-la. Ficou bem legal! 🙂

Sobre Marcelo Seabra

Jornalista e especialista em História da Cultura e da Arte, é atualmente mestrando em Design na UEMG. Criador e editor de O Pipoqueiro, site com críticas e informações sobre cinema e séries, também tem matérias publicadas esporadicamente em outros sites, revistas e jornais. Foi redator e colunista do site Cinema em Cena por dois anos e colaborador de sites como O Binóculo, Cronópios e Cinema de Buteco, escrevendo sobre cultura em geral. Pode ser ouvido no Programa do Pipoqueiro, no Rock Master e nos arquivos do podcast da equipe do Cinema em Cena.
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