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Derrota de Donald Trump é um duro recado à extrema direita; entenda por quê

Líderes extremistas vêm destruindo a imagem da direita e dos conservadores. Nos Estados Unidos, as consequências já começaram

Um já foi. Falta o outro (Foto: Brendan Smialowski/AFP)

A célebre frase “é a economia, estúpido” cunhada pelo marqueteiro democrata James Carville, que previu a vitória do então desconhecido Bill Clinton sobre um fortíssimo George Bush, em 1992, continua viva e mais que válida. Nos EUA, Brasil ou Júpiter, eleitores votam com o bolso e a barriga cheios (ou vazios).

Trump conduziu os Estados Unidos a uma retomada econômica monumental. O liberalismo é – e sempre será! – a solução para os problemas criados por estatistas, expansionistas, socialistas e outros “istas” da espécie. Livre mercado e doses cavalares de democracia são a “CoronaVac” contra o atraso e subdesenvolvimento.

Não fosse a pandemia de Covid-19, Donald Trump serviria o mundo com mais quatro anos de arrogância, brutalidade, preconceito e unilateralismo, enquanto os americanos seriam agraciados, é verdade, com mais empregos e aumento de renda. Por pior que seja um presidente (como ser humano), ele é julgado pelo que faz; não pelo que diz.

A despeito da crise econômica causada pelo novo coronavírus, Trump poderia ser reeleito.Quando seu obscurantismo, egocentrismo e ódio se somaram ao desemprego, dívidas e falta de renda dos americanos, sua derrota tornou-se inevitável. Fosse ele um cara relativamente “normal”, talvez recebesse mais quatro anos de mandato.

Bolsonaro, um limitadíssimo e obscuro político do baixíssimo clero, não reúne condições intelectuais – e morais – para administrar sequer um condomínio de três casas e seis moradores. Para piorar, cerca-se, em grande parte, de gente ainda mais desqualificada (talvez na esperança de não se sentir tão pequeno quanto é).

Por isso, resolveu emular o bufão alaranjado norte-americano: se Trump é contra o isolamento, o amigão do Queiroz será. Se trump é contra a vacina chinesa, o marido da Micheque será. Se Trump acredita na cloroquina – para os outros, claro! – o pai do Flávio Rachadinha acreditará. Faltou, contudo, ser o Trump da economia.

O Brasil chegará em 2022 em frangalhos, à beira do apocalipse econômico. Contas estouradas, dólar nas alturas, desemprego gigantesco e crescimento – se houver – ínfimo. Como eu sei? Ora, basta abrir os olhos e deixar de acreditar em Papai Noel. O mundo estará, em boa parte, assim também. Por que raios Banânia estaria melhor?

Se a economia não servirá como ativo eleitoral a Jair Bolsonaro, tampouco lhe servirá o discurso contra a corrupção. Bater no PT e nas esquerdas também não produzirá mais tanto efeito prático. Sobraria, no limite, a imagem de um político “do bem”. Um cara humano, agregador, solidário. Mas este, certamente, não é o “mito”.

Pobre, doente e cada vez mais frustrado, o eleitor brasileiro estará cansado de insultos e de discórdia. Soldado fraco não luta na guerra! Outro dia escrevi, aqui mesmo neste espaço, que políticos como Trump e Bolsonaro estão matando a direita, com esse jeito asqueroso de serem e de agirem.

Ou Bolsonaro e sua malta aliviam a ira e a boçalidade, ou o Brasil correrá o sério risco de assistir ao retorno catastrófico da esquerda ao poder. Na falta de uma opção ao centro, é bom não facilitar, como estão facilitando estes boçais extremistas. Já tivemos doses suficientes de incompetência e corrupção.

Leia mais artigos meus em: IstoÉ, Estado de Minas e Facebook
** Atenção: Este texto não reflete a opinião do Portal UAI, e é de responsabilidade exclusiva do seu autor**
Ricardo Kertzman

View Comments

  • Pois é. Acaba de ser encontrada a solução ideal para enfrentarmos a criminalidade política e midiática.
    Num país como o nosso tomado por milhares de corruptos, quadrilhões ocupando todos níveis dos órgãos públicos os alopros, as maracutaias e a roubalheira bilionária deve mesmo ser combatida jogando flores sem dó nos criminosos.
    Uma roleta russa de pétalas de margaridas puxadas pelo STF simbolizando o mal e bem me quer cairia muito bem.
    E viva o país da Sarneylândia do passado e da Lulândia sendo ressuscitada na marra no governo da Bolsolândia.

  • Essa destridade ou canhotagem de ultra esquerda ou direita, centro ou qualquer política baseada em pontos cardeais, que diz nada com coisa nenhuma para enganar o trouxa do eleitor.
    Resumindo: Essa conversa não passa de junção de quem não presta com quem não vale nada, sem nenhuma proposta do que realmente interessa ao país.

  • Olá Inundado, o fato é que a inflação em Pindorama já deve estar beirando os 30% do dia primeiro de 2019 para cá. Isso é muito ruim para a patuleia, os zé ninguens de sempre. Os Bolsonaros e os milicianos serão postos atrás das grades, haverá super hiper lotação nos presídios!

  • A única esperança do Bolso é ver anulada as condenações do Molusco para polarizar com ele em 2022, pobre Brasil.

  • Baby, Baby, Baby, eu avisei !! Agora, depois de 2 anos e meio é que você percebeu que fez campanha para um lixo, que nunca apresentou nada de produtivo em 28 anos de carreia política. Mas, o discurso é : "temos que tirar o PT". Explica aí : como vou melhorar uma coisa, piorando essa coisa. Qual a lógica desse raciocínio ? Aliás, pede a ajuda do robô Robes Mendes para te ajudar, pois tá difícil de entender a cabeça dos Bolsomions, cada vez mais arrependidos !!! Embala que o filho seu, careca !!!

  • Poxa escriba que decadência hein.Quase nenhum comentário.A máscara da defesa da integridade,honestidade e lisura acabou.Sobraram poucos,vim aqui para dar minha esmola de opinião.O moralismo deu com os burros n'água.

  • "Trump conduziu os Estados Unidos a uma retomada econômica monumental."
    Em todos os anos do governo o PIB cresceu menos que a dívida pública. Assim é fácil rs
    "O liberalismo é – e sempre será! – a solução para os problemas criados por estatistas, expansionistas, socialistas e outros “istas” da espécie. Livre mercado e doses cavalares de democracia são a “CoronaVac” contra o atraso e subdesenvolvimento."
    O liberalismo para um país como EUA ou China é a maravilha mesmo. É problema para países como o Brasil que não consegue concorrer com essas potências, é claro. Mesmo o Trump, é liberal só nos países dos outros né. Mas bem protecionista com a indústria nacional, não é mesmo?

  • Que o Bolsonaro é um desastre na política não há dúvida, mas não sei por que jornalistas chamam o Trump e Bolsonaro de "extrema-direita". Não faz o menor sentido.
    Direita extrema não é faltar com responsabilidades, desprezar doenças, doentes entre outras loucuras. Ora, o Bolsonaro não fez nenhuma privatização, não eliminou impostos(na verdade ele nada em dinheiro de impostos, além de furtar), não deu autonomia nenhuma ao povo, não incentivou o empreendedorismo...enfim, nada fez em termos de política de direita, quanto mais de extrema-direita.

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