Duas faces de uma mesma moeda

José Sarney fez escola: assim como o ex-presidente mais impopular da história, que foi ser senador pelo Amapá, Dilma quer disputar o senado pelo Piauí

Quanto mais pobre e ignorante é o eleitor, mais manipulado e enganado ele é. Não à toa, os 34% que ainda declaram voto no futuro presidiário (Lula) pertencem às classes mais baixas, menos instruídas e concentram-se nos estados mais pobres do norte e nordeste do país. Sem estes, o multiprocessado e hepta-réu criminal não passaria de 15% das intenções de voto.

Após deixar o governo, José Sarney — o ex-presidente mais impopular da história — , um canalha que banhou o país com corrupção e hiper-inflação teve de concorrer (e venceu!) ao senado pelo Amapá. Se hoje o estado continua não sendo um primor de desenvolvimento sócio-econômico, imaginem, meus caros, lá pelos idos de 1990. Aliás, não estou bem certo, mas creio que o Amapá fora criado naquele ano mesmo. Casuísmo pouco é bobagem, né?

Quase trinta anos depois, outro desastre presidencial, que igualmente banhou o país com corrupção e inflação — além de desemprego e a maior recessão econômica da história — , a doidivanas amalucada, a siricutica do planalto, a indefectível saudadora de mandioca, Dilma “dona doida” Rousseff intenciona recorrer a um curral eleitoral para conseguir uma boquinha em Brasília.

Como foi defenestrada pelo PT do Rio Grande do Sul, a auto-assumida trabalhadora alcoólica, antes inclinada a digladiar-se com Aécio Neves em Minas Gerais, parece encontrar no Piauí o local perfeito para uma candidatura fácil. O estado é um dos três ou quatro mais pobres, com piores níveis educacionais e menor expectativa de vida do Brasil, ao lado do Pará, Maranhão e Alagoas. Não fossem estes bolsões de miséria, esta classe maldita já teria sido extirpada da vida política nacional.

Uma pena! Seria interessantíssimo — além de muito triste, claro — assistir a um confronto entre duas personalidades tão adoradas atualmente. Imagino que o embate se daria em altíssimo nível: de um lado, uma espécie de trombadinha bem vestido, educado e eloquente; e de outro, aquela criatura, apesar da forma humana (ainda que muito mal acabada), algo mais parecido com um castor alimentado com cogumelos tóxicos.

Aécio poderia explicar a mala com seu primo Fred, e Dilma a compra de Pasadena, dentre outros. Ela defenderia Lula e ele… também! Afinal de contas, um gambá sempre cheira outro. Pobre Brasil.

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