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Os pobres que se danem!

Ao confiscar mais de 40% da renda do setor privado, o Estado só faz penalizar quem produz e quem gera riqueza.

 

A função social do imposto é distribuir renda. Ao taxar os mais ricos o Estado transfere o dinheiro destes aos mais pobres, através de serviços públicos eficientes e acessíveis, como por exemplo: bons hospitais, boas escolas e bom sistema de transporte coletivo. Desta forma, ao não ter de pagar por tais serviços, os mais pobres poupam dinheiro e podem, assim, usufruir de melhores condições de moradia e adquirir mais bens de consumo, diminuindo, um pouco, a distância que os separa dos ricos em termos de qualidade de vida.

Bem, o que vocês leram acima é tão somente a teoria, já que, a prática, ao menos no Brasil, sabemos ser inversamente proporcional. Primeiro, porque nosso sistema tributário não atua na renda, mas, sim, no consumo, penalizando igualmente a todos, ricos e pobres. Segundo, porque além de não fazer “justiça social” com o dinheiro dos impostos, os governos brasileiros não conseguem traduzir em melhoria de vida a dinheirama que arrecadam. E terceiro, porque sequer os serviços básicos de saúde, saneamento e educação — nem vou tocar na questão de infraestrutura e de segurança — o Estado consegue prover. Para onde, então, escorrem os trilhões arrecadados anualmente?

Simples. Para os ricos novamente. Não os ricos da sociedade civil. Estes, coitados, se lascam duplamente. Primeiro, pagam impostos acachapantes, que os obrigam a comprar bens de consumo por três ou quatro vezes o valor médio mundial. Depois, por terem de pagar novamente por tudo aquilo que já contribuíram: Plano de saúde, escola particular, transporte privado, etc. Afora as taxas e tarifas estaduais e municipais como IPTU e IPVA. Os ricos são assaltados neste país! Mas para quais ricos, então, segue a grana toda?

Para os ricos do setor público, ora essa. A máquina estatal consome mais de 70% de todo o dinheiro arrecadado com os impostos. O restante é dividido pela previdência, juros e investimentos. Claro que a conta não fecha! Daí o país endivida-se a cada ano para dar conta do custeio da máquina. Salários, benefícios, aposentadorias especiais, mordomias,  benesses… O setor público suga toda a riqueza que a iniciativa privada gera e apropria-se de forma confiscatória. Quanto mais o Estado endivida-se para custear a si memso, mais penaliza os ricos, através do aumento constante dos impostos, e mais penaliza os pobres, pois nunca consegue suprir suas demandas.

Aqueles que defendem um Estado cada vez maior — como fazem as esquerdas — são chupins aproveitadores do esforço e do trabalho de terceiros, pois visam apenas os próprios ganhos. Os pobres? Ora, os pobres que se danem! Ou alguém realmente acredita que esta gente gosta de pobre?

Leia mais, aqui.

 

Ricardo Kertzman

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