Virando a página das lamentações

É inegável que até o momento, pesando tudo que estamos assistindo, temos motivos de sobra para reclamar. Seja da direção administrativa, do comando técnico, e –  como consequência disso – do desempenho do time em campo. Nem as classificações para a sequência das competições conseguem esconder o descontentamento do Atleticano com o time.

Afinal, tanto pelo Campeonato Mineiro quanto pela Copa do Brasil, as apresentações não condizem com a expectativa e tampouco com o histórico da tradição do Galo ao longo dos tempos. Na competição nacional, depois de quatro jogos, foram duas vitórias, um empate e uma derrota. Estes dois resultados inesperados foram em duas atuações abaixo da crítica. A primeira delas, sob o comando do ex-treinador, e a outra (que ainda incomoda) na última quarta-feira.

No Mineiro, três derrotas inexplicáveis, ao lado de três empates surpreendentes, somando apenas cinco vitórias em onze jogos. Foi o suficiente para assegurar a terceira colocação, distante do histórico e da tradição do time nesta competição. Registradas essas considerações, vamos agora – conforme proposto no título – tentar mudar essa situação.

O Galo é o time da virada, o Galo é o time do amor! Assim o Torcedor, nas arquibancadas, sempre reage em partidas em que começamos com placar adverso. Que seja assim a partir de hoje à tarde no Independência. O Torcedor irá, outra vez, levar o seu apoio e incentivo em busca de uma reação, que pode significar muito. Não só no Mineiro, como também enviar sinais de crescimento na Copa do Brasil e lançar esperança sobre o Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana, que batem à porta.

Sinto, a cada nova ida ao Horto, que o Atleticano não se entrega. Os gritos de apoio e incentivo acompanham a equipe desde o início das partidas até o final. Quarta-feira, frente ao Figueirense, por duas vezes atrás no placar, o Torcedor não parava de cantar. No momento decisivo das penalidades, fez jogador adversário tremer ao caminhar em direção à marca da cal. Dois deles capitularam e fizeram a estrela de Victor reacender a nossa chama da esperança.

Pois, mesmo registrando e sequer deixando de considerar todas as nossas críticas pela situação, vamos lotar o estádio e levar incentivo aos jogadores. Seguros, claro, de que eles (atletas profissionais) saberão fazer sua parte. O momento requer e exige sintonia entre gramado e arquibancada. O Torcedor sempre tem jogado com o time, e este, sim, que tem falhado com a Massa. Se entenderem isso e colocarem alma e coração em ação, evidente que farão adversários tremer novamente.

Teremos pela frente hoje o chato time da URT, que foi nosso concorrente nas semifinais de 2016 e 2017, sendo que nas duas oportunidades saímos vitoriosos. Os números, ao longo do tempo e recentes, são amplamente favoráveis ao Galo.

Vejamos:

Se temos 44 títulos, o segundo colocado soma apenas 36 conquistas. E nos últimos dez anos, estivemos em todas as finais. Vencemos cinco e igual número de vice-campeonatos. O que tem quatro títulos, chegou duas vezes na segunda colocação. Vale dizer que em quatro oportunidades o contendor do Galo foi outro concorrente direto. Fechando as contas, o América teve um título (2016) e um vice-campeonato (2012), enquanto Ipatinga (2010) e Caldense (2015) beliscaram a segunda colocação.

Para manter essa hegemonia, fundamental é o apoio incondicional da Massa, desde que encontre correspondência em campo. Daqui nunca faltou. Que eles (os profissionais) façam sua parte. Caso contrário, ação imediata da direção, tanto no comando técnico quanto no gramado. Acredito no bom entendimento e é com esse espírito que retornei à Cidade do Galo (Belo Horizonte) na noite passada.

Que assim seja!

Os resultados dos jogos de ontem deram a lógica esperada.