Vencer, vencer, vencer, este é o nosso ideal!

Bora lá no Morumbi em busca de pontuar. É difícil, claro. Enfrentar o São Paulo na capital paulista sempre foi complicado. Me lembro de duas vitórias épicas na casa deles, uma por um a zero e gol do Tardelli. A outra, inesquecível, foi a virada naquele mata-mata da Libertadores de 2013. Saímos perdendo, e, graças à expulsão do zagueiro Lúcio (fosse um juiz brasileiro o enredo daquele ano teria sido outro), seguimos até à conquista da Copa Libertadores.

Hoje, evidente, o resultado lógico seria a vitória do adversário. Os paulistas, sim, via de regra, costumam tirar pontos do Galo em Belo Horizonte. Lá, ao contrário, os resultados indiscutivelmente são favoráveis ao São Paulo. Apesar disso, sinceramente, tenho uma boa expectativa para essa partida. O Galo, com novo treinador (muito distante do que gostaria para o time), tem boa motivação para a partida. Especialmente depois da vitória, até certo ponto inesperada, sobre o Santos no domingo passado.

Os desfalques, tanto de Elias quanto de Cazares, não deixam o Torcedor em aflição. Diria que muitos entre nós acreditamos mais no time sem um, outro, e até ambos. Tanto Elias quanto Cazares, faz tempos, passaram a ser contestados pelo Atleticano. O primeiro por sua pouca movimentação em campo e o equatoriano pela sua instabilidade nos jogos, ambos reclamados por falta de comprometimento.

O Galo, ao longo de sua história centenária, sempre foi um time de garra e a superação técnica caracterizou grandes conquistas no passado. Essa condição de raça e amor à camisa preta e branca, ao que sentimos, passa distante de alguns jogadores, onde os dois desfalques se enquadram. Pelo que acompanhamos depois que Mancini assumiu o comando, o time tem uma formação mais definida que nos tempos de seu antecessor.

Di Santo, por exemplo, embora não tenha mostrado tanta qualidade, assegurou a vaga em detrimento das constantes oscilações de seus concorrentes e também do ex-treinador. O argentino mostra muito mais vontade que Ricardo Oliveira e Alerrandro, ainda que o jovem, vindo da base, tenha recebido menos oportunidade que o veterano jogador que veio do Santos.

Sem Rever, ele deve manter Leo ao lado de Igor Rabelo. Essa zaga, depois de 17 rodadas, conseguiu segurar o ataque adversário e não levar gols. Cleiton é unanimidade, até pela falta de melhor alternativa. Nas laterais, Guga e Fábio Santos, mesmo contestados, superam distantes seus eventuais substitutos. Já no meio de campo, enquanto sonhamos com Jair, Nathan e Blanco para a próxima temporada, vamos com apenas um deles, ao lado de – acreditem – Zé Welison ou Martinez ou Vinicius e ainda Luan e Otero pelos lados. É duro!

É com esse time que vamos até o final do ano. Não tem tempo para mais nada. Só espero que façam o melhor, tragam um ou três pontos, reacendendo entre os Atleticanos a segurança em permanecer na série A em 2020. Depois, com o recesso futebolístico, que a diretoria – caso não entregue o comando para uma nova mentalidade – tenha melhor discernimento para o nosso futuro.

É importante e bom que os atuais mandatários, capitaneados pelo Sette, entendam que o Torcedor que reclama dessa gestão e até mesmo pede pela mudança do comando, não age contra nomes de pessoas e sim a favor do Galo. Todos nós queremos que a diretoria, seja com quais membros for formada, tenha o melhor desempenho administrativo e financeiro, como consequência disso, no futebol.

Não dá é pra passar dois anos consecutivos sem comemorar sequer um campeonato regional e ser eliminado das copas Brasil, Libertadores e Sul-Americana como fomos nesta temporada. E ainda fazer uma campanha tão irregular como essa do Brasileiro.

Em tempo: ora, ora, ora!

Vejam as incríveis coincidências. Árbitro e bandeira 1 do jogo de hoje. Ambos trabalharam no primeiro jogo da decisão do Mineiro desta temporada. O juiz era VAR e não avisou da penalidade do Dedé em Igor Rebelo ao final do primeiro tempo. Já o bandeirinha foi aquele que marcou escanteio a favor do adversário que originou o segundo e decisivo gol. Foi tiro de meta e debaixo das barbas dele. Bruno Arleu de Araujo e Rodrigo Figueiredo Henrique Correa, respectivamente, são os nomes das feras. Cuidado Galo, ambos do Rio de Janeiro.

*fotos: Bruno Cantini/Atlético