Vencemos, pontuamos, mas precisamos melhorar

Voltei para casa assim como a maioria dos Atleticanos: aliviado com os três pontos e a ascensão na tabela de classificação. Em que pese até mesmo entender que o placar poderia ter sido maior, ao final, foi suficiente para o momento. Vencer um clássico doméstico, historicamente, faz bem ao Galo. Já presenciei campanhas pífias, que quando vencíamos essa partida, o time crescia na competição.

Nesta temporada, ao contrário, apesar dos melancólicos resultados com Vasco (derrota) e São Paulo (empate), vencemos as outras quatro partidas: Vitória, Corinthians, Atlético do Paraná e esta de ontem no Horto. Então, diferente de outras ocasiões, nosso começo de campeonato tem sido muito bom. Não apaga, entretanto, as eliminações das Copas Sul-Americana (por opção da diretoria) e do Brasil (por incompetência do time).

Vencer um clássico, independente da situação, já é gostoso. A vitória que nos garante na parte de cima da tabela, melhor ainda. Como disse, não fosse – especialmente – o Ricardo Oliveira pecar em finalizações e ainda perder um gol feito debaixo das traves, teríamos iniciado a festa muito antes do apito final do árbitro.

Essa história de que o adversário atuou com time alternativo não me convence. Jogaram com o que tinham para a partida, afinal, não temos absolutamente nada com a vida dessa gente. Até considero que o elenco do adversário é muito mais equilibrado que o do Galo, já que ainda carecemos de três a cinco reforços imediatamente. Sendo assim, os eventuais desfalques não representariam qualquer possibilidade de quebra no comportamento da equipe no gramado.

Jogamos com autoridade para vencer, como assim o fizemos na primeira partida da final do Mineiro, quando atuaram com o que querem chamar de titulares e metemos três a um. Perdemos o título posteriormente, a exemplo das eliminações das duas Copas, por incompetência nossa e não mérito de qualquer dos três adversários.

Sobre ontem, ainda a respeito da equipe derrotada, apenas lamento a postura, ou melhor, a descompostura de seu treinador. Que é uma mala conhecido e reconhecido em todo território nacional, indiscutivelmente, todos sabemos. Recentemente foi até julgado e apenas advertido por ter feito gesto ao Torcedor Atleticano, dando conta de que o juiz teria “roubado” sua equipe.

Ontem, novamente extrapolou, com gestos obscenos para a mesma Torcida do Galo, apontando para sua genitália, seguido de outro gesto pornográfico com a própria mão. Lamentável que um comandante de uma equipe profissional tenha esse tipo de comportamento. Faz lembrar aquele episódio, dele próprio, quando foi uma infeliz opção para treinador da Seleção Brasileira, em que se negou a fazer o teste do bafômetro numa blitz no Rio de Janeiro. É um fanfarrão!

Mas, que o mimimi fique lá com seus arroubos e inconsequências, aqui o que interessa é o Galo. Vencemos, embora não convencemos. Chegamos a mais de 70% de aproveitamento, situação de time que busca título. Até a tal parada para a Copa do Mundo, temos seis jogos, sendo apenas um fora de Belo Horizonte. Acredito num bom desempenho do time, dirigido por Thiago Larghi, que merece receber os reforços que necessitamos e ser efetivado no comando técnico.

A zaga de ontem, ao que sinto, é a melhor opção. Emerson, pelo que mostrou, está muito à frente de Patric, e Bremer é titularíssimo. Foi preciso que o Atleticano cobrasse muito essa formação para o treinador fazer a opção. Outro que merece jogar mais tempo que os seis minutos de ontem é Alerrandro. Creio que quando o garoto balançar as redes pela primeira vez, será seu “debut” e liberação para repetir a alegria do Torcedor até o final do campeonato.

Gostei de quase tudo, faria apenas duas ressalvas. Ganhamos, mas achei o trio de arbitragem complicado. Ah, alguns diriam, ele expulsou jogador adversário. Pois é, deveriam ser dois. Além do Mancuello (que é uma malinha e provocador), também o Bruno Silva deveria ter recebido o segundo cartão amarelo. Aliviava para o lado de lá e constrangia em “bronca” com os nossos jogadores. Vencemos, ainda assim.

A outra. Em que pese a Torcida – ainda que em número inferior ao potencial do Galo – relevar embates da direção, ontem, a segurança do clube proibiu a entrada de faixas e cartazes protestando contra a situação que passamos recentemente. Tanto de eliminações, quanto de arroubos da direção contra Torcedores. Lamentável, num período tido como democrático, que isso possa ocorrer na entrada de um estádio de futebol. Continuamos os Torcedores, jogadores e comissão técnica, fazendo o seu papel. Falta a diretoria tomar o mesmo caminho. Se não atrapalhar, já ajuda muito.

Em tempo: Amo a Torcida Atleticana, de maneira especial pela irreverência, característica que tanto aprecio. Por isso, divido com o leitor a foto acima que recebi pelas redes sociais. Somos diferentes da mesmice que querem nos enfiar goela abaixo. Aqui é Galo, por#@!