Vamos pegar o Fortaleza na contramão da expectativa na temporada

Indo ao Ceará, enfrentar o Fortaleza, o Galo viajou sob absoluta desconfiança de seu maior e ignorado patrimônio. O Torcedor! Não houve um único, entre centenas que falei ,de quarta-feira até agora, que demonstrasse alguma mínima confiança na direção, no treinador e nisso que querem chamar de time. “Vox Populi, Vox Dei”! A voz do povo é a voz de Deus, no caso específico nosso, a voz do Torcedor é a voz da razão.

Por mais que a diretoria, capitaneada por aquele que vem se firmando como o pior e mais detestável dirigente máximo de todos os tempos, insista em não ouvir o sofrido e entristecido Atleticano, o caminho escolhido – se não alterar o seu percurso imediatamente – poderá nos levar a um caminho sem volta.

Tenho lido muito aqui, em comentários de leitores, e ouvido na rua, que estão apequenando o Galo. Não sem razão, o que Sette e seus asseclas pretendem ninguém sabe entender.

Mas, se continuar assim, vamos virar um time de meio de tabela, oscilando entre disputar as séries A e, ainda que ocasionalmente, visitar a Segundona.

Essa diretoria teve tudo para trazer o Atleticano para caminhar ao seu lado, quando começou com aquela conversa de “austeridade”, se tivesse trazido à luz qual era a situação que receberam.

O que o clube devia, para quem, valores, enfim – sem querer ser repetitivo – dessa “transparência” à situação, seguramente o Torcedor teria abraçado e tolerado um período de transição.

Mas, como agiram, não conseguiram fazer uma coisa nem outra. Depois de dois anos de mandato, o presidente faz um pronunciamento horroroso, onde se destacaram “obviamente” que vão tentar rejuvenescer o elenco através de “escambos” (troca de jogadores), mas qual entre os do nosso elenco pode ser cobiçado por outras equipes?

Patric foi procurado pelo São Paulo, Sette antecipou a renovação e deu aumento. Ricardo Oliveira foi sondado pelo mesmo São Paulo e Santos, agora tá ai nos infernizando. Elias, igualmente, pelo Internacional. Três jogadores, ao que parece, juntos recebem a bagatela de um milhão mensais (quem sabe até mais) e não rendem absolutamente nada em campo.

Sobre a folha de pagamento, outro tema similar a uma caixa preta, ninguém sabe ao certo qual o valor mensal dela (que está em atraso), tampouco a relação dos salários. Houvesse transparência, mas isso passa à margem, o Torcedor (insisto, o maior patrimônio do time) saberia até como reagir individualmente. Cobrando e aplaudindo, desde que o rendimento fosse condizente aos salários.

Desde quinta-feira, relacionada a salários, circula pelas redes sociais uma lista que mostra uma folha mensal de 6,5 milhões, o que e, um ano ultrapassa a 85 milhões de reais. Ouvi de gente próxima à direção que a lista é falsa, tudo bem, o melhor desmentido seria a divulgação real do que cada atleta recebe.

Além do salário na carteira, os contratos ainda têm o pagamento do direito de imagem e uma terceira em favor do agente (empresário). Não existe como equilibrar as contas assim, sobretudo com contratos de cinco anos para jogadores inexpressivos e – coincidentemente – do mesmo agente.

Diante dessa situação calamitosa, vamos lá à capital cearense tentar o improvável. Vencer o bem treinado time do Rogério Ceni, que também luta contra o rebaixamento. Em 2005, foi numa partida com o mesmo Fortaleza – que com o mesmo sabor de quarta frente a Chape – sentimos o amargo gosto do caminho para o inferno.

Será que só nós, Torcedores, estamos preocupados? Diretoria que dispensa, com atraso de dez rodadas, trazendo um treinador menos qualificado como Vagner Mancini está de sacanagem com o Atleticano. Só phode!

Em tempo: O sonho de todo Atleticano é acordar com a notícia da renuncia ampla, geral e irrestrita dessa fracassada diretoria.

*fotos: Bruno Cantini/Atlético