Não vou falar de estádio e shopping, afinal, este assunto – por mais relevante que seja – já tem nos ocupado demais nos últimos tempos. O Atleticano, dividido ou não com esse tema, prefere o time vencendo em campo a ficar debatendo e quase engalfinhando com as teses de economia, que absolutamente pouco ou quase nada de conhecimento possuímos. Alguns, sim, pelo que se ouve na cidade e se lê aqui nos comentários. Ainda assim, sem qualquer sinalização de consenso.
Antes de entrar no que me motiva a postagem de hoje – entretanto -, devo fazer um registro pessoal. Tomei decisão, apesar de não ter voto no Conselho. Se ainda fosse um de seus membros, votaria pela autorização da negociação. Farei uma breve explicação. Convenci-me pela opinião de pessoas abalizadas, pelo sentimento da Torcida e por puro “feeling”. Os argumentos do Eduardo Gribel, postados aqui na sexta-feira; a opinião favorável do nosso personagem da crônica de hoje, grande responsável por aquela área ser do Galo; e – principalmente – o sentimento da Torcida manifesto aqui e nas ruas pela aprovação.
Não sigo a maioria por conveniência, mas por intuição. Aprendi na vida que a intuição é a melhor conselheira nos momentos de grandes dúvidas. Intuo, portanto, que será um grande negócio para o Galo. A ousadia, a diversificação, o trabalho da diretoria, tudo isso aliados geram bons resultados. Quanto aos atuais dirigentes, apesar do mau desempenho do time em campo e da falta de interesse em esclarecer ao Torcedor. Como insiste entre nós, o amiGalo LuGalo, ”meio por um e meio cavalo arriado só passa uma vez na nossa porta”.
Sem querer insistir no debate, prefiro acreditar no Conselho e na boa fé dos nossos dirigentes. E Gribel foi muito convincente. Outra. Esse negócio de imaginar que o Estado vai passar o Mineirão para o adversário não existe. Por mais não Atleticano que seja o governador, ele não seria alucinado em comprar uma briga com a maioria dos mineiros, a não ser que compense aos mesmos valores ao Galo.
Mas, vamos ao que me motiva nesta segunda-feira, a primeira do mês de setembro. Conheço Moreno Neto faz tempos, eu a ele e não ele a mim. Desde os meus tempos de criança em Araxá, já ouvia falar nesta figura impoluta, hoje com 84 anos e esbanjando vigor e profunda lucidez. Foi assim que, na quinta e na sexta-feira, tivemos duas boas resenhas para falar de coisas em comum de nossas vidas, desde amigos, formação profissional, nosso Galo e – muito especialmente – sobre a área onde está localizado o Diamond Mall.
Coube a Moreno Neto, um advogado recém-formado embora já na idade madura, despretensiosamente e folheando o “Diário Oficial”, perceber que a desapropriação da área pela Prefeitura de Belo Horizonte – em 1970 (Decreto 1874 de 2 de outubro) – tinha por finalidade exclusiva construir a sede própria da administração municipal num prazo de cinco anos. Depois de decorrido este prazo, sem que o objeto tivesse sido levado a efeito, poderia o antigo proprietário (no caso, o Galo) requerer a “reintegração de posse”. Ele conta que levou o assunto ao presidente na ocasião, que não demonstrou qualquer crença nesta possibilidade.
Daí, procurou um ex-presidente, José Ramos Filho, que abraçou a tese e ainda financiou todo o custo processual na ocasião. Em 1976, Clube Atlético Mineiro e Prefeitura de Belo Horizonte foram notificados e, posteriormente, correu a ação na Justiça. O Galo perdeu em primeira instância, venceu o recurso interposto no Tribunal de Justiça (por dois a um), posteriormente em decisão definitiva no STF por três a zero. Com isso, mais de dez anos depois da propositura da ação, retomou aquela área que acabou negociada para a construção do Diamond Mall.
Foi graças a este abnegado Atleticano que foi signatário da petição inicial ao lado de um dos filhos do Zé Ramos, o médico Pedro Ramos (o pai não podia por questões profissionais) e do advogado Demétrio Mendes Ornelas, que o Galo recuperou o terreno que – não fossem eles – hoje certamente seria formado por enormes prédios residenciais ou comerciais na área mais nobre e mais valorizada da capital mineira.
Moreno Neto, ao discorrer sobre aquele momento, lembra que o local teve destinação totalmente desvirtuada com a realização de feiras, festivais de Chopp, circos e parques de diversões, mas o decreto era taxativo ao assegurar depois de cinco anos o retorno do patrimônio ao Galo. Coube, evidentemente, pagar à Prefeitura o valor da desapropriação corrigido aos números correspondentes da época. Cita ainda que quando entraram com a ação, já se especulava, inclusive, a possibilidade da Vale do Rio Doce adquirir o terreno para sua sede.
Infelizmente, nossa memória nunca registra ações interessantes e dignas de aplauso, mas sempre aquelas condenáveis são objeto de conversas e cobranças. Se fosse citar aqui, desde conquistas até perdas de direitos sociais, outras de competência de estados e municípios e até chegar a inúmeros ex-dirigentes do Galo, nossa lista seria enorme. Entretanto, poucos sabem sobre a ação de Moreno Neto que, como Atleticano, dedicou e acreditou neste que – seguramente – é nosso segundo maior patrimônio. Só sendo superado pela Massa.
Este blog, sem procuração do Galo e da Torcida, presta uma homenagem ao abnegado Jornalista, Advogado e Atleticano, Francisco José Moreno Neto, autor intelectual de uma ação que assegura o futuro da maior de todas as instituições de Minas Gerais, o Clube Atlético Mineiro.
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“Portanto, os argumentos em prol da construção do estádio não se sustentam após um olhar minimamente cuidadoso. Na verdade, abusam de apelos emocionais e populistas, similares em tom e substância àqueles que permeiam o debate de políticas públicas no país.
(Dr. Emanuel Ornelas, doutor em economia pela Universidade de Wisconsin-Madison dos EUA, professor titular da Fundação Getúlio Vargas e ATLETICANO.)
“Ah mas ninguém aqui é economista e blá blá blá...”
Eu diria mais, o fetiche do Nepomuceno e atual cúpula atleticana pelo estádio parece muito mais de viés político do que esportivo e econômico.
O torcedor sabemos, é passional.
O que assusta é ter conselheiro e jornalista fazendo campanha pelo sim baseado naquela cartilha da diretoria.
Com todo o respeito à titulação do torcedor em questão, é a opinião de mais um torcedor. Imagino que vários aqui que debatem devam ter seus títulos e nem por isso o usam como carteirada (não que o nosso colega torcedor o tenha feito). Minha mãe usa um ditado dizendo que em casa ela trata doutor com chute na bunda.
Mas não diziam que as opiniões sobre o estádio só teriam legitimidade se advindas de especialistas, especialmente em economia?
Bom, tive 2 formações, adm e eng., e não é de forma alguma por isso que tenho minhas convicções sobre o tema.
O texto não poderia ser mais claro e objetivo e converge com a minha opinião, embora eu não seja especialista em economia.
Pra que o estádio renda o prometido o time precisará ter alta performance durante toda a temporada, como foi o Palmeiras ano passado.
O carro chefe do estádio é o time.
Logo o clube precisará investir na formação de um time que efetivamente consiga disputar os títulos IMPORTANTES.
Porém o investimento pra que não ocorra o que estamos vendo com o Atlético esse ano precisa ser acertivo e cirúrgico.
O time de 2013 geraria público e a renda em qualquer estádio, próprio ou alugado.
O de 2017 nem se tivéssemos a Allianz Arena do Bayern.
E não entendi o pq de sua mãe ter esse ódio no coração.
kkkkkk, tem ódio não, chefe. Na verdade vc não entendeu foi nada.
Prezado, interessante seu artigo. Porém peca por não trazer números ou estatísticas que justifique o que você escreveu nele. Veja bem, a parte de dizer que o investimento no futebol poderia trazer melhores retornos é forte, mas do que adianta ter bons reforços se não se pode abrir espaço a torcida para vê-los jogar? O Mineirão é proibitivo pelo seu alto custo, e para pagar esse custo o ingresso precisa ser vendido mais caro ou se vendido barato precisa colocar acima de 40mil pessoas no estádio para compensar. Nem todo jogo é atrativo para essa platéia toda. O independência limita muito a participação do torcedor não sócio, eu mesmo já desisti diversas vezes de ir ao estádio pois não tinha como ficar na fila esperando pra poder comprar o ingresso, e quase sempre nos jogos importantes os ingressos mais baratos são vendidos em sua totalidade aos sócios galo na veia.
Outro ponto interessante é o fato do galo não estar vendendo o shopping totalmente, e sim metade dele. Teremos o dinheiro do shopping em um futuro próximo em quantia bem mais relevante que os 15% atuais, e também teremos o estádio que vai representar um ganho enorme para o estado e para o GALO.
Concordo com você que os argumentos contra a construção devem ser amplamente divulgados e discutidos, assim como os a favor. E também acho que o mais correto seria a diretoria abrir a torcida o plano financeiro mais detalhado para o projeto. Mostrando mais que projeções os números reais que foram utilizados e a forma de se chegar a eles.
Porém não consigo imaginar que um trabalho iniciado pelo agora prefeito Kalil, e que conta com apoio de grandes empresários atleticanos e muita gente qualificada profissionalmente inclusive em finanças não tenha sido muito bem projetado.
São quase 5 anos trabalhando nisso, não é possível que não haja seguridade nos dados e nos números. Conheço um conselheiro do clube com familiaridade no projeto, e que está atuando junto com o Pedro Tavares no convencimento dos que tem duvidas ou querem votar não. É um empreendedor muito bem sucedido, e que já demonstrou sucesso em alguns projetos muito interessantes e criou negócios rentáveis do nada. Não creio que um sujeito assim seria facilmente enganado. Imagina então a maioria dos conselheiros do nosso amado clube?
Por fim, assim como todo atleticano de verdade o que quero é o melhor para o clube que amo. E no momento me parece que o estádio seria o melhor. Espero que isso se confirme no futuro e que não sejamos levados como você citou pela vaidade de ter um estádio próprio.
Saudações alvinegras
Prezado Eduardo,
Parabéns pela merecida homenagem ao Moreno, por quem nutro muito carinho.
E como mesmo ao falar do Moreno o tema acaba chegando ao estádio, gostaria de registrar um artigo contrário à construção do mesmo, que publiquei na Folha de S. Paulo no último domingo: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxlbWFudWVsb3JuZWxhc2VvfGd4OjcwY2MyNmYyMjRhNDY1NGU
Entendo que você (e pelo visto a maioria da torcida) apoia a construção do estádio, mas acredito ser importante termos debate amplo antes da decisão crítica que se aproxima, inclusive (ou principalmente) ouvindo as vozes destoantes, para que a decisão seja a mais informada possível. Afinal, as consequências para o futuro do clube serão enormes.
Saudações alvinegras,
Emanuel Ornelas
Desculpe a sinceridade Emanuel Ornelas mas não vi embasamento nenhum em sua análise, que considerei bem superficial.
Li seu artigo na Folha e fiquei ainda mais convecido de que o Atlético tem mesmo de construir seu estádio.
Como assim pegar R$ 250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões de reais) e montar um time como você propôs ? Coisa de maluco. Até hoje sofremos com as lembranças, dívidas e lambanças da Selegalo.
O estádio vai ser um patrimônio imobiliário de valor expressivo. O negócio do Atlético é futebol. Veja qual dos grandes clubes do mundo abre mão de seus estádios.
Cabe aqui um parênteses pois alguns dos contrários à construção do estádio argumentam que deveriamos compartilhar o estádio com o rival de BH assim como o Milan e a Internacionale fazem em Milão.
A estes desinformados esclareço que o Milan vai inaugurar seu estádio próprio na temporada 2018/2019.
Voltando ao nosso estádio, importante ressaltar que ainda manteremos metade do Diamond. O nosso patrimônio imobiliário só vai crescer, portanto.
O Mineirão tem um sócio chamado Minas Arena que fica com parte expressiva da renda e ainda com o que é arrecadado com estacionamento, bares, shows, placas de publicidade, etc.
O contrato de arrendamento do Mineirão se encerra em 2037, podendo ser prorrogado até 2045. Foi constituído através de um ato jurídico perfeito e seus efeitos valem até o fim de sua vigência.
Vamos ter que esperar mais quanto anos para poder decidir sobre nossos interesses esportivos e financeiros em relação à datas e outros aspectos fundamentais da gestão de um grande clube de futebol ? Ficar presos ao Mineirão para que, se podemos ter nosso próprio estádio ?
Ter que dividir datas de jogos com o rival e ainda com a agenda de shows do estádio ? Olha o tamanho do nosso prejuízo técnico e financeiro.
O edital de concessão do Mineirão impede a participação dos clubes na administração do estádio como o próprio Alexandre Kalil alertou à época. Vamos ficar então eternamente à mercê de interesses de terceiros ?
Importante lembrar que o rival vem tentando, sem sucesso, rescindir seu contato com a Minas Arena. Se fosse um bom negócio jogar lá porque estariam tentando a rescisão ?
O Independência, além de ser pequeno para o tamanho de nossa torcida, também nos acarreta os problemas de não ser um estádio próprio e de ter de conviver com as bravatas da diretoria do América, basta lembrar que teve diretor ameaçando impedir o Atlético de jogar lá. Isso ocorreu este ano. Para que viver constantemente sob este constrangimento se podemos ter nosso próprio estádio e decidir com autonomia sobre o que é melhor para nós ?
O aspecto esportivo é fundamental e os números dos grandes clubes que jogam em casa estádio próprio são incontestáveis.
Até agora só tenho visto os cruzeirenses se descabelarem pelo fato do Atlético estar construindo seu estádio.
Já os grandes atleticanos, empresários de sucesso, homens muito bem sucedidos em seus negócios, como Alexandre Kalil, José Salvador Silva, Eduardo Gribel, Ricardo Guimarães, Rubem Menim, Emir Cadar e tantos outros estão todos favoráveis ao projeto. São atleticanos que fizeram muito pelo nosso clube e suas trajetórias são públicas e reconhecidas pela torcida. Será que eles estão errados e uns meia dúzia de três ou quatro é que estão certos ?
Vox populi, vox Dei. A voz do povo é a voz de Deus. Se for feita uma pesquisa tenho a certeza de a imensa maioria da torcida apóia a construção do estádio. E o povo atleticano espera que o Conselho atenda nosso clamor pela construção da nossa casa.
Em vez de ficar procurando cabelo em ovo para tentar impedir a construção do nosso estádio, deixarei uma mensagem aos que são contrários a este grande projeto parafraseando o grande presidente norteamericano John Kennedy: não pergunte o que o Atlético pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer pelo Atlético.
Eu sou sócio do Galo desde o começo do programa, pago o Galo na Veia Black, compareço a todos os jogos, e vou comprar uma cadeira no primeiro dia das vendas.
Vou ao campo desde menino, à partir da adolescência posso contar nas mãos as vezes em que não fui a um jogo do Atlético em BH e olha que já estou com 55 anos de idade. Apoio de forma intransigente o time durante os jogos. Isso é o que posso fazer. E enfatizo: muito ajuda quem não atrapalha.
A única pergunta que a diretoria ainda não respondeu com relação ao estádio é: quando e onde eu compro a minha cadeira cativa ?
Vamo Galo ficar cada dia maior e mais forte. Sim à construção do estádio do Atlético.
Dr. Emanuel Ornelas,
Esse artigo agrega valor inestimado ao debate.
Saudações!
Eu também gostaria que mais Atleticanos abnegados fossem homenageados, Eduardo, ajude-nos a conhecê-los, faça sempre um texto sobre cada um dos verdadeiros Atleticanos que ajudaram nosso Galo ser o que é hoje, o mais amado, festejado e grande CAMpeão, Clube Atlético Mineiro.
Farei o que me for possível. Vamos descobrindo aos poucos.
Desde quando surgiu a história do Estádio do Galo eu fiquei entusiasmado com a ideia. Quando o Nepomuceno disse que estavam criando um projeto que não tiraria nenhum centavo do futebol do clube, fiquei ainda mais animado. Porém, não há almoço grátis! Vender 50% do shopping representa retirar do futebol 50% da renda que esse shopping daria ao clube e, portanto, ao seu futebol, a partir de 2026. Estamos falando de algo em torno de R$ 30 milhões por ano. Portanto, antes de se discutir se ainda assim vale a pena o negócio, precisa ficar estabelecido que o presidente do Galo faltou com a verdade ao anunciar que os recursos do futebol não seriam afetados com a construção do Estádio.
Minha contrariedade com o projeto é que penso ser possível, ao final do prazo do arrendamento, outras composições que preservassem a propriedade do shopping, ou de sua maior parte (p.ex. 90%) ao mesmo tempo em que se viabilizaria a construção do Estádio. Muita bobagem tem sido dita sobre esse assunto. A maior de todas é que “o clube não é administrador de shopping e não saberia como fazê-lo”. Não vale a pena discutir nesses termos. Também outra falácia é dizer que ½ + 1 = 1 ½ . Isso porque também 1 + 1 = 2 e 2 > 1 ½. Já a tal história do “cavalo arriado” foi também um dos "argumentos" postos pelos adeptos do estádio do Corinthians quando na fase de projeto e que hoje tem um custo de R$ 2 bilhões.
Mas eu não quero e nem vou nadar contra a corrente. Todo projeto posto num papel é sempre muito atraente. Ficam visíveis apenas suas vantagens e as possíveis dificuldades são jogadas para baixo do tapete. Os formadores de opinião já se convenceram, a torcida idem e, parece, também o Conselho do Clube. Então não é o caso de ficar repisando o que poderia ser diferente e, talvez, melhor. É torcer para dar certo e para que o Clube saia muito maior dessa empreitada, embora penso que menor do que poderia.
Porém, uma última coisa ainda me incomoda. O valor anunciado da obra está “muito em conta”. A contratação da construtora será por “Preço Máximo Garantido” o que não deixa de ser um alívio. Porém, a autorização para a alienação do shopping que será dada pelo Conselho parte da premissa que será possível contratar uma construtora para fazer a obra, conforme projeto apresentado, pelo valor estipulado.
E se a autorização de alienação de parte do shopping for dada, o negócio concluído e DEPOIS se descobrir que os orçamentos para a construção da arena é muito maior do que o anteriormente previsto? Ok. O presidente garantiu que “não começa a obra enquanto todo o recurso necessário não estiver disponível”. Mas o que fazer se o shopping foi vendido a pretexto de construir a arena e DEPOIS se descobre que os recursos auferidos não são suficientes?
Nesse momento de oba-oba não se pode esperar prudência e cautela de ninguém. Mas seria muito conveniente que a autorização para a alienação do shopping, se for essa a decisão do Conselho, seja dada com a condição restritiva de que o negócio somente poderá ser definitivamente concluído após a apresentação dos orçamentos das construtoras GARANTINDO que os recursos advindos da alienação do shopping, da venda das cadeiras cativas e dos naming rights já contratados SERÃO SUFICIENTES para que a arena seja, de fato, construída.
Jorge bom dia!!
Suas dúvidas são válidas, mas creio que o projeto foi bem elaborado, temos uma torcida que faz a diferença e o estádio vai dar lucro compensando qualquer perca de receita com o Shopping.
Quanto a construção com certeza a MRV está envolvida e tem know hall para isso.
Tem tudo para dar certo, arena bonita e moderna, boa localização e o principal nossa torcida que é fiel e fanática.
Me parece que essa cláusula existe. O recurso da arena será será depositado em uma conta que não poderá ter destinação diferente da construção da arena.
Além disso, o Pedro Tavares afirma que já tem o orçamento do projeto de pelo menos duas construtoras aceitando o valor pré-aprovado. Claro que como você bem disse uma coisa é o projeto e outra a execução do projeto. Mas ainda assim, me parece uma grande oportunidade para o galo e o momento ideal para tornar o sonho da casa realidade.
Caro Jorge,
A explicação mais convincente em favor do estádio veio do... Eduardo!
Que hje é a favor por intuição.
E por incrível que parece é o argumento mais honesto, se não for até o único argumento válido até o momento, por mais vago e impreciso que seja.
A cartilha em PDF é apenas uma espécie de "santinho" eleitoral.
Os números são imprecisos, superficiais e superestimados.
Superestimados a favor do estádio e subestimados para o shopping.
Não foi apresentado nenhum estudo, seus detalhamentos e critério utilizado.
Outra pergunta que ficaremos sem resposta: qual o balanço atual do Diamond?
Se em 2014 o Atlético recebeu 9 mi por 15% (= 60 mi), qual é o valor atual, já que a administradora aumentou consideravelmente a arrecadação após um plano de reajustes de aluguéis e diminuição de custos?
Como o shopping avaliado em mais de 1 bi em 2014 como garantia na negociação da dívida fiscal do clube, pode entrar nessa negociação por 494 mi, sendo que o tempo de alienação usado na sua depreciação diminuiu?
Caro João Reis,estes times que você citou nunca foram e nem serão grandes como o Galo.e o bacalhau sempre é administrado por verdadeiros bandidos(vide lista anterior de presidentes).E quanto ao Guilherme,não compare estes times ao Galo.e todos os estádios construídos por equipes grandes nem de longe tiveram um planejamento como o nosso.se não fizermos agora não faremos nunca.fiquei abismado com jornalistas no programa meio de campo da rede minas condenando a construção da nossa Arena,defendendo o uso do Mineirão.estão claramente a mando da minas arena e do governo.o sonho da minas arena é o Galo jogar lá,e sendo assim o governo não precisa reembolsa-los por prejuízos.este Poleiro Alvinegro está incomodando muita gente.
E para agradecer ao Eduardo por contar a história do nosso querido Tio Francisco, o Moreno Netto atleticano abnegado que, junto com outros valorosos atleticanos, nos permite hoje sonhar com um futuro ainda mais cheio de glórias e conquistas. Valeu Eduardo.
Em 1947, portanto 71 anos atrás, a diretoria do Clube Atlético Mineiro projetou a construção de um estádio na então efervescente região da Pampulha.
O objetivo era marcar os 40 anos de fundação do Atlético com uma obra que iria permitir a construção de um estádio para 35.000 espectadores na avenida Antônio Carlos na região da Pampulha, local à época em Belo Horizonte com maior potencial de valorização.
Este estádio iria abrigar a maior torcida de Minas Gerais, missão que o histórico porém acanhado Estádio Antônio Carlos, com seus 15.000 lugares, já não conseguia mais atender.
O registro histórico foi feito pelo jornalista Chico Mais em seu blogue em 2016. O projeto não foi adiante pelos interesses que se sobrepuseram aos do alvinegro à época.
O Brasil iria receber a Copa do Mundo de 1950, forças políticas atuaram e foi construído o Estádio Independência.
Eis aqui o ponto para uma reflexão fundamental para o futuro do Clube Atlético Mineiro: se, 70 anos atrás, tivéssemos conseguido construir um dos maiores estádios do Brasil à época qual seria o tamanho do Galo hoje ?
Certamente teríamos mais chances de ser um Clube ainda maior em conquistas esportivas e em patrimônio. É bem verdade que a inauguração da Estádio Independência coincide com uma fase de grande sucesso do Atlético nos gramados.
Mas se tivéssemos nossa própria casa não teríamos perdido o bonde da história como aconteceu com o advento do Mineirão.
Esta é a enorme responsabilidade do atual Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro:
Será que vamos deixar passar a oportunidade de ter um estádio próprio como todos os grandes clubes de futebol do mundo ?
Será que daqui a 9 (nove) anos a MRV, quando o Diamond Mall será de propriedade integral do Atlético, terá um terreno em localização tão privilegiada para nós doar ?
Será que em 2026 haverá um atleticano como o Ricardo Guimarães para garantir a compra das cadeiras cativas e assegurar recursos fundamentais para o andamento das obras ?
Será que daqui a tantos anos o Rubem Menin poderá garantir R$ 60.000.000 (sessenta milhões de reais) pela compra dos names wrights ?
Será que daqui a nove anos eu estarei vivo para poder comprar uma cadeira cativa e realizar o sonho de poder dar uma contribuição, dentro das minhas possibilidades financeiras, para tornar o meu time do coração ainda maior, com um belo e promissor futuro pela frente ?
Será que Belo Horizonte poderá esperar tanto tempo por um equipamento urbano que vai gerar milhares de empregos diretos e indiretos, impostos e que colocará a cidade como uma excelente opção para a a realização de grandes shows ?
Será que perderemos a chance de uma vida, de novo, de construir uma casa própria, que permitirá a volta do povão ao estádio, proporcionará experiências únicas aos nossos torcedores, permitindo que nossa torcida continue crescendo, mesmo tendo de enfrentar a fortíssima concorrência do futebol europeu e seu processo inexorável de globalização através da TV a cabo e internet, e a desleal guerra contra clubes brasileiros, que recebem cotas de televisão muito maiores do que as nossas ?
É isso mesmo ? Por causa de medo vou perder a oportunidade de ver o Atlético se consolidar com um dos cinco maiores clubes de futebol do Brasil ?
Será que não viverei para ver o Galo concluir o processo que vivenciamos desde 2012 de se consolidar como a maior torcida do Brasil fora do eixo Rio-São Paulo já visualizando a oportunidade de tomar o lugar do Vasco no ranking nacional ?
Não é possível. Que se deixem as vaidades, medos e dúvidas para trás e vamos em direção ao futuro.
Nao sabia dessa historia, pode ter certeza dessa vez o trem da historia nao vai passar e deixar o galo pra tras ja tem passagem comprada pro dia 18 com 290 passageiros.
Boa Marcelo! Aos poucos o passado glorioso do CAM vai tomando conta do nosso boteco _ Canto do GALO_ e fatos até então desconhecidos de muitos vão enriquecendo ainda mais o espaço. Não sabia destes detalhes e ObriGALO por compartilhar conosco... Muito bom saber qto rica é a história do nosso GALO...e como diretorias antigas deram bobeira ou não levaram a sério questões q engrandeceriam ainda mais o CAM. Valeu amiGALO , saudações! ??? GALO
Caro Eduardo,
Como atleticano devo alertar à nossa nação atleticana:
Desapropriação, Prefeitura, Políticos, Kalil, muito cuidado com essa tal arena.
Quem poderá acabar no circo seremos nós abnegados torcedores, que ainda prestigiamos pelo menos 5 vezes / mês.
Abraço
Arimateia qual sua tribo? Falar mal do kalil. Ta bom, vovó mafalda e melhor no circo.
O Mineirão é um estádio público do Estado de Minas Gerais e pertence aos mineiros. Todos. Na reforma foram alinhavados acordos entre os clubes de que tudo que se fizesse no Mineirão para beneficiar um clube haveria que fazer para o outro. O América ficou num segundo plano porque é menor e o estado já deu o Independência para eles.