Time que é a cara da diretoria e do comando técnico

Sem alma, sem inspiração, sem comprometimento, sem vontade, enfim uma equipe que não representa a imensa Nação Atleticana, espalhada por Belo Horizonte, Minas Gerais, pelo Brasil e todo o mundo. Austeridade que gera economia de vitórias, abstinência de gols – com um camisa 9 que marcou um mísero tento em duas dezenas de partidas – e como consequência zero de título a comemorar.

O resultado disso, outro vexame na presença de quase 20 mil Torcedores num sol escaldante na manhã deste domingo. E pensar que fomos derrotados nada menos pelos reservas do Internacional, que poupou todos seus titulares para a partida decisiva da Copa do Brasil. Vergonha! Falar da omissão da diretoria é como chover no molhado, a resposta oficial é conhecida, ou melhor, manjadíssima. Estádio do Galo e Austeridade. Enquanto isso, lá vai a Massa descendo a ladeira, seja da Rua Pitangui ou da Ismênia, soltando a plenos pulmões os palavrões que o time merece.

Palavrões, iguais ao que este blogüeiro proferiu ao sair o primeiro gol do Internacional, “time FPD”. Nada demais, não fosse a imediata repreensão feita por funcionário da comunicação social do Galo. O mesmo que, jogo a jogo, distribui uma “mídia kit” e – isso é observado tem tempos por mim que inclusive já demonstrei a amigos que ficam nas proximidades – quando na semana o blog elogia o time, recebo um exemplar. Na semana que critico, acintosamente me evita. Me divirto a cada jogo. “Hoje tem. Hoje não tem!” E ontem não teve, já estava de espírito armado, claro!

Quanto a isso, rapidamente e por deliberação pessoal, doravante até que determinadas atitudes sejam levadas a efeito na gestão do Galo, deixo a tribuna de imprensa que frequento tem décadas e desço para o Galo Na Veia. Diga-se, cartão que tenho desde o lançamento em maio de 2012 e que a cada partida levo alguém para sua utilização, sendo uma voz a mais a incentivar o time. E que ainda na origem, dava desconto e pontuava como fidelização. Por decisão unilateral e sem comunicação, deixou de conceder beneficio ao detentor do GNV.

Pois bem, apesar de toda essa desgraça em torno da gente – chegamos à quinta derrota consecutiva no Brasileiro – estou embarcando nessa semana para a Argentina. Na esperança de que estes jogadores, esse treinador (como eu queria o Santana de verdade, Telê, ou até mesmo o Felipão nessa altura) tome tento e coloque quem merece vestir a camisa do time. Isso que está jogando é merecedor daquelas e de muitas outras considerações e adjetivos. Time fraco, mal treinado, mal gerido, como consequência, essa nossa agonia.

A meu juízo, Alerrandro ou Di Santo, qualquer deles é muito mais eficaz que o Ricardo Oliveira. Ontem, aos exatos cinco minutos do primeiro tempo, esse jogador – que seus afetos defendem como agregador e pregador do otimismo – foi flagrado dando bronca no jovem e prata da casa Bruninho. Ora, caro Ricardo Oliveira, quem lhe concedeu essa autoridade para tal atitude? Isso, por si só, já o qualifica de líder negativo. Réver e Elias, também no primeiro tempo, tiveram um entrevero. Clima ruim! Entre outras teimosias do treinador a escalação desse tipo de profissional se destaca. É com isso dai que vamos para as semifinais da Sula? Temo! Não trëmo.

Outro caso sério é Cazares. Reincidente, vem expondo o Galo nas páginas policiais. A meu entender deveria ter sido, tempos atrás, exemplarmente punido. Como nada acontece, acaba facultando aos companheiros essa total apatia e falta de compromisso no gramado. Vinicius, jogador que esteve bem em dois ou três jogos – notadamente frente ao Botafogo na Copa Sul Americana – voltou a ser um Vina e nada tem acrescentado em campo.

Martinez, esse dá dó, não sei de onde o senhor Rui Costa foi entender que isso joga bola. Fábio Santos (voltou ao seu normal), Rever (de novo irreconhecível), Elias (acomodado), Chará (não vale metade do que foi pago por ele), Nathan (isso é do Chelsea?) e Patric (não acertou um cruzamento).

Salvaria Cleiton, Leo Silva e Bruninho. Di Santo deixo como uma incógnita. Agora que completou 90 minutos em ação. Foi 15 minutos com o Bahia, meia hora com o Botafogo e um tempo inteiro frente ao Internacional. Nestas entradas, já fez mais que Ricardo Oliveira em dezenas de jogos. Fora eles, estão em débito impagáveis com a Massa a própria diretoria e o comando técnico. Santana, seguramente, parece ter sido prejudicado pela visibilidade que ganhou na imprensa nacional. Esperar Ricardo Oliveira – entre outras insistências – marcar no momento certo, tem nos custado pontos e queda na tabela.

Em tempo: Diferente da tentativa de patrulhar o blogüeiro, o Galo fez uma interessante ação na partida. A faixa “Galo é vida”, com o laço símbolo na cor amarela, distribuída ao Torcedor e ainda utilizada na camisa do time é digna de elogios. Faz parte da campanha Setembro Amarelo, de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Ainda assim, quero deixar claro que em todas as vezes que sinalizei por voto de confiança, sempre foi motivado pela minha fé Atleticana, nunca por quem comanda. Precisamos de diretoria profissional, treinador cascudo e jogadores comprometidos. Torço pro Galo e não pelo Sérgio ou pelo Cássio.

Fotose imagem: capa e 1) de memes; 2) do blogüeiro; 3) arquivo pessoa/Luma