Essas duas semanas sem Galo, restando tão e somente quatro jogos (dois em casa e outro mesmo número fora) para encerrar a temporada, tem me levado a pensar muito sobre essa minha (nossa) relação com o nosso time do coração. Cada qual, entre nós, com sua história (alguns e eu também com muita estória) pessoal por tempos (muito longo) de grandes emoções. Tanto para sentimento de tristeza e raiva quanto de alegrias e comemorações. No meu caso, prefiro lembrar dos bons momentos, que foram intensos.
Fico daqui (literalmente daqui onde estou, na minha Araxá, em função de situação familiar) lembrando dos meus primeiros passos na Atleticanidade. Nem acho necessário repetir, muitos dos amiGalos que ganhei aqui neste espaço, conhecem bem meu processo de evangelização ainda na doce infância. Pai flamenguista; irmão estudante em BH, encantado com um time emergente (hoje decadente) dos anos 60, salvo por um cunhado Atleticano que entre tantos catecismos sobre o Galo, primava por levar esse então garotinho para ver o time preto e branco no recém-inaugurado Mineirão. Todos os três já vivendo na espiritualidade. Aquilo era o máximo para quem conhecia tão e somente o modesto estádio Fausto Alvim.
Pois bem, depois desse tempo todo, com muitas e fortes emoções – como mencionei, privilegiando as melhores que pude vivenciar – faço um balanço deste mais de meio século de vida Atleticana. O primeiro título, em 1971, sob a batuta do mestre Telê. Viagens com a Gargalo 13, em tempos bonitos, onde torcida organizada era uma deliciosa confraria de amigos que em comum dividiam a paixão pelo time. Uma formação mágica dos tempos de Cerezzo, Reinaldo e companhia, que deixavam beques na saudade, mas sofreram com Wright, Aragão e outros do gênero.
Equipes que pareciam modestas e por pouco não conquistaram títulos (por exemplo o de 1999, só não foi campeão por culpa de um árbitro de Minas Gerais), que encantaram o Atleticano e todo o Brasil. Tempos mais recentes, sob o comando do Cuca, a quase conquista do BR de 2012, parado pela ação nefasta e mal-intencionada da arbitragem, do time comandado pelo R10. No ano seguinte, a campanha inesquecível da Liberadores. Já em 2021, naquele mágico ano, conquistando Brasileiro, Copa do Brasil e até a Super Copa do Brasil.
Daí, cá desses ares do Araxá – num misto de emoção aliada ao compromisso profissional com esse espaço -, que me brindou com novas e boas amizades que a vida me encaminhou, festejo a minha e a nossa Atleticanidade. Tantos, são muitos entre os leitores amiGalos, que pude conhecer e tomar um café Atleticano lembrando cada um da sua experiência e vivência como Torcedor de arquibancada e boas resenhas. Sou e serei eternamente grato ao UAI que me convidou já no distante ano de 2016 a assumir e assinar este espaço.
E nessa reta final de mais uma temporada, igual a todo Atleticano, vou fechando o ano com os mesmos registros. Aqueles clássicos mineiros no BR, putz, nos tiraram sete pontos. Os resultados com os times do Z4 e ainda muito mais que isso. E a nossa distância para e eventual líder é de tão e somente cinco pontos. Lembrando que, em 2020, três míseros pontos – em roteiro idêntico – nos separaram do título. Assim é, sempre foi e continuará sendo essa nossa rica, sofrida e muito festejada vida Atleticana. Em 2024, com o mesmo tesão que sempre me guiou, estarei com minha filha nas cadeiras G12 e G13, levando nosso apoio, sonhando e torcendo pelo Galo. Sou Atleticano de coração, nada vai me mudar, nenhum aventureiro provocador irá alterar esse roteiro que aprendi ainda na infância daqui deste meu Araxá. Assim seja!
Fotos: arquivo pessoal
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Falando de Atleticanidade, sempre fui GALO,desde garoto. Meu pai e meu irmão mais velho , sendo atleticanos , ajudaram a encaminhar o processo. Os times do GALO é que não ajudavam muito.
A lembrança mais remota que eu tenho, foi de um torneio disputado aqui em BH. Pelo rádio, eu escutei o GALO perder de 6 x 1 da União soviética, sendo que aos 25 minutos do primeiro tempo, já perdíamos por 5x0. Lembro disso perfeitamente, pois a cada gol da URSS, meu primo cruzeirense que morava com a gente, só sorria.
Isso foi em 1966.
Eu vi o GALO ficar 5 anos sem ganhar das Marias, vi perder um campeonato mineiro para elas, estando com 5 pontos de vantagem e faltando 3 jogos. (Nessa época, a vitória valia 2 pontos).
Mas vibramos muito com o título mineiro de 1970, (o primeiro da minha memória) e no ano seguinte, o título brasileiro.
Ainda tem a história, em que o meu pai comprou uma cota da sede campestre do csa mineiro.
O foda é que todo domingo eu ia ao clube, de carona em uma caminhonete lotada de marias, onde só eu era GALO.
Tempos difíceis, né?
Boa tarde.
Poisé. Falar o que né?
Vc é quem sabe onde o calo tá doendo, então fica difícil pedir para reconsiderar.
Da turma, eu sempre gosto de ver os comentários do nosso amigo Joaquim, de além mar.A confusão gramatical que ele apronta, misturando o português daqui, com o de Portugal, é muito divertida.
E é um camarada educado, até quando está xingando.
Abraço.
VIREI ATLETICANO , AINDA NAS ONDAS DO RÁDIO , NO FINAL DA DÉCADA DE 60 , INÍCIO DOS ANOS 70........ OUVINDO JOTA JR. NA RÁDIO GUARANI ........
""VAI BUSCAR LÁ DENTRO""............... EMBALADO PELOS GOLS DE DARIO PEITO DE AÇO , A RAÇA DE CINCUNEGUI E A GENIALIDADE DE LACI E LÔLA COM SEUS DRIBLES CURTOS E DESCONCERTANTES.....
EM 1970 FUI PARA
BELO HORIZONTE ESTUDAR .....
AH....E O MAIS IMPORTANTE , AQUELE MINEIRÃO E SUAS ARQUIBANCADAS EM UM MAR DE BANDEIRAS ALVINEGRAS , E UM SÓ GRITO , GALÔ ....GALÔ....GALÔ...........
E AQUELE DISCO LP , QUE TENHO ATÉ HOJE , E SUA MARAVILHOSA CAPA DA MASSA NA ARQUINBANCADA E GERAL...............
BONS TEMPOS , AQUELA ERA A VERDADEIRA TORCIDA RAIZ QUE REALMENTE
EMPURRAVA O TIME E LEVAVA A VITÓRIAS EMOCIONANTES........
ESSE É O VERDADEIRO , CLUBE ATLÉTICO MINEIRO , GALO FORTE VINGADOR DE ROBERTO DRUMOND.
""SE TIVER
UMA CAMISA BRANCA E PRETA PENDURADA NUM VARAL DURANTE UMA TEMPESTADE , O ATLETICANO TORCE CONTRA O VENTO"".
Salve Massa e Guru
23 de março de 2016 " Minha apresentação – Aqui é SÓ Galo", pois é Àvila a quem chamo de Guru, aqui nasceu este espaço.
Eu cheguei um pouco mais tarde, mas desde janeiro de 2017, venho fazendo daqui a minha casa, o meu espaço, o meu grito, o meu reclamar, e a minha bipolaridade.
Discordei, debati e até me estressei com alguns que queriam impor a sua verdade ao invés de aceitar que somos plurais.
Mas nunca deixei de enaltecer e reconhecer a luta deste guerreiro em preto e branco chamado barba por alguns.
Pelas suas postagens sei que o Galo, os dissimulados e os covardes que te atacam, estão fazendo vc pensar em se aposentar do espaço, mas te garanto que se isso vc fizer deixará uma grande lacuna não só aqui mas em todos os espaços por onde frequenta.
Vc é único, vc é um herói ao aguentar atleticanos e dissidentes com suas ironias, ofensas e irreverências, sem falar aqueles que se acham estrela maior do que a sua.
Fato é que Ávila, a quem costumo chamar de Guru, se vc se afastar deste espaço, entenderei, mas que fique aqui a minha admiração e o meu respeito. Afinal aqui é só galo, como dito na primeira postagem.
Bom tarde Eduardo e massa. Eduardo espero que não nos abadone vamos sentir muita sua falta. Já tem muitos anos que nos atulere com nossa chatice com meu comentário. Etc. Minha história de ser Torcedor do Galo começou no interior ouvindo os jogos do Galo no rádio de pilhas do meu irmão mais velho que não gostava de futebol. Eu morando muito longe de BH na aquela décadas de 80 muito novo nem sabia ok era ver o mineirao . Mas ai surgiu unico da família ser Galo porque meus irmãos não goste de futebol. Ai imigrei para Portugal no início de 2001 mas meu sangue será preto e branco sempre. Viva Galo sempre. Vá Galooooo.
E como o dia é de memórias permita-me acrescentar :
nunca , JAMAIS , devemos nos esquecer do SEMPRE !
ÁVILA ,
o que eu não consigo entender é o fato de estarmos tão avançados tecnologicamente e você ser obrigado a "enviar pauta para redação" às 6h da manhã .
Eles deviam facilitar as coisas pra você , certo ?1
Eduardo, é tão bom e mágico relembrar sobre nossa história com o Galo. Sou filho de um cruzeirense meu pai que já está no ceu, me levou para ver jogo do CSa/MG no campo do siderúrgica de Sabará mas fui salvo por um amigo que me levou no jogo do galo e aí fiquei atleticano. Do time da década de 70/80 grandes recordaçoes, 77 nos pênaltis, 84 semifinal com Coritiba, coxa na final contra bangu, 87 a semifinal fantástica com a decepçao no gol do Renato gaucho, 99 perdendo numa final melhor de 3, o nosso patamar mudou com a chegada do Bruxo Ronaldinho Gaucho na minha opinião o maior jogador a jogar no nosso time. Daí para cá todos conhecemos a história.
Pena de 2021 para cá deixamos escapar mais títulos por sapato alto e preguiça do elenco. Que 2024 venha o brilho.
O JOSÉ ROBERTO ontem fez recordar uma figura, um tipo, um cabeça de bacalhau, que anda esquecido da cena atleticana…
O arquibaldo, gente finíssima, que tirou um período sabático e daí seu sumiço…
Na verdade, o arquibaldo está recolhido na prisão pela morte de um tatu-bola, aquele mesmo que foi o animal símbolo da Copa do Mundo 14…
Enquanto o arquibaldo dizia na defesa que a morte do bicho decorreu de um atropelamento na estrada, o promotor de justiça entendeu que ele estaria caçando, do contrário o porquê daquele tatu não ter sido deixado na rodovia MG-9A2 que corta Raposos…
O arquibaldo ainda tentou argumentar que estava prestando socorro ao tatu e rumava pra cidade à procura de um veterinário na tentativa de salvar o bicho quando caiu numa blitz da Florestal…
O promotor afirmou que o destino final e óbvio do animal seria a panela, além de dizer que o arquibaldo era um desalmado, um antis (anti natureza, anti tatu e antirraposos), perigoso e violento, até mesmo pelo registro anterior na “capivara” (ficha corrida) de uma ameaça a senhora “maria Temais”, genitora do senhor Wilton Simon Right Aragão Taronco Klaus Kacimba Sememe Bereira Sampaio Rezende de Freitas Temais…
Embora a fala do réu fosse verdadeira e exatamente como ele disse, o juiz do caso daquela comarca, o meritíssimo altair machado berrela, não acatou o argumento da defesa e apenou arquibaldo, por tatucídio, a trinta anos de reclusão, no regime fechado, na tranca, até 25 de março de 2030…
Corria o ano 2.000 quando se deu o caso. Embora ainda recorra às instâncias superiores, segue o arquibaldo na tranca ainda esperançoso de dias melhores…
Como o geraldino foi ao presídio visitar um irmão que foi preso por pensão alimentícia vencida, e lá encontrou o arquibaldo, seu velho amigo, a festa pelo reencontro foi grande demais, a maior já vista naquela cadeia de Raposos…
O arquibaldo quis saber do geraldino se ele foi conhecer a ARENA, a nova CASA DO GALO. E o geraldino…
“__ Sem chance!!! Como vô na ARENA seu ganho um salário mínimo por mês como catador de papelão e latinha?!! Ainda mais com esse ingresso tão caro, só se eu vendê um rim ou 20 cm da fimose”...
Quando estava para terminar a visita, com a sirene já apitando “acabouuuuu”, o geraldino combinou um encontro no dia 25 de março de 2030, para comemoração, no bar da lôra no Mercado Central, da liberdade ainda que tardia do arquibaldo, para comer um fígado com jiló, tomar uma gelada e recordar os velhos tempos do ATLÉTICO…
O geraldino, na saída, ainda prometeu que de agora em diante, até 25 de março de 2030, irá visitar o arquibaldo todos os domingos, sem falhar um sequer, até mesmo porque o futebol aos domingos não existe mais…
O arquibaldo, que disse “EU ACREDITO”, pediu ao geraldino se ele poderia levar na próxima visita um pôster do Atlético Campeão da LA13, um radinho de pilhas e uma Revista Pl@yboy com a ex-bandeirinha de futebol An@ Paul@…
Como o geraldino é colecionador da Revista Pl@yboy e tem todas as 487 revistas publicadas no Brasil, de 1975 a 2017, ele disse:
“___ Pode deixá queu vô trazê procê a revista da bandeirinha. Cada semana eu trago uma. Na ôtra eu já vô deixá separado a próxima, a da hortênci@...”...
“__ Fica com DEUS, arquibaldo!!!”...
“__ Vai com ELE, geraldino!!!”...
Sensacional,caro sr Ernest!
Por mais arquibaldos e geraldinos, e,menos "fazedor de selfí" nos Estadinho da Colina _ este eles podiam frequentar _ deste brazil varonil . Arquibaldo manda-lhe um forte quebra costelas e o Geraldino acompanha o relator,apesar do impasse entre os dois continuar! Afinal o time do coração deles ganhou ou bateu a "meta" ?
Sigamos!
ERNEST ,
o Prosador !
Bom dia!
Só não gostei desse tom meio nostálgico e de despedida. Acompanhava o blog do Munaier e depois Fred Kong, blog que deixou de existir a tempos, foi quando alguém me falou desse espaço e desde então desembarquei aqui acompanhando assiduamente o camandante Eduardo e os amiGalos que aqui comentam. Vai ser muito triste caso esse espaço deixe de existir. Como é que vou fazer pra tentar entender a linguagem peculiar e carregada de ideologias de Viana, mas que entende de Galo e de futebol como poucos, além de Barros, Lugalo, Barata, Ernest, Domingos Sávio, Joaquim Portugal, Teobaldo...vaicêfácilnão.
Boa tarde Amigalo.Galo Roberto DE Oliveira. Obrigado por me acionar. Verdade estamos muito tempo aqui no blog na época do Fred Kong. Aqui somos uma família virtual. Espero que Eduardo nos atulere muitos anos ainda. Saudações. Vá Galooooo.