Não sou, menos ainda pretendo ser, divã de Atleticano. Porém, arrisco em afirmar que conheço bastante nossa alma e o sentimento do Torcedor do Galo. Já contei aqui, por inúmeras vezes, que diferente daqueles que tiveram berço e as primeiras roupas nas cores preto e branco, lá no meu Araxá pouco se falava do nosso time, que comecei a conhecer quando o Ganso – pela primeira vez – disputou a primeira divisão do estadual.
O time da minha cidade, fundado em 1958, foi campeão da segundona em 1967 e a partir daí descobrimos que Belo Horizonte tinha futebol. Antes, era só times do Rio de Janeiro e São Paulo. Um irmão, que estudava na capital mineira aderiu ao time emergente da ocasião e tentava me seduzir contra meu flamenguista papai. No meio disso, um cunhado – saudoso – me contava e encantava sobre o Galo Carijó.
Foi assim que dispensei as insinuações do irmão e fui rompendo com essa natural tendência de seguir o papai. Fausto Barbosa com maestria me foi me conduzindo ao encanto que me acompanha por toda a vida. Discos, camisas e até mesmo me trazer a Belo Horizonte para ver o Galo no Mineirão, foram seus investimentos. Foi, indiscutivelmente, a melhor coisa da minha vida. Tanto que, por mais de meio século, acompanho e sei – na medida que a memória ainda permite – fatos marcantes da nossa história.
Como me mudei para Belo Horizonte, já no distante ano de 1974, comecei a ver com frequência aos jogos do nosso time do coração. Alguns, na medida do possível, até que em 2005 e 2006, na condição de mandante, perdi apenas uma partida em cada ano. Em 2022, por estar recuperando de uma cirurgia e no mesmo dia perder uma irmã (viúva do Fausto), não pude ver Galo e Santos no dia 11 de junho. Fora isso, todos, disse e repito, todos os jogos mandantes – aqui, Sete Lagoas e Ipatinga – estive presente. Alguns também, não poucos, fora de BH. Pelo interior, noutros estados e até mesmo no Paraguai, Uruguai, Argentina, México e – evidentemente – no Marrocos. Volto lá no próximo mundial. Pra cima deles, Galo!
Digo isso, para a conclusão desejada. Tanto eu quanto toda a Massa estamos sedentos por títulos. Apesar de ter consciência de que são muitos candidatos ao podium, queremos sempre ser o primeiro. Dos 12 mineiros, ninguém faz frente. Entre os 20 brasileiros da série A, igualmente somos os melhores. Assim, como entre dezenas da Copa do Brasil. Da mesma forma, a partir da fase de grupos da Libertadores – que tenho certeza vamos avançar – ser o campeão entre os 32 participantes. Como consequência dessa, buscar o mundial que gorou em 2013.
Se não der os cinco, que sejam quatro, quem sabe três, mas nunca menos que dois títulos por temporada. Para tanto, depois de mudar o treinador e promover uma pequena mudança no elenco, é necessário ajustes e adequação ao novo momento. Foi assim que acompanhamos as vitórias magras sobre Caldense, Tombense e Ipatinga. Oportunidade que o treinador teve para usar todos os jogadores disponíveis, exceto os goleiros reservas e hóspedes do DM, todo o elenco foi testado. Já sabemos, talvez o Torcedor até um pouco mais que o Coudet, com quais podemos contar. Temos elenco, titulares e banco, quase que suficiente para a temporada. Ao que entendo, falta um lateral direito e outro zagueiro.
Fato é que, para o próximo compromisso e até visando a importante partida do dia 22, já temos de mostrar evolução. É a única maneira de conciliar o Atleticano – otimista e pessimista – no mesmo embalo. Diferente disso, notadamente aqui e em espaços similares, seguirão os conflitos de análise. Portanto, caro Coudet, tá na hora de mostrar a sua cara e um time que motive o Torcedor a lotar as arquibancadas. Que assim seja!
Em tempo: ontem, ao final do post, mencionei arbitragem e fiquei de voltar ao tema. Sem alongar, são péssimos. Desde os primórdios como diria o saudoso Kafunga. Tenho me lembrado muito de jogos do passado. Uma final de mineiro, quando um bandeirinha da FMF – o árbitro foi paulista – anulou um gol do título e nos tirou uma grande sequência. Tempos depois, na ocasião da tal SeleGalo, tomamos uma virada do Valério nos cinco minutos finais. Um gol impedido e outro de penalidade inexistente.
No final de semana, o árbitro de Brasília, anulou – vergonhosamente – o segundo gol do América. O lance alegado de falta, interpretativo, ocorreu na frente do árbitro que deixou seguir. Depois, ao que pareceu, pressionados VAR e árbitro assim decidiram. No jogo do Galo, longos nove minutos de acréscimo e depois aumentando em mais outro, coincidentemente igual ano passado. Só que no ano anterior, esse fenômeno ocorreu insistentemente quando o time reemergente estava perdendo ou empatando. E assim foi que conquistou alguns resultados. Coincidências providenciais e fenomenais!
O ocorrido ontem, na partida do time feminino do Galo – Vingadoras – e Corinthians reforçam ainda mais minha desconfiança com essa desgraça de cbf. A árbitra, não dá pra aceitar que por erro e sim deliberadamente, prejudicou ao Galo. Acima o lance da penalidade não marcada. E, cara de pau, deu pênalti inexistente para as paulistas. Como diria na minha infância, “pênalti roubado não entra”, e não foi convertido. Juntando tudo isso, concluimos que faz sentido. Pai e filho, reincidentes, buscam a todo custo beneficiar seu time fora das quatro linhas. No passado já houve fato similar. Aqui tem memória. Arbitragem e cbf não são confiáveis. O chefe dos juizes prometeu rigor, ano passado negou até áudio. Dá pra confiar nesse lixo? Alemanha, Argentina e Croácia me representam.
*fotos: Pedro Souza/Atlético
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O problema hoje em dia é o seguinte: o corneta se orgulha de ser corneteiro.
É como se o mala se orgulhasse de ser mala.
O chato se orgulhasse de ser chato.
O pé no saco se orgulhasse de ser pé no saco.
Por isso lemos comentários de tanta gente amargurada. Despejam todas as frustrações pessoais no teclado. É reclamação que não tem fim! E absolutamente nada os fazem mudar de opinião. Haja saco! Você pode ficar 6 meses sem ler os cometários aqui do blog, quando voltar vai ver os mesmos sujeitos falando as mesmas besteiras e reclamando das mesmas coisas. É um looping eterno de verborragia.
É óbvio que tem muita gente bacana por aqui, falando coisas produtivas e compartilhando conhecimento. Mas tem uns e outros que são pior que diarreia. Cruz credo!
Não há como negar que todos nós, Atleticanos, esperavam mais do time mas são apenas 3 jogos (com 3 vitórias) e o Coudet que até ano passado, treinava time lá na Espanha, ainda está fazendo os acertos e conhecendo todos os jogadores.
É preciso um pouco mais de tempo (e paciência) e daqui alguns jogos mais, o time já estará definido na cabeça dele e quero acreditar que vai embalar conquistando as vitórias e os tão sonhados canecos.
OBS.: essa baderna que virou o Campeonato Mineiro é quase um caso de polícia, aliás, pelos relatos do que aconteceu no Sábado lá no Ipatingão, por um fio não tínhamos uma tragédia com mortes e tudo mais, absurdos que não podem acontecer de novo, entendeu FMF???
Bom dia massa e Guru
O evento redes sociais, vem modificando pesadamente o comportamento do torcedor atleticano. Aqueles forjados em tempos de vacas magras que sempre foram e são mais pacientes, deram lugar a uma torcida modinha de rede social, que mesmo sendo minoria fazem um barulho danado.
E prova disto é o que está acontecendo. Muitos viviam gritando que o ruralito não serve de nada que devia ser laboratório para testar jogadores e lançar os moleques da base.
Chacho vem seguindo a risca esta querência da torcida, até porque ele não conhece profundamente o plantel, mas o que está acontecendo?
A gritaria pelos resultados tidos como magros e que precisamos colocar o time principal em campo. É on ou off!
Mas se serve de alento, estas experiências de chacho pelo menos já sinalizaram que dois jogadores definitivamente já podem pegar o boné e procurar outras bandas.
Paulo Henrique e Fumucinha.
Com eles nem os forjados conseguem mais ser pacientes.
Bom dia. Penso que ainda é bem precoce essa cobrança por futebol vistoso. Técnico ainda não conhece todas as caracteristicas dos jogadores em 3 jogos, testou todos, mas não dá pra conhecer detalhadamente todos, fisicamente ainda em construção, musculatura travada. Os testes devem seguir, assim como não dá para avaliar jogador em um jogo apenas. Foram 3 jogos, sendo o primeiro condições boas de gramado, mas foi o primeiro jogo e os outros 2 em pastos, um as 11 horas num calor danado...o que tirar disso? Assim, muita calma, a amostra ainda é muito pequena. Eu vou esperar até meados de março e esperar um time competitivo para o confronto com o milionários e as finais do mineiro. Observar também o time em jogos com bons gramados e num horário de 16 horas para frente. Ai sim caso o time não mostre evolução, começar as cobranças. Saudações.
Bom dia, todos! Amigo blogueiro. Estava ansioso para ler seu texto de hoje, pois achava que vc iria falar sobre os acontecimentos de sábado no Ipatingão. Alguém precisa tomar alguma providência . Pelas imagens das redes sociais por pouco não aconteceu uma tragédia e aí com certeza todos estariam hoje buscando o culpados. Um absurdo o que vem ocorrendo aqui em Minas. Jogos às 11 horas nesse período de verão, Clássico numa segunda feira, péssimos gramados e agora esse ocorrido em Ipatinga. Será que ninguém vai falar nada? Nem vc que é a nossa confiável voz?
Prezados Ávila, atleticanas e atleticanos!
Ainda bem que no meio do caminho da sua trajetória de torcedor, você encontrou um cunhado sensato! Já pensou você hoje, se aderisse ao Cruzeiro, ser chamado de Maria Bonita....rsrsrs.
Hoje e sempre, galo!!!
Feliz quem teve esse Fausto pelo caminho, caro Ângelo. Todos os dias devoto a ele e outras saudosas perdas um tempinho de reflexão. No caso dele, sistematicamente, agradeço pelo legado Atleticano.
Bom dia, caro Eduardo e Massa!
O sistema é bruto. O Galo tem que jogar o fino da bola e nosso ataque não pode perder as chances criadas. Só assim podemos passar por cima dessa ORCRIM, que envolve cbf, stjd, tvlixo e até infiltrados no próprio clube, como conselheiro politiqueiro que encareceu sobremaneira o custo da Arena do Galo.