Com o G-8, semana decisiva às pretensões da próxima temporada

Ainda sonhando com a difícil missão – agora com o G-8 -, o Atleticano não perde a dignidade, diferente de torcida modinha. Já disse, inclusive publicado na extinta revista do Galo, que “ser Atleticano é antes de tudo um elevado estado de espírito”. É isso que mata uma minoria. Assim como disse Chico Pinheiro, antigamente era bom discutir futebol, Atleticano falava do Galo e, os outros, do time deles. Hoje, Atleticano continua falando do Galo, e os outros também falam da gente.

Estamos a três dias de encerrar a pior temporada dos últimos tempos, nem por isso deixamos de lado, como é notório em maus momentos de outros clubes, a nossa fé e devoção. Já vi e ouvi infinitas vezes torcedores de outros times se esquivando de conversar sobre futebol em momentos como o que o Galo está passando atualmente. O Atleticano, não.

Apesar de tudo, embora recolhido em repouso durante a semana, saio apenas para uma dose de injeção diária e noto que as camisas listradas em preto e branco continuam dominando o cenário desta Cidade do Galo. Ontem, na farmácia onde venho fazendo este procedimento, algumas pessoas me abordaram demonstrando e registrando sua confiança na delicada combinação de resultados necessária para a nossa classificação. Um deles, quando eu já entrava no carro que tem me conduzido, afirmou que se por acaso esse “milagre” não acontecer, acredita que 2018 será o ano de sacudir a poeira e retomar o lugar que é nosso no cenário esportivo de Minas Gerais e do Brasil. Sigo relator e revisor.

Quero dizer, independente do que nos espera para o domingo que vai determinar a temporada seguinte, minha condição de Atleticano não sofrerá abalos. Se classificar, que ótimo, vou aos jogos da Copa Libertadores, sonhando com a segunda conquista. Caso contrário, desde a primeira rodada do Campeonato Mineiro – como faço há anos – estarei acompanhando o time do meu (nosso) coração.

Em busca de mais um milagre (já testemunhamos tantos), o treinador Oswaldo de Oliveira vem montando a equipe para pegar o time do Grêmio. Não sei se os gaúchos vêm a Belo Horizonte com o time A, B ou C, não me interessa, quero é vencer. Antes, sobre milagre nos últimos tempos: pênalti do Riascos, decisões de penalidades nas semi e final da Libertadores de 2013, reversão de resultado frente aos xodozinhos da CBF/TV…

Pelo que vemos, o time deverá ser praticamente o mesmo das duas últimas partidas, com a entrada de Bremer no lugar do suspenso Marcos Rocha. Mantendo, ainda, Yago, que vem ganhando o duelo da posição sobre Adilson. Eu confesso que mesmo aprovando a atuação do jovem da base, ainda fico inseguro. Mas, quem está lá todo dia e sabe das coisas é o treinador. Entre os Atleticanos, ouço que preferem Adilson e Yago ao Elias. Enfim!

Para arrematar, ontem ouvi a mensagem enviada pelo candidato da oposição aos conselheiros e Torcedores. Não tenho preferência, mas confesso que fiquei decepcionado. No seu curto discurso, que mais parece de candidato a prefeito de cidade pequena, ainda chama o nosso time de “Galo Mineiro”. Ora, ora, senhor candidato, aqui é Galo, por#@! Atlético e Galo é só a gente, os demais é que se intitulam do Paraná, de Goiás, Acreano ou de onde for. Com uma oposição assim, evidente que a situação se acomoda. A vitória, seguramente com larga margem de votos, não está ameaçada. Pior, com isso, atrasa o eventual planejamento para o próximo ano.