Semana da primeira das quatro decisões de outubro

Se os meses anteriores, na verdade desde junho, não foram tão eficazes e estimulantes, esse de outubro – dedicado à celebração das missões – tem tudo para ser a redenção Atleticana na temporada. Sinais não faltam, pois se estamos nas semifinais das Copas do Brasil e Libertadores, chegamos depois de duas belas classificações em cima dos tricolores paulista e carioca.

Vencemos o São Paulo (1 x 0), na primeira partida no Morumbi (agora bis, depois de tantas vitórias do Galo), para segurar o empate (sem gols) no jogo decisivo na nossa nova casa. Com o Fluminense, o enredo foi outro. Perdemos (0 x 1), caprichosamente, com gol nos minutos a partida de ida no Maracanã. Em casa, com placar maior (2 x 0), devolvemos o infortúnio do tento ao apagar das luzes. Com isso, avançamos às semifinais das duas Copas, assim como em 2021.

Diferente daquela temporada, quando liderávamos o Brasileirão e a opção evidente era pelo título nacional, várias vezes confiscado pelo apito amigo, conquistamos a CB e também o BR. Ficamos nas semifinais da Libertadores, numa eliminação que não abalou a força e a fé do Atleticano. Assim, como agora, na décima colocação do Brasileiro e perdendo pontos para adversários e a mesma ação nefasta da arbitragem, seguimos confiantes em busca desses títulos.

Por força do regulamento da Libertadores, a primeira partida com o River será em casa, decidindo na Argentina. Por ação das bolinhas, que carrego toda e total desconfiança – embora nas duas fases anteriores não tenha ocorrido o histórico manjado -, igualmente jogamos aqui e o confronto decisivo em São Januário. Me lembro, ainda tenho razoável memória, que no ano que conquistamos a CB pela última vez, fizemos a semi e a final da mesma maneira. Foram dois quatro a zero, na ida, depois vencemos também na casa dos dois concorrentes. Fortaleza e Paranaense, ambos por dois a um.

Depois de amanhã, na nossa casa, será a vez do Vasco da Gama. Ao contrário de alguns, sejam os negativistas ou do outro lado os festivos, estou confiante e cauteloso. Para os primeiros, nós nem teríamos superado Sport ou CRB, o São Paulo menos ainda, pois seguimos vivos. Já na outra ponta, ouvi quem dissesse que o adversário teria jogado mal aqui ontem no Mineirão. Calma, muita calma. Cada jogo é um jogo e tem sua história. Foi assim que, seguros e com credibilidade junto ao Torcedor, superamos o fluC do dancinha Menezes. Ninguém perdeu ou venceu de véspera, mas lotamos o estádio do Galo e fomos decisivos à aquela guerra no meio da semana passada.

Para esse jogo pela Copa do Brasil, por força do regulamento, não podemos contar com Fausto e Deyverson. Ambos já atuaram nessa competição pelos seus times anteriores. Com Bernard no DM, provavelmente ainda sem Saravia, Otávio, Alisson e Zaracho, o treinador Milito terá de quebrar a cabeça na montagem da equipe. Quero acreditar que nos demais jogos decisivos das duas Copas – com exceção de Bernard – os outros quatro contundidos estarão liberados e pela Libertadores os dois que não podem disputar a Copa do Brasil. Otimismo não tem permitido a contaminação pelos secadores, sejam adversários ou descrentes. Que venham cariocas e argentinos, aqui é Galo. E se não der? Tenho sido questionado pela minha confiança. Muda nada, seguirei (emos) com a mesma Atleticanidade. Só que não! Acredito numa ou nas duas Copas.

*fotos: Pedro Souza/Atlético