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Sem vencer no gramado, Galo tenta convencer fora dele

 

Crédito: Beto Magalhães/UAI – Estado de Minas

Quisera, nestes tempos atuais, poder debruçar sobre o computador e escrever sobre o Galo na liderança do Brasileiro, a caminho da reta final da Libertadores e batendo à porta de outra quarta-feira com final da Copa do Brasil. A realidade é outra e muito cruel, tanto para o blogueiro quanto para os leitores. Quando tivemos o privilégio de viver essas condições, estava eu fazendo uma coluna semanal em um dos muitos sites deste mundo virtual. Agora, neste compromisso diário, o time priva a nós todos de repetir aqueles anos mágicos.

Enquanto esperamos a próxima temporada, com profundas alterações e sem os erros da falta de planejamento atual, ficamos aqui convivendo com o sonho de um estádio próprio – embora sem muitas informações a este respeito – e com as possíveis alterações no time em busca de pontuar para fugir da zona da degola.

Acredito nas pessoas que dirigem o nosso time do coração, entretanto, teriam todos ainda mais a minha profunda admiração e respeito se a Torcida Atleticana tivesse acesso a tudo que se refere ao Galo. Financeira e administrativamente, pois o reflexo disso seria um time comprometido e, consequentemente, com resultados em campo. Vitórias e títulos. Neste ano de 2017, vamos nos conformar com o Estadual. Pouco!

Pois é, enquanto fazemos contas e projeções para fugir da zona da degola, ainda encontramos tempo para o delírio de imaginar uma difícil – porém ainda não impossível – chance de classificação para a Libertadores. E, neste devaneio, nos colocamos a pensar qual seria o time ideal para uma grande reação. Quando percebemos que por culpa da mencionada falta de planejamento o treinador pede o retorno do Clayton e sinaliza na mesma direção sobre o Carlos, acordamos para a realidade.

Se eles, ao lado de outros que partiram, vinham apresentando absolutamente nada, o que se pode esperar com essa reincorporação? Daqui uns dias vão repatriar Patric, Edcarlos, Dátolo, Cárdenas, os dois Conceições (parei) e outros afins para tentar salvar o ano. Com o respeito que todos me merecem, não seria constrangedor vir a público e assumir que a temporada foi mal planejada. Ao contrário, seria uma atitude nobre.

Crédito: Bruno Cantini/Atlético

E entre os que estão no Galo, notadamente os figurões, além de deixarem de lado o futebol que já jogaram, alguns deles já se ocupam com eventuais possibilidades para o próximo ano. Elias, ao que lemos, está avaliando entre Corinthians e Flamengo. Robinho é tido como certo no Santos. Daí me ocorre: imaginemos que o milagre da nossa reação aconteça e nas últimas rodadas a sorte esteja entre o Galo e os clubes que estes jogadores projetam para o ano seguinte. Eu não escalaria nenhum deles nas partidas decisivas. Ora, não estou colocando em dúvida, mas alguém destacaria as atuações de Robinho e Fred contra seus ex-clubes?

Não bastasse todo esse dilema no gramado, a questão do estádio/shopping vem dividindo o Atleticano. Tenho ouvido muito a respeito. Boas opiniões, tanto a favor quanto contrárias à negociação. Argumentações interessantes. Como já pude demonstrar, nada ou quase nada (sei pelo menos somar) entendo de economia. Faltam informações precisas, seguras e oficiais para negócio de tão grande significado e valores para a vida do Atlético.

Algumas informações “vazadas” (trabalhei décadas entre redação e assessoria, vazamento sempre acontece por interesse da parte, especialmente as favoráveis), sinalizam que é um negócio de imperdível oportunidade. Já à boca pequena, insistem que com o crescimento das vendas eletrônicas, a tendência é de desaquecimento dos shoppings.

Ora, como sei pelo menos somar, não posso admitir este argumento. Sem alongar, questiono. Se isso fosse real, a Multiplan (que realmente entende deste mercado) estaria interessada no negócio. E mais, os shoppings não vivem apenas do comércio. É lazer. Praça da Alimentação, sala de cinema, academia, salão de beleza, entre outras atividades.

Ao que soube, amanhã, sexta-feira, deverá circular para os conselheiros (com o devido “vazamento”) uma cartilha – em linguagem compreensível – mostrando as vantagens dessa negociação. Ansiosamente vamos esperar essa informação. O debate é saudável e importante neste momento. O Galo não pode errar fora de campo o quanto vem errando nas quatro linhas.

Em tempo: além dos valores dessa negociação, projeções sobre lucros futuros e siglas até então que me eram desconhecidas como NOI e EBITDA (quando o interlocutor conseguir me fazer entender, repasso aos leitores), seria interessante ao Torcedor saber também sobre a folha salarial do Galo. Quanto ganha cada jogador, comissão técnica, quais diretores são abnegados e remunerados.

Blogueiro

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  • 2017 ja está perdido para o galo( mais um ano perdido), se esperava muito, se falou muito e mostrou nada, um time de estrelas que não conseguir jogar, sem alma , sem raça, como se espera do galo. A tempos não via um time jogar tao mal. Em 2017 so conseguiu aumentar as falhas, dos anos dois últimos anos, todo jogo era susto, um atras do outro. A realidade desde a saida de Pierre e Donizete não conseguiram estabilidade defensiva. Sem essa estabilidade, não tem como time engrenar( faz um toma dois, faz dois toma tres ) e este ano parou de fazer gols e continua tomando. Elenco de estrelas e fez aposta no treinador, deu no que deu. Sem falar no risco da segundona. Diante dos fatos a maior culpa é do presidente incompetente no quesito montar times. E quanto a nos torcedores, este ano temos boa parcela de culpa, por aceitar tudo de forma apática, apoiando um bando em campo (com raras excessoes) que não merecem apoio nenhum.

  • Finanças! Queremos já a transparência. O Brasil está vivendo um momento assim, a população acordou, por que nós torcedores também não vamos lá cobrar explicação? Abram essa caixa preta, afinal, o Robinho tá recebendo salários em dia? Se esse corpo mole for por causa de algum atraso, rapaz, vaza do meu Galo.

  • As criticas são justas. Ninguém está satisfeito com o time e diretoria. Bernard falou como funciona a base co. André Figueiredo, por isso que a nossa base é ruin. Tem que haver uma reformulação grande e em todos setores Elenco com perfil do galo, diretor de futebol, profissionais da base que entendam de futebol . A diretoria tem ser humilde e reconhecer seus erros e acertar em 2018. O.ano foi um.fracasso. Poderíamos estar na final da CB, nas quartas da Libertadores e brigando pelo título. Uma decepção o nosso time e o nosso presidente, que não entende nada de futebol. A massa tem que ser exigente, queremos brigar e conquistar títulos essa é a nossa tradição. O elenco merece uma renovação geral, salvando poucos do titular.

  • Caros,
    Vou lendo e tem sido recorrente, entre os áulicos. Querem culpar de todo jeito a torcida pela atual situação do time em campo, transferindo responsabilidade e atitudes de quem deveria se colocar na linha de frente do CAM. É sempre assim, entre os chapas. Tem uma turma nos territórios alvinegros q parece ter procuração prá defender a todo custo o status quo, mesmo q seja a custa de ficar fora de um G qq. Só prá ficar nessa de responsabilidade, vcs viram o sorteio da final da CB? Comparem com o sorteio do ano passado? Vcs acreditam em sorteios? Pq é sempre Gilmar Mendes, no STF, quem julga Aécio/Perrela e qq tucano/demo? Qnd falamos do Bocarra, o Kalil, é nisso q tá a diferença do pai pro filho. Ñ é pq Kalil era, a priori, um grande cartola. Apenas a partir de 2012 ele marcou firme e viu q prá competir tinha q fincar bandeira dentro da CBF e da Conmebol, exigindo respeito, até pelo q investia, pelo q arriscava, mas sobretudo pq prá bater boca com a torcida ele tinha q fazer acontecer. Então, na época do turco tinha a séria diversão Torcida X Bocarra, e fazia sentido tudo aquilo pelo q o time montado pelo Boca apresentava em campo. Agora, ñ. Como achar q a torcida é culpada pq exigia do saudoso Zé Carioca, q Deus o tenha; da Av Rocha, o entreguista, enfim, desses medalhas? Ora, eles são os melhores, teoricamente. Pq tb, sinceramente, dá base ñ se pede nada, e aí ñ dá prá avaliar, haja vista o Figueredo, haja planejamento. E tem alguns, como tenho lido, q continuam com o refrão: "Tão com saudades do Ziza, do Guimarães, do Paulino? " Ora, tá longe assim ñ, pois para um clube de futebol de tradição e de qualidade dentro do cenário, tudo se resolve primeiro dentro de campo. Estádio por estádio, o mequinha tem um e, absurdo, até as marias vão ter tb o seu, pelo menos no q aparenta, o Salão vao ficar prá elas. Para ser um grande presidente reconhecido tem q montar bons times e defender com garras afiadas o Clube dentro do ambiente mafioso. Fora isso, é aprendiz, e o futebol nunca foi negócio de estagiário...
    Obs.: a gente nunca sabe, mas a volta do Clayton é uma boa e já deve entrar jogando, titularíssimo. É nesse ponto q chegamos...Se Carlos desembarcar aí, ñ precisa de maneira alguma carregar no aeroporto, mas tb já veste a camisa. Os ponto são por volta de 46/48.

  • caros atleticanos, noi momento atual a única coisa que me preocupa e tem espaço para reflexão e acompanhamento é a fuga do Z$. será lucro escaparmos este ano, com esse futebol que "última divisão". Se o acaso vier e o Galo chegar ao G6, certamente o milagre do impossível acontecera, pois esse time não tem a mínima capacidade para conseguir ou almejar tal feito

  • Ai a Rainha Nepomusono voltou com o bobo da corte Andre Figueiredo para base ! A vai para put...Nepomusono morto !

  • Eis que, pouco depois das 15:30, surge a informação de que André Figueiredo retornou à direção do futebol de base do Galo. Deveria ser dispensado. Verdadeira “volta de quem não foi”. Situação que evidencia, explicita, escancara a inexperiência e incompetência do Nepomuceno. Ao menos, desta vez, não perdurou com um erro esdrúxulo. Joga luz ainda na hipótese de desunião do grupo, da falta de unidade. Torço muito para que os bastidores dessa mudança sejam revelados, bem como os problemas sejam identificados e sanados. Situação para 2018 é preocupante.

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