Sem soberba e nem entrar na pilha

Mineiramente fomos a São Paulo e vencemos a primeira batalha – caberia Bataglia – pela vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Nesse confronto, que pela previsão audaciosa da mídia do eixo (com a aderência de alguns “atleticanos”), sairíamos de lá goleados e sem chances de reverter na partida de volta. Pois que, Milito, ouvindo a Massa e revendo conceitos, escolheu jogadores e sistema que combinam com a realidade do futebol e cabem no nosso bom elenco.

O time paulista, que goleou de véspera e teve jogador até fritando galo numa panela – o covarde que sumiu em campo postou e logo afinou retirando a provocação – foi derrotado dentro do seu palco de tristes lembranças. O ousado Galo soube anular os principais jogadores e as principais jogadas do adversário. Nem a falsa sensibilidade, reclamada por um desconhecido jornalista e desvairado caça cliques da paulicéia, foi capaz de inibir o Galo Forte e Vingador.

Seguramos o ímpeto do tricolor paulista, que só teve domínio do jogo na metade final da segunda etapa, castigado pela arrogância dessa gente na prorrogação. Gol milimetricamente tentado ser anulado pelo var e juiz, validado pelo critério de um mínimo de vergonha na cara. Ainda se tentou uma penalidade inexistente, também não assinalada pelo mesmo motivo. O var está exposto, todos estão fiscalizando e denunciando a ferramenta que veio para dirimir dúvidas e que estava se transformando na legitimação dos “erros convenientes”. Vencemos o adversário, a cbf/tv e seus interesses e até as nocivas casas de apostas.

Ontem, dia de curtir e renovar nossos mais puros sonhos de conquistas, convivemos com a sanha promíscua dessa gente do eixo. Teve esse idiota que reclamou até que a Massa cantou durante o minuto de silêncio em justa homenagem ao jogador uruguaio. A segunda vítima fatal naquela mesma trágica Arena. Manda benzer seu estádio ao invés de reclamar de idiotice. Já vi, em terras paulistas nos meus quase 70 anos de vida, torcida vaiar minuto de silêncio. Agora me aparece um “caça cliques” para reclamar ter a Massa cantado o hino do Galo? Só porque os 10% de Atleticanos, calaram os quase 50 mil torcedores do seu tricolor. Ah! Me ajuda ai, xará!

E na televisão, um bailarino ex-jogador travestido de comentarista e outro – como eu – de pouca visibilidade, provocando e até anunciando que virão aqui para golear. Pode, depende do rendimento das duas equipes na noite do dia 12 de setembro próximo. Porém, me valho daquela máxima que sempre recorro, “jogo é jogado e lambari é pescado”. O Morumbi, que agora tem S no final, na verdade virou palco de bis do Galo. Ano passado, demos a volta numa má fase aí mesmo. Em 2013, quando exigimos juiz internacional, foi dum dum no mesmo São Paulo pela Libertadores. Lá e cá! Se nesse segundo jogo vencerem na bola, parabéns, caso contrário enfiem o rabo entre as pernas e se danem.

Para nós, Atleticanos da gema, formados na dor da injustiça de um grande número de armações – inclusive frente ao mesmo SP -, o Galo é nossa paixão e fé. Tudo que essa mídia nojenta do eixo fez contra o nosso time não foi capaz de apagar nossa chama. As maracutaias da arbitragem, do stjd e até decisões administrativas da organização das competições, o interesse comercial das redes de transmissão – que dá espaço a esses moleques compromissados com a dupla cbf/tv – nunca abalou a devoção ao time do nosso coração. Não acreditem que será agora nesta temporada. Que reverter o resultado? Joguem bola e contem com uma noite infeliz do nosso elenco. Caso contrário, vão se phu…!

Sua pilha, a exemplo de secadores daqui de Minas, é fraca. Galo é resistência e não tem soberba. Um passo, ou jogo, de cada vez. Resiliência e resignação foi nosso adubo para enfrentar essa opção que o futebol brasileiro – condenado decorrente disso ao caos irreversível – escolheu para privilegiar cariocas e paulistas. Aqui é Gaaalooo, po##@!

*foto: Pedro Souza/Atlético