Resultado normal e aceitável

Duas penalidades decretaram a derrota para os porcos, ainda que discutíveis, a favor de quem necessitava a todo custo vencer para ainda sonhar com o título. Discutíveis, pois os critérios adotados pelo árbitro na partida em lances similares fora da área, foram de deixar o jogo seguir. Recentemente, a nosso favor, viramos frente ao Grêmio também com duas penalidades. A selecinha também, no Mineirão, venceu a Argentina com três gols de pênaltis. Faz parte! O que não é aceitável é juiz ter critérios diferentes na mesma partida. Sigamos!

Quem precisava vencer, considerando os interesses comerciais da televisão e da competição da cbf, era o Palmeiras. Boa sorte aos interesses, ainda que sórdidos dessa gente, pois o Galo segue vivo nas três competições, ainda que no BR com objetivos menores que de título. Se esses capachos de interesses estranhos ao bom futebol não entrarem nos jogos decisivos – tanto da CB quanto da LA – temos reais condições de conquista seja de uma ou mesmo de ambas as Copas.

Ao contrário do que imaginei, o treinador poupou de início tão e somente o Arana, além dos que não viajaram por contusão ou precaução. Com isso, novidades foram as escolhas de Fuchs, Rubens, Igor Gomes e Deyverson. Diria que o jogo, apesar do resultado e da grande necessidade do adversário em vencer, foi igual. O árbitro ia bem, até marcar a primeira penalidade, pois deixava o jogo correr – como foi na quarta o Roldán na Libertadores. Teve peito de anular corretamente um gol logo no início do jogo. Aliviou para a bandeira que marcou impedimento num lance que seria tiro de meta para o Galo. Embora o questione, para quem teve Zé Pereira no turno, Arleu foi fichinha.

Perdemos, mas foi mantida – ainda que faltem jogos da rodada – pontuação e colocação. Temos dois jogos atrasados sobre os demais. Porém, nenhum jogador fora da partida de quarta frente ao carioca Vasco, o que já é um bom estímulo para esse primeiro confronto. Quem sabe algum entre os que estão no DM, especialmente se for o Saravia, uma vez que Zaracho e Otávio ainda acho prematuro. Uma confiança, nesse caso, carrego comigo. Os três presentes para o jogo de volta pela Copa do Brasil, dia 19; como nas partidas da Libertadores, dias 22 e 29 próximos. É um grande alento e aumenta a confiança na possibilidade em avançar às decisões.

Sobre os cartões, especialmente do Rubens, diria que o jogador foi inocente. Tomou uma cotovelada, ignorada pelo juiz e var, devolvendo com um desnecessário empurrão. Recentemente na partida com o Bragantino, o goleiro Éverson – que ontem foi um monstro e evitou placar dilatado – foi advertido com amarelo de maneira juvenil. A comissão técnica tem de trabalhar isso no elenco. Gomes tomou ontem, no lance da penalidade, único momento que foi notada sua presença em campo. Boa opção com jogo em andamento, entrando como titular, não me lembro de qualquer atuação de destaque.

Já o treinador Milito, tem dias que brilha, ontem – a meu juízo – deveria ter mudado no intervalo. Porém, nunca faz qualquer substituição na volta para o segundo tempo. Seria exatamente para sacar o Gomes. Só o fez no meio desse tempo final, mas aí errou a mão. Retirar o Scarpa? Só se fosse para preservar o jogador para o meio da semana! Vamos fechar e focar nos jogos das Copas em outubro, senti antes e depois que o Atleticano não se abalou também com o resultado. Sem a tensão de grandes jogos, segue com a mesma vontade e tesão nas outras competições. Que assim seja!

Em tempo: ontem fiquei na televisão, não só com imagem e também com áudio dos locutores do eixo. Como são terríveis, não temos mais como nos bons tempos. Nem me refiro à preferência explícita pelos times do RJ e SP, mas são desinformados e deixam a transmissão por conta da imagem numa conversa fiada e sem graça. Piadinhas imbecis em meio a registros equivocados. Só para exemplificar. Alonso está em sua terceira passagem pelo Galo e não segunda. Não sabe, então não afirma, chutômetro é sempre errado. Que venham o Vaxco e River Plate, o primeiro com o risco do “apito amigo” na responsabilidade do Flávio Rodrigues de Souza. Olho no lance, diria Silvio Luiz, um dos últimos bons narradores de jogos pela televisão.

E começo a achar que o Textor tem razão. Paralelo ao visto no nosso jogo (vi e revi), o primeiro foi “arranjado”, aliado ao gol anulado do Botafogo. Aí tem!!!

*fotos: Pedro Souza/Atlético