Que a vitória sobre o Corinthians reacendeu em todos nós a chama da esperança, é inegável. Os otimistas já projetam o Galo no G4 ainda no primeiro turno e o título ao final da competição. Já os outros, aqueles pessimistas que preferem reclamar de tudo, afirmam que o resultado foi ocasional, sendo prematuro qualquer sonho para o ano. O blogueiro, confessamente bipolar, se enquadra nos dois casos, e hoje faz festa na primeira condição.
De qualquer maneira, a quinta-feira foi Atleticana na capital mineira, conhecida e reconhecida como a cidade do Galo. Muito, é verdade, ainda tem de ser feito e conquistado. Mas, convenhamos, na quinta da semana passada quase todos execravam jogadores, comissão técnica e diretoria. As coisas mudaram. É essa magia, esse sobe-desce, que faz o futebol contagiante.
Atleticanos e não-Atleticanos passam as horas, os dias, semanas, meses, o ano e a vida toda esperando a próxima partida para pegar no pé do seu vizinho, colega de trabalho, parente ou quem quer que seja. Isso, desde que com urbanidade e respeito, é o que motiva e mantém essa tradição aqui e pelo mundo.
Entretanto, no caso brasileiro, o futebol vem afastando dos estádios famílias e até torcedores da antiga geral. No primeiro caso, por medo da violência. No outro, pelo preço do ingresso e a limitação do número de torcedores. Já fui a clássico com 123 mil pagantes. Este foi o verdadeiro recorde do Mineirão.
A outra partida, à qual é atribuído público maior, tem sérios indícios de fraude. Primeiro: não caberia o mencionado público. Segundo: foram menos de 60 mil pagantes, pois mulheres e crianças não pagavam e, segundo dizem, houve uma ordem de rodar a roleta para oficializar a farsa.
Mas, deixando isso de lado, a intenção é instigar outro tipo de debate. Antigamente, o campo de jogo era inundado de repórteres e fios de seus microfones. Crianças, sem limitação, entravam em campo com os times. Hoje, com a ordem da detentora da transmissão de TV e o fiel cumprimento de sua subordinada (a CBF), esse encanto e romantismo acabaram. Faixas e bandeiras nas arquibancadas foram proibidas.
A direção dessa entidade vive mais nas páginas policiais do que em editorias de esporte. Entre os três últimos presidentes, dois não terminaram o mando e o terceiro fica mais afastado que no exercício do mandato. O primeiro deles, ao que consta, reside fora do país. Também fora está o segundo, em prisão domiciliar. Já o último, nem sai do país, segundo dizem, com receio de fazer companhia ao seu antecessor.
A falta de seriedade e compromisso com o futebol não pára na direção da entidade, o que acaba refletindo mais em baixo. Os juízes são cada vez mais questionados. O Tribunal, formado em sua maioria por cariocas e paulistas, segue privilegiando o interesse deste eixo RJ/SP. A descrença do torcedor e esse imbróglio todo afastam ainda mais o torcedor.
Enquanto isso, Alemanha 7 a 1. A Seleção é eliminada na fase de grupos da fraquíssima Copa América e segue fora da linha de classificação para próxima Copa do Mundo. Se não conseguir a classificação, será a primeira vez em toda a história que o Brasil não disputará essa competição. Até hoje é o único país do mundo presente em todas as Copas.
Hoje, na postagem da tarde, darei continuidade ao assunto, abordando o jogo de domingo entre o Galo e o América. E como todas essas coisas acima acabam provocando – a cada rodada e nova partida – o afastamento do torcedor das arquibancadas.
Não podia imaginar que viveria um primeiro dia da semana, pós derrota, sentindo um grande…
Quem diria! Confesso que, depois do terceiro gol alinhado a entrada do Kardec, não desliguei…
O Galo relacionou 31 jogadores em condições de jogo para hoje no Maracanã. São todos…
Num momento tão especial, finalista de duas importantes Copas, temos uma oportunidade de escrever páginas…
Assim como na canção da banda Blitz, o Atleticano está a dois passos (duas taças)…
Definido adversário para a final da Libertadores e imediatamente entrando na preparação para a primeira…
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Falta ainda solidariedade dos jogadores em campo, temos que parar de levar gol por falta de futebol coletivo, vir acompanhando e depois parar no lance uma vergonha, falta de vergonha de nosso jogador, temos que jogar com a forca e ter um time em campo, humildade, solidariedade, vontade de vencer,
Eu também assino embaixo de tudo o que disseste, José Roberto . Essa elitização do futebol ´imoral e sou frontalmente contra ela.
Agora , não dá para entender é que um projeot desses que deu errado em países como Alemanha, Espanha e Inglaterra , que levou a queda de qualidade dos clubes e das seleções nacionais , fazendo dessa forma com que os lucros despencassem a médio prazo , pode dar certo aqui. se bem conheço este país , tem algo de muito estranho nisso. Quem sabe , uma lavanderia ?
Paulo infelizmente estamos voltando ao passado e o futebol aos seus primeiros anos no Brasil.O futebol moderno caminha à passos largos para ser uma fonte de entretenimento da qual os menos favorecidos definitivamente não poderão participar . Para se ter uma ideia , hoje um torcedor que ganha o mínimo - maioria daqueles que iam de geral antigamente - para comprar o bilhete mais barato, terá de trabalhar dez horas e dezoito minutos , isto qdo consegue comprar. Enquanto isto , os manda chuvas não saem do País para não serem presos ,os empreiteiros estão no mesmo barco,os polít ... - arghhhhhhhhhh !!!!deixa quieto - o futebol mingua e o torcedor sofre ... tudo em nome da modernidade . SAN
Um tristeza total, grande José Roberto ! Eu ainda me lembro das figuras inesquecíveis que conheci na geral do Maracanã e que muitas vezes saía feliz de uma partida,memso com uam derrota ,só pelo dia que pasei lá . Hoje em dia, com esta dondocada de praça de alimentação de shopping, isso é imposssível . Sou um cidadão brasileiro e não um aspirante a norte-americano .
José Roberto, sai mais barato uma pessoa passar um dia em Petrópolis do que ir a um jogo de futebol . E tudo que envolve o jogo é caro : os lanches ( de má qualidade ) só podem ser feitos naquelas ratazanas que se dizem lanchonetes,as camisas ou quaisquer outros produtos licenciados são um horror de caros. Como voc~e disse , ofutebol volta ás suas origens elitistas . Do memso jeito em que o Brasil abandona aquele modelo d ejsutiça social e desenvolvimento autônomo de Getúlio Vargas para ser o que era na República Velha : um mero exprotador d eriquezas naturais e um país para poucos.
Como bom mineiro e grande admirador do povo gaúcho , acredito que o Brasil precisa é de uma segunda Revolução de 30 . Tanto na política brasileira , quanto no nosso futebol , para derrotar o eixo Rio -São Paulo e a sua CBF.
Dudu o futebol como diversão anda mesmo esquisito. O processo esquisito de goumertização/elitização deu início com a troca dos estádios fervilhantes, por estas porcarias de arenas modernas e frias, onde pode-se tudo ,menos torcer ,fazer festa. Sou do tempo em que íamos ao estádio para fazer nosso time ganhar e não para vê-lo ganhar - frase copiada de uma faixa que tenho visto na Torcida do GALO - . Saudades disto aqui ... https://www.youtube.com/watch?v=5OthtoLWNlk ... e ainda bem que pude viver e sentir este momento ,isto sim era futebol . SAN
- Robinho anda destoando, desafinando, e não foi para isso que o Galo investiu a peso de ouro. Não há mais espaço no futebol moderno para exibicionismo de pedaladas sem objetividade. É o titular e o Galo não tem reserva à altura para brigarmos pelos primeiros lugares. Carlos não dá conta do recado e Maicosuel todos nós já conhecemos. Não será com atletas medianos que poderemos permanecer entre os quatro primeiros. Como permanecer, se ainda nem chegamos lá?
- Clayton abandonou aquelas chuteiras brancas e vem subindo de produção, juntamente com MRocha. Está de olho na convocação para as olimpíadas e deve se firmar como titular. Também pudera, se não conseguir colocar Patric no banco, pode parar de sonhar. MRocha poderá ser convocado por Tite?
- Caso se concretize a venda de Pratto, o Galo terá que contratar obrigatoriamente um bom atacante, de preferência velocista, para suprir a vaga. Isto porque, a qualquer hora, Fred (32) irá se contundir. E aí, José, como é que ficará nosso ataque? Eu disse José baseado na expressão popular, mas queria mesmo dizer é Nepomuceno.
Galgamos o primeiro degrau de uma longa escada
Meu caro e ótimo blogueiro, o que vivemos hoje no futebol é um perfeito reflexo do que acontece na sociedade/política como um todo. Muito interessante notar o dedo, ou melhor, as garras inteiras da globo em ambas situações. Todos deveríamos refletir muito sobre tudo isso...