Olhando para os lados e para frente

Nessa reta final de temporada, quando ainda podemos vencer e conquistar títulos, até mesmo fechar o ano sem alguma grande conquista – pelo menos uma Galo, preferencialmente a Libertadores -, temos de conciliar o presente e sonhar com o futuro. Faltam apenas três jogos em cada Copa, sendo o único time brasileiro nas três principais frentes em disputa. No Brasileirão, a única situação em aberto para o Galo, resta avançar e recuperar pontos precisos perdidos para adversários que lutam contra o rebaixamento.

Foram mais de dez pontos, o suficiente para figurar no G4, nem considero a distância de 20 para o atual líder da competição. Passou, sem tempo de chorar e/ou reclamar, apenas alertar que não dá para vacilar contra qualquer adversário, Em contrapartida, na Libertadores e Copa do Brasil, estamos – invejavelmente – vivos e com boas chances de conquistar título(s). E com bom desempenho nessas duas, tanto que estamos nas semifinais de cada delas.

Na Copa do Brasil, até o momento, são sete jogos – entramos na terceira fase, time grande só participa depois da seletiva que elimina aventureiros -, e já eliminamos Sport (1v e 1d, passamos pelo saldo), CRB (1e e 1v, por goleada) e São Paulo (1e e 1v, na casa do time paulista). Quarta-feira saímos na frente com o Vasco (2 a 1) na nossa casa. Vamos ao Rio dependendo de um empate para avançar à finalíssima. Será jogo duro, mas confio no time cascudo que o Galo vem demonstrando ser de alguns jogos para cá.

Já na Libertadores, depois de fazer a segunda melhor campanha geral na fase de grupos (15 em 18 possíveis), temos pela frente o River Plate – exatamente os argentinos – que foi o primeiro colocado nesse quesito (16 pontos). Coisas do destino, do outro lado estão Peñarol (12) e Botafogo (10), ambos classificados com a segunda colocação nos seus grupos. O uruguaio exatamente no grupo do Galo. Depois eliminamos o San Lorenzo (1e e 1v) e fluminenC (1d e 1v, superamos também pelo saldo). Serão dois jogos com o River, o primeiro aqui e o segundo em Buenos Aires. Assim como na CB, adversário dificílimo, mas pelas mesmas razões, acredito que podemos chegar à grande final na capital argentina.

Vamos ter, creio que já na partida de volta com o Vasco (19/out), os retornos de Saravia e Zaracho, ambos importantíssimos ao treinador Milito. Otávio já retornou e bem no meio da semana. Já na primeira partida com o River (22), com o River, além dos três ainda contar com Fausto e Deyverson que não podem disputar a competição nacional. São jogadores importantíssimos para esse momento definidor do futuro do Galo, tanto para essa quanto para a próxima temporada. Ambas valem vaga para a próxima Libertadores, enquanto o campeão dessa Copa atual, assegura vaga em dois mundiais. O de 2024 e também em 2025, quando será implementada a nova fórmula de disputa.

Paralelo a tudo isso, ganhando ou perdendo, a direção Atleticana já tem de trabalhar o planejamento para a temporada seguinte. Mesmo considerando que esses títulos, conquistados ou não – caso apenas um e qual deles -, são determinantes à montagem do elenco para o próximo ano. É uma árdua missão e que não pode ser adiada. A temporada de 2025 tá logo ali, faltam apenas 90 dias para a virada do ano. Eu que não queria estar na pele de quem decide isso, haja equilíbrio e pés no chão para gerir esse momento. E a Torcida é exigente. Mas é muito presente. Quarta cheguei no entorno da nossa casa cerca de quatro horas antes do jogo. Que maravilha presenciar a chegada da Massa. É lindo ver a(o) Atleticana(o) ocupando os arredores e a esplanada. Um espetáculo de pertencimento. Boa sorte, Galo!

Em tempo: Sem intenção de polemizar, mas os preços lá continuam salgados. De ingresso, nas Copas, e os demais fundamentais. Estacionamento, que caiu de 120 para 100 reais, ainda muito mais caro que os 60 do Mineirão. E é a mesma Estapar. E nos bares também. Comprei uma porção de pastéis para engara a fome. Além do refrigerante latinha por 10 reais, a meia dúzia de pasteizinhos (minúsculos mesmo) tão vazios quanto o meu estomago faminto. Nuh! Fora isso, quero ver se o Vasco vai tratar o Atleticano com a mesma fidalguia que receberam aqui. O presidente Podrinho não tem ajudado. Só espero que não façam como o flamídia, que a cbf sempre marca primeiro aqui, para depois os dirigentes cariocas aprontarem com a Massa. De olho!

*fotos: Pedro Souza/Atlético