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O Galinho segue o roteiro do Galão

Bruno Cantini/ Atlético

Ano passado, diante de tantas conquistas domésticas e até um nacional, abusei em elogiar as divisões de base. Também pudera, se o profissional havia conquistado o Mineiro, os garotos levantaram o título do sub-20, sub-17, sub-15 e até do sub-14.

Na divisão mais madura da base, o sub-20, houve até mesmo uma conquista nacional, em cima do Flamengo e dentro do campo do adversário.

Daí, vem esse famigerado ano de 2018, em que a palavra de ordem era “austeridade”, com a folha salarial dos atletas reduzida de 11 para 9 milhões mensais.

Foram dispensados jogadores caros como os antigos donos das camisas 7 e 9 da era Nepomuceno. Para ocupar suas vagas, buscamos Ricardo Oliveira, cujo grande momento na temporada foi anunciar a antecipação de seu compromisso até o final de 2020. Isso um ano e meio antes de vencer o atual contrato.

Outro, o Chará, que veio para suprir a outra dispensa, custou os olhos da cara e – embora tenha começado de maneira empolgante – caiu na mesmice do resto da equipe.

Daí, sonhando com tudo diferente em 2019, desejamos contratações. Ao contrário de gestões vitoriosas, que só anunciavam nomes depois de contratados, estamos com a boca adoçada com nova dupla de zagueiros experientes, alguns nomes estrangeiros e até a volta do Tardelli. Nada de concreto, entretanto.

Foto: Bruno Cantini | Atlético

Diante dessa dificuldade, e até imaginando que a história da “austeridade” vai seguir o roteiro até o final dessa gestão, temos de olhar para a base. Mas, aí a depressão fica maior e mais forte.

Se ganhamos aquilo tudo que disse lá no alto da página, em 2018, agora apenas o sub-17 deu volta olímpica. Desde os profissionais e a garotada, ficamos na segunda colocação. Teve até divisão que sequer chegamos entre os primeiros. Nos torneios da CBF a situação foi similar ou até pior.

Vem a Copa sub-20, antigamente conhecida como Ipiranga e agora RS, e os nossos garotos reforçados por alguns que já passaram pelos profissionais até que começaram bem.

Venceu o River Plate por 3 a 1. Depois, perdeu para o Vasco por um gol -igualmente derrotado pelo Palmeiras, agora por 2 a 1.

No sábado, jogando sua derradeira possibilidade, vencia o Toluca do México pelo placar mínimo. Mas os meninos, assim como os marmanjos, tomaram um gol no apagar das luzes. O empate mandou o time de volta pra casa.

Foram quatro jogos, com uma vitória, um empate e duas derrotas. Cinco gols a favor e igual números de tentos sofridos.

O pior: quem acompanhou a garotada assegura que não vislumbra nenhum jogador em condições de subir para os profissionais e virar realidade. Até mesmo aqueles que já atuaram no time profissional foram fracasso na Copa RS.

O que podemos esperar para 2019? Só uma possibilidade, com a ajuda de Deus, conforme tão bem descreveu o amiGalo Fred Melo Paiva, no sábado, aqui neste UAI e no Estado de Minas.

 

Blogueiro

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  • O clube não tá tendo dinheiro nem para pagar em dia os salários e você ainda quer ver fora os nossos melhores e mais experientes jogadores. E vai contratar jogadores deste quilate com qual dinheiro? Eles tem contrato em vigor e não é assim que resolverá todos os problemas. Contratar cabeças de bagres não agregam a nada e ainda faz com que os mais experientes tbm não rendem. Contrate bons jogadores e não precisam ser estrelas, que com certeza o rendimento vai ser outro. Para dispensar só se vier outros do mesmo nível!

  • Boa tarde Eduardo e massa. Está base do galo é muito fraca.alias o André Figueiredo foi demitido mas esta ainda pior. E para piorar o fraco presidente 7 câmera acaba anunciar marques de diretor de futebol aí é mesmo amadorismo. O marques não conseguiu nada na base é vai conseguir no profissional estamos lixados com esta diretoria do galo.eu fexava esta base já que não revela ninguém está entregue a sorte,é amigalos vamos começar a rezar porque 2019 é vem aí.sem presidente,diretor de futebol,com montes de peladeiros que mamam no galo aí é demais. Porque não vazaram com as barcas. Socorro tira nosso galo da lamas. Vai galooooooo.

  • Como tudo é difícil para o Galo.
    O presidente acaba de oficializar Marques para a diretoria de futebol.
    Mais um pau mandado do presidente.
    Quanto à Base, a mesma serve apenas de cabide de emprego para ex-atletas. De lá não se revela nem gandulas.
    Rumo a Bodas de Ouro sem títulos do Brasileirao.

  • Simples, hoje time não revela porque tem segundo interesse nas transações. Para os diretores não é interessante revelar, isso é bom somente para o clube. Eles prefere pegar esses perebas que tem empresário e trazer para o Galo. Acho que essas transações teriam que ser bem investigados. Esse ano acredito que teve muita comissão por fora para trazer esses perebas, ou na base não tem jogadores melhores que esse Denilson????
    Renovação com Ricardo Oliveira, contratação de Leandrinho, Nathan. Pra mim faz parte de uma jogada para incentivo financeiro pessoal por fora. Não tem outra explicação. Tem muitos garotos na base, mais o Galo é um time que não da oportunidade e quando o tem a torcida não tem paciência. Eles tem mais paciência com jogadores igual esse pé de rato do Fabio Santos que jogadores da base que sobe. Sendo que tinha que ser o inverso.
    Então e difícil, sem oportunidade não tem como base revelar talentos. Acho que o mineiro teria que ser aproveitado para isso, dar chances a todos e tenho certeza que teríamos algum nome para o Brasileirão.

  • REINALDO - T. CEREZZO - P. IZISORO - MARCELO.
    Essa é a última geração de CRAQUES que saíram da nossa BASE.
    Portanto a nossa BASE É DINHEIRO JOGADO NO LIXO. NÃO PRESTA PARA NADA. E olhem que temos a melhor estrutura do Brasil para revelar CRAQUES. Mas como disse um jornalista em coluna no SUPERESPORTES AS BASES SÃO COMANDADAS POR EMPRESÁRIOS INESCRUPULOSOS .
    Quanto ao profissional não podemos admitir ELIAS , R. OLIVEIRA E F. SANTOS COMO TITULARES. Se esses três continuarem podem escrever ; 2019 estará Perdido.
    PS - Não considero Bernard e Jemerson como CRAQUES.
    Não passaram de jogadores medianos.

  • Bom dia Eduardo seu comentário reflete o quão ruim é a atual gestão do Galo. Os fracassos se acentuaram e os resultados obtidos são bem ruins ao que se esperava. Com essa diretoria, em 2018, os erros foram gritantes, faltou de transparência e a empáfia foi de uma intencionalidade ímpar. Tanto que apesar de 2019 não ter sequer começado, muitos já o dão como mais um ano perdido e, pelo visto, isso se repetirá até que sejam alijados do Clube o modelo de gestão feudal e amadorística que tomou conta de Lourdes. Esses dirigentes atuais conseguiram aniquilar com a confiança da torcida e apagar a sua esperança. Por isso, mantenho a tecla de uma revolução dentro do Atlético, mudança radical de rumos e faxina geral.

  • Concordo com as opiniões do Nilton e do Sidnei quanto ao fato de o Galo não conquistar títulos na base(ressalto que foi apenas esse ano, diferentemente dos anos recentes). A função principal da base é formar atletas, e os títulos devem ser apenas consequências de bons trabalhos de formação.
    Porém, comungo das opiniões do JBGalo e do Alberto MTC2 quanto aos ex-jogadores que integram o departamento de futebol de base. E, refaço o questionamento, que já fiz em outras ocasiões anteriormente: o que esses senhores fizeram que os credenciam à trabalhar no CAM? Absolutamente NADA!
    Exceção ao Marques e ao Valdir Benedito. O primeiro, por ter se qualificado, ainda que teoricamente, em cursos de promovidos pela CBF e para AFA, conforme destacou em sua apresentação, no início do ano. Questionar sua manutenção como diretor de futebol “são outros quinhentos”, mas para desempenhar funções na base, entendo que tenha qualificações, mesmo que preliminares, visto ser seu primeiro trabalho efetivo. Já o ex-volante, integrou a equipe do Alexandre Tadeu nos trabalhos que este desempenhou como técnico e coordenador da CBF.Tem experiência prática.
    Porém, o restante do grupo, na minha opinião, faz parte de um cabide de emprego, com o engodo de que são “atleticanos”, e, de quebra, fazendo uma “média”, com a alegação de que essa diretoria “valoriza os ex-atletas”. Ora, ora...gestão se faz com pessoas competentes, e não com “queridinhos apadrinhados”.
    Já destaquei isso anteriormente, ainda quando da contratação do Reinaldo como observador da base. Vejamos a experiência dele após encerrar a carreira (somente no tocante ao futebol. Não abordarei questões de vida particular e política): tentou ser treinador em alguns times do interior, e não durou nem o tempo dos contratos feitos. Tentou empreender com a criação de um time próprio, e novamente fracassou nos primeiros passos. Nem como comentarista esportivo vigou. No futebol pós carreira esportiva, fracasso total!
    E o mesmo se aplica ao Éder. Muitos não se lembram, mas ele estava no departamento de futebol na campanha de 2005, juntamente Humberto Ramos, outro incompetente (que nunca mais conseguiu retornar).
    Entendo os resultados da base como normais, ainda mais que houve reformulação, dentre a principal a saída do Ricardo Resende, treinador campeão nos anos anteriores, que foi para o rival. Porém, é preciso repensar ela filosofia amadora de contratação de ex-atletas. Pode comprometer o futuro da Base do time. E tenho dito isto já há tempos, não devido aos resultados recentes.
    Saudações alvinegras!

    • Souza, concordo plenamente com você. Acho que as últimas diretorias, principalmente as duas últimas, se preocuparam muito em contratar diretores ligados afetivamente ao clube. Isso é uma bobagem. Tem que colocar GENTE COMPETENTE, não importa onde jogou ou trabalhou. Mais profissionalismo e menos panelinhas de amigos e ídolos do passado.

    • Boa tarde Souza!
      faz parte de um cabide de emprego, com o engodo de que são “atleticanos”, e, de quebra, fazendo uma “média”, com a alegação de que essa diretoria “valoriza os ex-atletas”. Ora, ora…gestão se faz com pessoas competentes, e não com “queridinhos apadrinhados”.
      P E R F E I T O!

  • Bom dia, concordo com alguns aqui, base não precisa ganhar títulos, precisa revelar jogadores. Olhando os jogos no RS...olhando apenas os jogadores, também não vi nada que possa mudar o que ja temos, mas é melhor um jogador meia boca da base do que pagar mais dinheiro pra um descompromissado rodado ai do futebol. Mas a base tem que revelar pelo menos bons jogadores para entrar em algumas posições e complementar o grupo (Jermesons, Bernads, Lincons, Mancinis, Marcos Rochas, Castans, Limas, L. Almeidas...etc, teríamos que ter sempre, constantemente saindo da base). Tem uma observação também, não basta colocar ex jogadores que não tem carreira em formação de jogadores...a base no Brasil existe toda uma "máfia", um relacionamento de interesses, recompensas, rede de formação e captação, parceiras...é muito mais do que apenas colocar comissões técnicas e fazer peneiras...Isso que vinha bem no Galo até meados dos anos 2000, me parece que vem desestruturando ou parou no tempo, enquanto outros clubes avançaram...No mais, ainda preocupado com a parte administrativa do clube e seus pensamentos sobre futebol...o norte se perdeu...espero que se achem logo...Saudações.

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