O sonho impossível do Atleticano na temporada

Depois do segundo ano de mandato do presidente Sette Câmara e sua diretoria, sem termos comemorado uma única conquista, o que une o Torcedor do Galo atualmente é a vontade – desejo forte mesmo – do afastamento de todo o comando e gestão do clube.

Lamentavelmente, os caminhos para tal acontecimento, não viabilizam essa possibilidade. Impedimento teria de ser através do Conselho Deliberativo. Descartado! A outra forma, a vontade unilateral do presidente em se afastar, mas teria de ser seguido pela linha sucessória.

Caros, ele – como muitos que chegam a cargos dessa magnitude – passam por lá com toda impopularidade, acreditando que estão agradando. Acreditem, tenho absoluta convicção, que este “fenômeno” de leitura equivocada é o que vem alimentando o ego do eventual presidente do Clube Atlético Mineiro. E, podem ter certeza, não faltam, entre os que o cercam quem induz o chefe, a acreditarem em tamanha aberração.

Para prefeitos, governadores e presidente de República são usadas pesquisas induzidas, em contraponto a outras independentes, que o bajulador (“puxa-saco”) se vale da condição de interessados na permanência do chefe. Este, por sua vez, usa uma vestimenta similar a de um escafandro.

Para entender, é uma armadura de borracha e latão usadas na água, comunicando com a superfície através de um tubo para respirar e resistir à pressão da água. Quero dizer que ele, como o escafandro, fica alienado das coisas em torno do mundo. E o Sette, ao que sinto, acredita que estamos fazendo uma leitura errada de sua gestão.

Para ele, nós que reclamamos e desejamos sua saída, somos minoria e sequer merecemos ser considerados. Daí entra o “profissional” que faz essa assessoria e leitura, seja através de pesquisa de opinião e/ou acompanhamento de redes sociais, convencendo ao seu contratante que ele está no caminho certo.

Não deve dar ouvido a uma minoria que grita e pede socorro. Não representam o verdadeiro sentimento do Atleticano, acredita o presidente e sua diretoria.

Diante disso, caríssimas Atleticanas e caros Atleticanos – que como o blogueiro – desejam uma mudança radical de rumos, na realidade isso não irá acontecer. O sujeito está vestido, assim como o escafandro, numa vestimenta que lhe impede de enxergar a realidade.

Alguns até brincam que, como “assessores” patrulham e policiam nossas reações, que fatos como tentar impedir a livre manifestação justificam aquilo que apelidaram de Ato Institucional número 7 (AI7). A piada deriva de debate nacional, associada a seguranças agirem para impedir o Torcedor de manifestar seu protesto contra o presidente e a diretoria.

Se alguma coisa não for feita até a virada da temporada, estamos condenados ao Titanic do Galo. Aquele navio, assim como alguns pensavam, era inafundável. Pois, como o Galo de 2005 naquele distante ano de 1912, afundou e fez vitimas.

Com o nosso time, pagamos a série B em 2006, quando o presidente era Ricardo Guimarães. Um de seus vices, exatamente Sette Câmara, que não terminou o mandato. Renunciou. Ele sabe o caminho.

E o Titanic naufragou vitimando cerca de mil pessoas. Praticamente metade do número embarcado, por falta de botes e despreparo da tripulação. Aqui não, os botes vem salvam nossa Atleticanidade, mas duas gestões desastradas podem fazer muito mais vitimas que imaginamos.

Nunca vi, em tempos passados, tanto desanimo em meio aos Atleticanos. Mas, Sette Câmara, insiste em não acreditar nesse sentimento.

Não quero ver o meu Galo destroçado com a tripulação (diretoria) remando contra a maré e acreditando que está no caminho certo. Se quiserem salvar o nosso time de outro momento terrível, só podem seguir o caminho que é o desejo do Torcedor. Renúncia Já!

*fotos: Bruno Cantini/Atlético