Confesso que ainda estou sob o efeito da visita às obras do Estádio do Galo. Se o momento do time vem empolgando, adicionem-se a isso algumas dezenas ou centenas de expectativas, depois que fizer esse tour pelo Centro de Experiências. Ainda bem que o Galo tem Torcedores que assinam Menin, Guimarães, Salvador, que ao lado dos milhares de Ávilas, Silvas, Santos e tantos outros sobrenomes menos abonados formam a Massa Atleticana.
O que vi lá, até agora era inimaginável a um Torcedor modesto e vindo do interior, que encontrou na capital seu encantamento desde os tempos de criança. Vou ao Mineirão tem algumas boas décadas, e creio que em jogos ao vivo, estou entre os que mais vezes esteve presente no Mineirão, Independência, Sete Lagoas e até outras praças menos utilizadas.
Sou dos tempos da geral, embora nunca tenha assistido a uma única partida daquele lugar alucinante aos olhos de quem estava nas arquibancadas ou cadeiras do Mineirão. Pois, ao que vimos lá nessa visita, num primeiro momento vêm a indagação. Onde estarão os Torcedores geraldinos que compõem a maior Torcida de Minas Gerais e uma das maiores do Brasil? Asseguram que haverá um setor popular aos Atleticanos.
É bom mesmo que esses Torcedores, que asseguram nossos quase dez milhões de Atleticanos espalhados desde aqui em Belo Horizonte e pelo Brasil e também pelo mundo, tenham lugar quando desejarem assistir aos jogos do nosso time do coração. A Arena, ao que entendo, está preparada para receber e acolher a todos.
Cada um ao seu melhor estilo e conveniência. Se os nossos mecenas estão ajudando a alavancar patrimônio e contratações, diria que o desembolso deles – considerando seu patrimônio – equivale ao que cada um de nós também tem feito. Eu, que tenho lugar e espaço em jogos pela condição de cronista esportivo, sou titular de um GNV black desde o lançamento do plano. Ainda banco o da minha filha, também desde essa ocasião.
Essa minha contribuição, ao que posso, imagino que seja proporcional a que nossos benfeitores estão nos brindando. Mas e outros que sequer podem ir a todos os jogos, eventualmente numa ou outra partida? A eles, igualmente, temos de pensar e homenagear. Existem alguns que até moram longe daqui, nem mesmo são mineiros, mas escolheram o Galo. Outros estão aqui ao nosso lado e vivem o Galo com a mesma intensidade dos sobrenomes que citei e outros tantos.
O Galo é de todos nós. Meu, seu, do Menin, do Guimarães, do Salvador, do Sette, do Lásaro, do seu Laerte, do seu Miguel, da Lúcia, da Marceli, da Luíza e de tantos outros anônimos. O seu Laerte – conhecido de todo Atleticano – é presença constante no embarque e desembarque da delegação em Confins, um octogenário que faz parte da nossa história.
Já o seu Miguel, também já na casa dos 80, asseguro que quase todo Atleticano já viu sua imagem em redes sociais. Pois, ele mora em Virgolândia e nunca viu o Galo em campo. Sua paixão, que justificou pintar o escudo do Galo em sua humilde residência, veio de seus filhos Atleticanos.
E as meninas? Lúcia faz pouco tempo arrancou lá do interior do Ceará – cidade de Itaiçaba – para ver pela primeira vez o Galo ao vivo no Horto. Estive com ela, no momento em que – emocionada – conheceu ídolo que lhe fez Atleticana. O Rei na Cafeteria Três Corações da Savassi.
Marceli, que é nascida e criada em Curitiba, costumeiramente, pega um ônibus e viaja a noite toda para ver o Galo em Belo Horizonte. Ao final do jogo, pelo mesmo meio de transporte, retorna à capital paranaense para trabalhar no dia seguinte.
E a Luíza? Que encanto. Moradora de João Pessoa, na Paraíba, tem atualmente 24 anos. Viu o Galo pela primeira vez ao vivo tem pouco mais de dois anos. A exemplo das duas outras, nenhuma ligação tem com Minas Gerais – no caso dela, o pai se apaixonou pelo Galo ainda nos anos 70 e transferiu esse amor à filha.
Pois bem, Atleticanas e Atleticanos, esse é o Galo. Ele não tem dono, o time é de todos nós. E se temos essa força e uma linda história de garra, abnegação, resignação, isso é decorrente dessa união entre classes sociais, raça, religião, crença política, que – sem conflito – convergem nessa única paixão que nos une: o Clube Atlético Mineiro!
Aqui somos todos iguais. Não existe o mais ou o menos. Vestimos as mesmas cores. Uma camisa listrada em preto e branco. Pendurada no varal ou no guarda roupas, esperando o momento do jogo para se tornar o nosso manto sagrado.
*fotos 1 e 2) Atlético; 3) redes sociais; 4) arquivo pessoal
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O TIME SUB 20 DO GALO É DE ARREPIAR O CABELO .
MUITO RUIM , DALI NÃO DAI NINGUÉM QUE PRESTA.
QUANTO TEMPO PERDIDO , QUANTO DINHEIRO GASTO.
É PRECISO MUDAR TUDO NESSA BASE.
Mais um belíssimo texto. Não perco um a bastante tempo, apesar de nunca ter comentado. Parabéns e vamos esquecer a parte da imprensa tendenciosa. Belo trabalho Eduardo.
E esse time sub não consegue deixar de ser sub.
Muito dinheiro jogado fora.
É um absurdo a CBF colocar um jogo do campeonato brasileiro sub-20, Vasco x Galo às 15:00 em Nova Iguaçú, com uma temperatura de 38º!!!!!!!! Essa porcaria nem pra organizar um campeonato sub-20 presta!!!! parece que eles só se preocupam em proteger os seus escolhidos!!!
Assisti ao jogo que acabou agora, 1 x 1, o Galo saiu na frente, o Vasco teve um jogador expulso no final do primeiro tempo e ainda conseguiu empatar no segundo.... Esse time sub-20 do Galo e seus treinador deveriam assistir aos jogos dos profissionais... Onde que o Galo ganhando de 1 x 0 , com um jogador a mais ia ficar fazendo "cera" pra manter o resultado???? Um cai cai irritante que só parou depois que o Vasco empatou!!!! Time mal treinado e com jogadores mascarados que se achamo craques... Pelo que vi, se não mudar a mentalidade, não vinga um!!!! Eles jogam como o Galo jogava no ano passado, que coisa feia!!!! Depois desse novo estilo de jogar do Galo implantado pelo Sampaoli, o melhor treinador do Brasil e um dos melhores do mundo, não vamos aceitar que o time volte a jogar como esse time sub-20 joga!!!
Comprei um manto da massa ontem e quando fui comprar outro para meu filho apareceu que era limitado um manto por sócio. Numa época desta de recessão e caristia deve ter muitas confecções paradas , precisa aproveitar o momento e faturar. Por quê não procuram parcerias para fabricar e vender mais camisas, se precisam de $ na crise tem que fomentar a produção, agora que estamos numa boa hora para o Galo faturar. Tem uma cidade nos EUA, Key West, que o símbolo da cidade é Galo (Índio). Eles ficam soltos nas ruas igual ficam os cachorros aqui no interior do BR. Eles tem Galinhos de todos os tipos, cerâmica, mármore, murano e madeira, por que não fazer uma parceria com eles e revender estes modelos nas lojas do Galo. São lindos, eu mesmo tenho uma coleção.
Vendo a foto do Reinaldo nesta reportagem, alguém saberia me dizer qual título este jogador ganhou em toda a sua carreira?
Simplesmente trata-se do melhor jogador de futebol que já existiu. Mas, isso é só quem conhece de futebol sabe. E , quanto a ganhar títulos, só quem conhece a sujeira do futebol sabe que o Reinaldo deveria ter sido campeão do mundo, da libertadores, brasileiro e não o foi por causa da roubalheira inacreditável.
Ou vc é um Maria tremedeira ou não viu o Rei jogar, pra fazer uma pergunta idiota dessa.
Reinaldo foi o maior destruidor de Marias.
Pergunta pra Romário quem foi Reinaldo.
Ganhou o título de craque.....
Também penso assim e assino embaixo.
Campeonato Mineiro não vale!
Meu amado Barbudo,
Às vezes tenho preguiça de ler esse Blog, pois alguns pensam que aqui é SAC do CAM ou, pior, que é divã, têm dificuldade de interpretar os dizeres “comentar e resenhar sobre a PAIXÃO do Atleticano é o desafio proposto”.
Um dia quando eu for grande quero ter a sua paciência infinita e seus dons ‘freudianos’.
Ao que importa; que textão!
É chover no molhado dizer que amo minha gente Preta e Branca. Gente como o Arcebispo que, comovido com a foto do Seu Miguel, quis lhe enviar uma camisa. Gente como o Betinho e a Cris da equipe Fala Galo que colocou essa ideia em pratica e enviaram uma caixa de presentes.
Gente como o Henrique André que fez recentemente uma linda reportagem com o querido Seu Laerte. Gente como o Litinho que visitou a Arena MRV ontem e se emocionou e nos emocionou ao ver sua imagem (uma das mais emblemáticas dos últimos tempos) grafitada na nossa casa.
Gente como o Dr. Salvador que – história narrada pelo FMP – ao trazer bebês ao mundo, Fred foi um deles, dizia às mães “passando um óleo na criança para que ela cresça Atleticana!”.
Gente como a Dona Geny de Itabira que linda aos 80 anos posou ontem feliz com o Manto da Massa que acabara de receber.
Gente como Ricardo Guimarães que põe dinheiro nesse Clube desde 2002. E é de gente que nunca ajudou, mas acredita que mudanças só ocorreram porque liderou um levante.
Gente como Tia Célia, Dona Leni, Maria boca murcha e outros milhões. O CAM é de todos. Pasmem, é também de gente “como eu”, Torcedora da Torcida.
Boa tarde a todos!
Também me emocionei muito Galuppo, pela manhã quando li o texto e especialmente quando vi aquela foto daquele sr em frente a casa com o escudo do Galo!
Saudações Alvinegras.
Obs: um pouco fora do texto/contexto ,ontem perdi um tempo vendo um "jogo" e deu pena ver o Cazares como simples coadjuvante num time muito ruim e mal treinado,certamente seguirá os passos do Geovane Augusto que se achava craque.
Acredito mesmo que o Galo esteja em um outro patamar, mais avançado e que por isso ele incomoda tanto o eixo do mal, bem como a essa imprensa tendenciosa, manipuladora, parcial, que há muito deixou de ter credibilidade, sendo a verdadeira produtora de fake news. Mas...mas...é muito ruim vc abrir as páginas esportivas querendo ver as novidades do Galo e saber que tem jogador e times de futebol, cobrando falta de pagamento do Galo. Isso precisa ser resolvido. Afinal, o maior de Minas no calote, com certeza não é o Galo, muito menos o ameriquinha.
A propósito, e o fredconecaloteiro, paga ou não paga os 10 milhões?
Caro Eduardo,
Brilhantíssimo texto, é o Galo-sempre Galo, do Oiapoqué ao Chuí.
Parabéns mais uma vez, pelas pertinentes colunas diárias
Forte abraço,
Joaquim/Joca