Com outro foco e buscando encaminhar a classificação

Com o chip agora voltado para a Copa do Brasil, o Galo e nós, Atleticanos, vamos focar na partida em Santa Catarina. Buscar um bom resultado vai devolvendo, aos poucos, a confiança abalada com aquelas maluquices do início da temporada (com time B e até C). Quero debitar o fato ao antigo treinador, preferindo – por hora – isentar a diretoria pelo ocorrido.

Aquela opção nos custou fazer um feio papel na Flórida Cup, que vencemos em 2016, e ainda capitular em jogos fáceis pelo Campeonato Mineiro. Por pouco, mas por muito pouco mesmo, nos custa a classificação na primeira partida pela Copa do Brasil. Tanto é verdade, que o aparentemente calmo então treinador, fez o que fez ao final do jogo. Como diriam nossos pais, “há males que vêm para bem”. Dito e feito.

Fato é que daquele episódio algumas constatações estão hoje à vista. Oswaldo de Oliveira foi interessante ano passado, ao resgatar o Galo de risco iminente deixado pelos ex-treinadores Roger e principalmente Micale. Entretanto, o perfil apático dele não combina com a história e trajetória do nosso Clube Atlético Mineiro. Pior foi ter três treinadores em uma única temporada, isentando os profissionais dessa responsabilidade e jogando no colo de quem fez tudo isso: a diretoria.

Estamos vivendo um momento de alguma apreensão, apesar dos bons jogos do time sob o comando de Thiago Larghi (embora dois escorregões no regional), o que divide o Atleticano. Alguns entendendo que o caminho com o interino está sendo sedimentado e outros ainda inseguros por sua falta de experiência. Entre as queixas, percebo que a falta de lançar os garotos da base é a principal.

A exemplo das últimas partidas, em que preteriu os meninos que subiram, agora – novamente – nenhum deles foi relacionado. Tudo bem, admitamos que por ser um jogo decisivo e eliminatório, Thiago Larghi não quis se arriscar. Mas tivemos três partidas sob o seu comando pelo Mineiro e a retórica permaneceu. Lembro que na Copa do Mundo de 1994, o promissor Ronaldinho (o carioca) – mesmo sem ter atuado – esteve na competição. Isso lhe deu experiência e, com exceção daquele mal explicado jogo da final de 1998, atuou e em 2002 foi artilheiro decisivo para o penta.

Os garotos precisam ganhar essa condição para se tornarem alternativas viáveis no futuro. São quatro (já que Nathan e César foram emprestados) que subiram para os profissionais. Entre eles, seguramente, alguns devem vingar. Bruno Roberto, Marquinho, Marco Tulio e Alerrandro, tiveram destaque nas divisões de base do Galo. O segundo da lista está voltando de uma delicada contusão, mas os demais podem ser aproveitados. Pessoalmente, coloco muita fé no centroavante. Novinho já vinha se destacando.

Tudo bem, vamos com aquilo que o treinador entende ser o melhor. Acredito que ele deverá lançar o mesmo time que iniciou a partida frente ao Botafogo da Paraíba, apesar de os gols e a goleada terem saído após as substituições. Luan e Cazares vêm se destacando quando acionados. O Menino Maluquinho, gradualmente, vai readquirindo sua forma e a confiança dos Torcedores. Já o equatoriano, para quem as orações até de ateus Atleticanos parecem dar sinais, se tiver juízo, será decisivo às nossas pretensões na temporada. Ele é craque, mas tem colocado em risco sua carreira profissional. Tomara que tenha acordado.

Saindo de Florianópolis hoje com um bom resultado, seguramente, no próximo dia 14 de março, vamos lotar o Independência e já pensar na próxima fase da Copa. Espero amanhã estar comemorando um bom resultado aqui, neste nosso minifúndio, como bem lembrou ontem um leitor usando o saudoso amigo Roberto Drummond em suas pérolas diárias.

Em tempo: já que os sexagenários e afins, como o blogueiro, gostaram das expressões de ontem, como segunda época e ginásio, segue outra. Que o Galo jogue hoje como uma orquestra, que depois foi conjunto, e atualmente se chama banda. Para nós, banda era um grupo musical que desfilava pelas ruas das cidades do interior. Enfim, que o Galo seja Galo, por#@!