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Não tem comparação

Em resposta a algumas considerações de leitores não-Atleticanos, que não entendem e tampouco concordam que “aqui é SÓ Galo”, aproveito para apresentar números ao seu contraponto. Apesar de terem espaço para deleitarem sobre sua preferência clubística, essa minoria prefere passear pela vida Atleticana. Não sei se é masoquismo ou qual fenômeno que só a psicologia conseguiria explicar.

Um deles, certamente buscando visibilidade ou até mesmo – como me sinalizou uma pessoa conhecida – por ter feito desafio de ver e mostrar aos seus amigos que seu nome sairia nas páginas Atleticanas. Se vale uma caixa de cerveja, o blog paga uma garrafa ao infeliz como prêmio de consolação. Com a intenção de pautar sobre o tema Galo, não satisfeito “AF”, depois de invadir o face pessoal, agora sai de trás da cortina, sonhando com o fim do blog como consequência de sua reclamação.

Antes dos números, uma breve consideração. Não sou blogueiro, estou blogueiro a convite do UAI Superesportes. Não bati à porta da redação pedindo espaço e tampouco tenho de dar satisfação sobre eventual remuneração pela dedicação ao “Canto do Galo”.

Sigamos. A queixa dava conta sobre público do Galo no Campeonato Brasileiro. Ocupei-me em fazer uma breve pesquisa sobre o assunto, no que agradeço ao incauto, uma vez que adoro esse tipo de curiosidade. Dito isso, vejamos.

Ah! Tudo isso a partir de 1971, pois não levo em consideração anos anteriores, que tiveram títulos homologados – via fax – em troca de negociata com a direção da CBF, administração Ricardo Teixeira.

O maior público mineiro em campeonato nacional aconteceu no dia 15 de maio de 1983, quando Galo e Santos se enfrentaram no Mineirão e por lá passaram 113.479 pagantes. Entre os 15 maiores públicos do Campeonato Brasileiro de todos os tempos, o Galo é o único mineiro a aparecer e em duas ocasiões.

Fotos e imagem: UAI/EM

Antes que queiram sugerir o tanto badalado recorde de público do estádio, quando o time do torcedor reclamante decidiu o título mineiro com o Villa Nova, em 1997, constando no borderô 132.834 pessoas, é preciso esclarecer o seguinte: na verdade, foram 74.857 pagantes. Os demais 57.977 foram lançados como mulheres e crianças com acesso 0800 naquela partida. Basta ver uma foto da arquibancada daquele jogo, onde havia quase um não-pagante por outro pagante, para que a farsa seja comprovada. Sempre correu a boca pequena que houve ordem de rodar a roleta ao vento, o que também explicaria o suposto acesso de 132,8 mil pessoas onde nunca coube mais do que os 123 mil pagantes já registrados.

Vamos adiante. Os três clubes com maiores médias de público por ano são Atlético, Flamengo e Corinthians. Esses dois, como todos sabem, com o apoio incondicional da CBF e da emissora que detém os direitos de transmissão. O Flamengo foi líder de público em 12 oportunidades, o Galo em 10 competições (sem computar 2006, quando lideramos o quesito mesmo na série B) e o Corinthians em nove anos (apesar de superado em 2011 pelo Santa Cruz, que estava na série D). O clube paulista, coincidentemente, tem suas melhores médias a partir da venda das transmissões para a televisão. Coincidentemente?

Fora esses, o time do reclamante em quatro ocasiões; Bahia, por três anos; Fluminense e Internacional, em duas vezes cada; e os outros – Vasco da Gama, São Paulo e Grêmio – com apenas uma. Como melhor média geral, ao longo de todas as competições, o Galo segue à frente entre os mineiros. Da mesma forma em relação à melhor média numa única competição. Neste caso o Flamengo, em 1980, lidera com 66.507 pagantes por partida, seguido pelo Galo, no ano de 1977, com média de 55.664 pagantes por jogo.

Ano a ano, apenas os quatro que interessam (as siglas simbolizam quem faz acordo com a CBF):

Clube Atlético Mineiro: 1971. 1977, 1990, 1991, 1994, 1995, 1996,1997, 1999, 2001

CBFla: 1973, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984,1987, 1989, 1992, 2007, 2008, 2009

CBFiel: 1972, 1976, 1993, 2004, 2005, 2010, 2011, 2012, 2015

CruBF: 1998, 2003, 2013, 2014

Não tem comparação!

Blogueiro

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  • Boa noite Eduardo, parabéns pelos artigos. Olha eu, meu irmão e falecido pai, fomos 3 deste mais de 113 mil pagantes da semifinal de 83, que vc mencionou, e sabe aonde acompanhamos o jg, precisamente aós 30min de jg ? Em casa, moro a 1km do mineirão, Chegamos no estadio faltando 15min, e foi impossível entrar na arquibancada, tivemos que voltar. Meu pai ficou uma fera por ter pago 3 ingresso e ñ ter conseguido entrar. Eu e meu irmão eramos crianças. Em 1987, contra o Flamengo tinha 107mil pagantes, mas ñ cabia mais ninguém. E vale lembrar que justamente o ano que o GALO foi campeão, 71, não tem dados de públicos. Essa estatísticas que mencionou se refere a 1972 pra cá. E em 2009, o galo liberava com melhor média de publico até a ultima rodada. Mas como ñ tinha mais chances de titulo, levou apenas 7mil ao mineirão sábado a noite debaixo de um temporal. E no domingo o flamengo lotou o maraca, porque disputava e ganhou o titulo, só assim assumiu com média de público. E pra terminar, a massa sempre ficava entre as melhores médias de publico, mais que outros clubes que estavam no auge, e o GALO sem ganhar titulo desde 1997, mesmo assim levava mais que os que tinha conquistados recentemente

  • Sinal de que o blog é bom e dá inveja no lado azul da lagoa.
    Parabens Eduardo curto demais este espaço.

  • O time perrela acaba de anunciar o MANO como novo treineiro: o mano do Paulo Bento, o Zé Bento........

  • Só uma perguntinha a quem, de outras plagas, vem aqui xeretar : quosque tandem, CRUBFilina ablutere patientia nostra ?

  • O dito jornalista continua na sua cruzada para derrubar M Oliveira pois sabe q o mesmo é bom ( ele mesmo falou isto antes da final da copa do BR contra o Santos) então tá na cara que o que ele quer é que o Galo fique sem um bom treinador. E para o seu desespero, o time agora começa a entrosar ai ele sem argumentos resolveu disparar a metralhadora contra todos os técnicos brasileiros. Bom segundo ele era D. Aguirre e P Bento !!!!! Chega a ser PATÉTICO! Vamos fazer uma campanha para a volta da censura p/ proibir as matérias deste infeliz, KKKKKKK

  • Como dizia Alexandre Kalil: "não respondo subalterno!" - é isso aí, Eduardo, não vale a pena dar continuidade à prosas, o negócio é deletar e boa. Não se deve nem cumprimentar gente lá da zona maldita, vai que isso pega.

  • Com todo respeito, recebi esse texto e, assim como enviei a resposta ao meu amigo, deixarei aqui minha leitura de seu texto: Na minha leitura, o texto do blogueiro falha em: 1 - "Tudo isso a partir de 1971, pois não levo em consideração anos anteriores". Como historiador fico até ofendido com esse tipo de colocação. O escriba não leva em consideração que, em 1971, o Brasil já havia apresentado a maior seleção nacional de futebol profissional em todos os tempos conquistando o tricampeonato do mundo. Em 1971, o futebol já havia sido assombrado por Garrincha, e o Santos, conquistado bicampeão do mundo por clubes. É claro que como atleticano, o nobre blogueiro não considera que, para orgulho das Minas Gerais, esse mesmo Santos tombou diante do Cruzeiro no Mineirão e no Pacaembu. Desconsiderar a história é um exercício que requer atenção. 2-Como poderei levar em conta um texto que tem como fonte a expressão "correu a boca pequena"? rs. Me ajuda aí! 3- É fácil entender porque o blogueiro simplesmente passa uma caneta nos anos anteriores a 1971. Podemos usar a mesma fonte que ele usou, a Wickpedia, para observar que em 1967 e 1968, as maiores médias no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Brasileirão naquela época, foram do Cruzeiro, com o público de 34.038 e 36.942 respectivamente. Vocês ganham, mas na média geral público entre os times ficamos em 5º e o Atlético-MG em 4º, com uma diferença de apenas três mil pessoas. Lembrando que isso é apenas no Campeonato Brasileiro. Não podemos perder de vista que o torcedor do Cruzeiro corriqueiramente precisa dividir a bilheteria entre Brasileirão, Copa do Brasil e os torneios internacionais, como a Libertadores e a Supercopa. Na Libertadores o Cruzeiro é o 6º clube brasileiro com maior média, o Atlético-MG fica bem atrás em 11º. Na Supercopa tivemos a impressionante média de 73 mil torcedores em 1992 e na Copa do Brasil o Cruzeiro teve o maior público nas edições de 1996 e 2000. Volto a repetir, a imprensa mineira tenta esculpir um mito, mas sabemos que ele é de barro. E quando falarem em fidelidade lembre que a maior média de público do Cruzeiro no Brasileirão foi em 1983, ano em que amargamos a 17ª colocação e fomos eliminados na segunda fase colocando mais de 37 mil pagantes por jogo no Mineirão. * Na Wickpedia,Cruzeiro e Atlético aparecem entre os clubes com os maiores públicos da Taça Brasil de 1966 e 1967 respectivamente.

    • Quanto à contestação apresentada pelo ilustre historiador, faria uma breve réplica adiantando que não darei espaço à réplica, por uma razão básica. Falta de síntese na contestação. Quanto aos itens 1 e 3, que são de certa maneira repetitivos, são duas as razões de mencionar a partir de 1971. Foi o ano do primeiro campeonato brasileiro de futebol. Se fosse para fazer negociata com a CBF, como o senador biônico fez, o Galo pleitearia o título de 1937. Só não sei se seria via fax, como o de 1966.E mais, para voltar a anos anteriores, a rivalidade mineira passaria por Vila Nova, depois América até chegar ao sucessor de Yale/Ypiranga/Palestras. Vale dizer, o Galo sempre esteve na linha de frente.
      Já sobre a segunda reclamação, o nobre historiador - estudioso como demonstra ser (embora tenha usado uma única fonte de pesquisa como relata) - a expressão "a boca pequena" é usual e recorrente quando como no caso se sabe que a fraude daquele público foi notória. Na vossa fonte de pesquisa, talvez tenha fotos da ocasião, onde para autenticar deveria ter uma criança e ou mulher para cada adulto.
      Sem mais, obriGalo pela visita. Percebo que me tornei leitura diária também a muitos não-Atleticanos.

  • Em 96 no Galo x Portuguesa, na semi- final, uma no antes. Tinha 80 mil pessoas. Fui também na final do Brasileiro de 99, tinha 90 mil. Que nestes jogos sabia que no Mineirão, naquela época, o não caberia 50/40 mil pessoas NUNCA! IMPOSSÍVEL colocar mais 50 mil pessoas no estádio, simplesmente porque com 80/90 mil o torcedor não conseguia nem si mexer. O Mineirão cabia 120 mil quando foi fundado, mas depois disto, passou por várias reformas, que foram diminuindo a capacidade do estádio, todo mundo sabe isso. Só que gostam de se iludir. Acham q são o time do povo, que ganharam um jogando 8 jogos e etc.

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