Momento de recolhimento e reflexão

A falta de títulos, a gozação no rival, especulações quanto ao futuro – desde contratação de técnico, jogadores chegando e saindo -, faz o nosso dia-a-dia Atleticano.

Não existe um, entre nós, que não ocupe boa parte do tempo se dedicando a tudo isso que estou afirmando.

Uns mais exaltados, outros contidos (onde imagino que me encontro), mas, assim, estamos levando esse período de recesso sem Galo.

O rebaixamento do vizinho, pelas circunstâncias e até mesmo o engasgo que cada um de nós tínhamos ao longo dos tempos, foi um bálsamo à nossa falta de melhor desempenho.

Conheço muito torcedor rival que me são bastante estimados, porém – ainda que em menor número – outros que merecem passar por isso.

Sua soberba e arrogância sugerem viver e passar por esses momentos, assim como nós já conhecemos e sobrevivemos. A nossa foi rápida, vamos ver a dessa gente.

Claro que tirei sarro em alguns, mas entre aqueles que sempre tiveram a mesma liberdade comigo, onde não estão incluídos esses da segunda classificação.

Até porque, sei que sofrem muito mais com meu silêncio. Conheceram, finalmente, “o pão que o diabo amassou”. Coisa boa, bem feito!

Pois bem, como o que nos interessa é sair da entressafra com a falta de títulos, já que completamos dois anos sem o grito de “é campeão”, vamos ao que nos interessa.

Para sair dessa seca, fundamental é que esse período de “austeridade” comece a dar resultados efetivos no gramado.

Mineiro é imperativo, mas conquistas nacionais e internacionais não podem ficar à margem. Temos Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana. Pelo menos duas, além – claro – do regional para devolver a alegria e nosso estado de espírito.

Sou, como o leitor muito bem sabe, crítico da atual gestão. Tenho cá meus motivos de Atleticano, e isso tem origem na falta de títulos, passa ainda pelas péssimas contratações que justificam a nossa angustia e termina na falta de transparência dessa “austeridade” aliada a certo pedantismo.

Deixando tudo isso de lado, quero – evidentemente – que as coisas melhor se encaminhem. Se isso ocorrer, não terei o menor constrangimento em participar do coro que o presidente tanto deseja. Ovacionar seu nome das arquibancadas.

Em que pese tudo isso, cá entre nós, ser presidente do Galo é mais difícil que governar um país em crise ou um estado falido.

Nunca me passou pela cabeça qualquer dessas três condições. Agradar a diferentes pensamentos e tentar convergir na melhor direção, não é missão para normais.

Vejamos: na lista de treinadores disponíveis temos Sampaolli, Ceni, Luxemburgo (esse foi pro porco), Carille, Mano, Cuca, entre outros.

Ficando apenas nestes, vamos pela ordem, o que será dito pelo Atleticano. Caro, desprezou o Galo, ultrapassado, retranqueiro, mala (nessa me incluo) e traidor. É mole?

Nem me atrevo a entrar na lista de eventuais e sonhados reforços. Confesso que as dispensas anunciadas já me agradam, tanto pelo alívio na folha de pagamento quanto – e principalmente – pelo que vinham produzindo em campo.

Ainda faltam algumas liberações, mas como os contratos estão em vigência, coloca para jogar na equipe de transição.

Os que estão chegando, com sinceridade, não me acho apto a julgar. Não conhecia Emerson e deu certo, até foi vendido. E mais, quando R10 chegou aqui, fiquei por horas questionando sua contratação. E deu no que deu.

Sigo Atleticano, não torço por jogadores e eventuais presidentes!

Em tempo: Hoje, dia 16 de dezembro, 18hs, acompanho o “protesto pacífico” da RENOVA GALO! Presente!

*fotos: capa, 1) Bruno Cantini/Atlético; 2) Pedro Souza/Atlético; 3) Divulgação