Mais uma final de Campeonato Mineiro

É finalista! Pela décima primeira vez consecutiva o Galo chega às finais do Campeonato Mineiro. Nas dez temporadas anteriores, ganhamos cinco vezes e ficamos outras cinco na segunda colocação. Nos três últimos anos, incluindo 2017, os adversários se alternaram entre times do interior e da capital. Este é o centésimo quinto Estadual de Minas Gerais.

A hegemonia histórica, comprovada pelos nossos 109 anos com o mesmo nome e as mesmas cores, também se confirma em relação aos clássicos. No início, o posto pertencia ao Vila Nova, depois, aos dois outros da capital. Invariavelmente, porém, o Galo se mantém em evidência. Somamos, até então, 43 títulos mineiros, contra 36 do segundo colocado, 16 do terceiro e apenas nove na soma dos times do interior (Vila Nova, cinco; Siderúrgica, dois; Caldense e Ipatinga, um cada).

Para chegar a 11ª final consecutiva do Mineiro, o Galo convenceu e atropelou a equipe de Patos de Minas, na Catedral do Horto. O time pode e deve apresentar muito mais futebol que o praticado na vitória sobre a URT, pensam alguns e eu me incluo. A equipe começou o jogo bem, mas permitiu que os minutos ficassem chatos e até preocupantes. Veio, então, o primeiro gol, por méritos dos jogadores que preferiram bater rapidamente a falta a reclamar com o árbitro que não aplicou um cartão amarelo no adversário. Marcos Rocha cruzou para o artilheiro Rafael Moura e este balançou a rede. Time e Torcida respiraram.

O segundo tempo começou sem alterações. Nosso time fez um verdadeiro show no gramado. Após nocautear o adversário, os jogadores abusaram do direito de perder gols, no mínimo, cinco boas oportunidades. Mesmo assim, Robinho e Otero guardaram duas vezes. A equipe do interior lutou e nos obrigou a mostrar futebol. Nossos atletas reagiram. É isto que o exigente Atleticano quer: luta e entrega.

Marcos Rocha destacou-se e mostrou-se confiante com a presença de Maicosuel. Apesar de o “cata guimba” não ter sido o jogador brilhante de outras ocasiões, ele entendeu-se bem com o lateral que cobria seus eventuais avanços. Cansado, deu lugar a Otero. O venezuelano mostrou vontade e serviço. Fechou o placar com uma bela assistência, de novo, de Marcos Rocha.

Cazares também deu conta do recado. É uma pena que ele não se destaque da mesma forma quando é escalado desde o início. Marlone também teve seus méritos. Taticamente, foi perfeito. E Victor? Assistiu ao jogo de camarote, ainda assim sua presença representa segurança e tranquilidade.

Juninho, goleiro da URT, outra vez vestiu a camisa. O cara é bom. Nas três vezes em que o Galo jogou com o time de Patos de Minas, ele ficou em evidência. Não teve tanto empenho e elasticidade quando atuou aqui. Pena. Por isso, acabou dispensado. Na primeira partida das semifinais, achei o lateral direito Dick satisfatório jogador. Ontem, no entanto, ele mostrou-se aquém. Cascata, o número 10, estava onde a bola corria. Inexplicavelmente foi substituído.

Roger Machado acertou nas substituições e ainda teve, nas decisões erradas do treinador adversário, sua dose de sorte. Com o Sport Boys aconteceu o mesmo, quando o técnico boliviano sacou os dois melhores jogadores de seu time, ao final da partida. Vencer é, também, soma de sorte e de erros dos adversários. Que eles errem e o Galo saiba aproveitar. Foi visível o apoio dos jogadores ao comandante. Nos gols, ele foi procurado para comemorar junto. Algo saudável e determinante para um bom desempenho em campo.

Vencemos, porém não vou deixar de dar meu pitaco sobre a arbitragem de Benevenuto. Ele não teve o mesmo critério ao penalizar Marlone, Leonardo Silva e Rafael Moura. Se o tratamento fosse igual, nosso adversário da grande final teria sérios desfalques. Nos jogos do Galo, o juiz foi benevolente com as outras equipes. Não acho que o apito seja mal intencionado, mas a pressão da turma do Benecy…

Não posso deixar de compartilhar minha satisfação por termos atingido, neste espaço, a marca de 13 mil comentários. Tal como se deu quando completamos 10 mil, procurei o autor de número 13.013 e novamente ofereci o Galo Na Veia Black para o jogo. Só que nosso amiGalo Hermano Galo reside em Blumenau, Santa Catarina. Ele autorizou e o cartão foi cedido à jovem Joana Estrela, que levou seu apoio e incentivo ao time que, ainda que um pouco distante do potencial que acreditamos, venceu e convenceu.