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A incompetência atrai e chama o azar

Foto: Bruno Cantini | Atlético

Foi dos piores jogos dos últimos tempos. Dois times medonhos em campo. A que pontos chegamos para comemorar um ponto conquistado frente a um Corinthians desfigurado? De última hora, dois desfalques, do goleiro Cássio e ainda do eficiente Jadson. Some isso ao terceiro jogador corintiano fora da partida, o meio campo Elias, que atua pelo Galo. Imagina se ele, Elias, não tivesse sido punido. A partida sonolenta seria ainda mais angustiante.

Trouxemos um ponto, menos mal que aquele conquistado aqui contra o Vasco. O mesmo Vasco, que ontem, dentro do Rio de Janeiro, foi derrotado pelo Santos por três a zero. Nas últimas três partidas, num total de nove pontos, conquistamos minguados dois e ficamos sem alteração na tabela de classificação. Agora, com risco de logo ter a sexta colocação ameaçada.

Ontem, depois do jogo, saí um pouco para ouvir e sentir a reação do Atleticano. É importante para trazer à nossa prosa do dia seguinte o sentimento pessoal associado e até mesmo contaminado pelos demais Atleticanos. Ao que pude entender, ninguém mostrou indignação com mais uma péssima apresentação da equipe comandada por Thiago Larghi. Muitos, não diria que jogando a toalha, mas sem expectativas maiores do que isso para 2018.

Chamou-me a atenção uma observação interessante de um amiGalo. Para ele, o time – que não é recheado de valores e isso reconhecemos – é equivalente a dois períodos distintos de Telê Santana no Galo. Em 1971, quando foi realizado o primeiro campeonato nacional, tendo o Galo levantado o troféu. E outro, já nos anos 90, quando Telê fez um meio de campo formado por Eder Lopes, Marquinhos e Vander Luiz (trio mediano) jogar com raça e determinação. Neste segundo momento, por pouco, Telê repete o feito de 71.

Concordei com ele, afinal em nenhum dos dois momentos, tivemos um time como – por exemplo – do final dos anos 70 e início da década de 80 e o outro como 2012/15. Nestes dois momentos, ápices da vida Atleticana, sabe-se como fomos parados e impedidos de conquistar títulos nacionais e internacionais. Pela ação promíscua e nefasta da CBF.

Foto: Bruno Cantini | Atlético

Mas, como alertou o amiGalo, os dois times mencionados não eram nada superiores ao elenco atual. Entretanto, na boca do túnel, tinha o mestre Telê Santana. Seguramente, diferente do momento atual, se indignaria e iria cobrar comprometimento dos jogadores. Foi assim que ele, Telê, entrou para a história do Galo. Cobrando e exigindo dos seus comandados e não jogando a sujeira debaixo do tapete. Time que joga bem, ganha jogos e pontua, quem atua diferente disso é punido com maus resultados.

No jogo de ontem, até concordo com a fatalidade do gol adversário, considerando que a bola bateu na trave e voltou nas costas do Victor para entrar. Entretanto, a infelicidade e o azar andam ao lado da incompetência de jogadores descomprometidos ou descompromissados. É aquele chavão: “a bola pune”. No lance, registra-se que o autor do gol contou com o vacilo do Fábio Santos e o mau posicionamento do Victor.

Depois, o lateral se redimiu em parte, ao ser responsabilizado pela cobrança da penalidade que assegurou o empate. Longe de isso relevar suas fracas atuações, embora registre que todas as cobranças da linha fatal por ele assumidas, desde que o Cone e Robinho perderam vários em sequência, foram convertidas em gol.

Dois jogadores ainda merecem registro. Emerson, embora aprove suas atuações, precisa ser menos afobado e estabanado. Já Ricardo Oliveira, completou quatro jogos sem balançar as redes adversárias. Isso para um camisa 9 é inadmissível. E ontem, se estivesse melhor posicionado, teria assegurado os três pontos. Enfim….

Em tempo: o roteiro do treinador não muda. Ontem, um leitor aqui do blog antecipou as previsíveis substituições na partida. Só não acertou a entrada do Terans aos 48 minutos do segundo tempo para garantir o relógio avançar, embora a pressão do final da partida tenha sido do Galo. Vai entender!

Blogueiro

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  • Tiago Larghi, tirou água de pedra, é verdade. Perdeu peças importantes, é verdade também, mas o fato é que nas últimas partidas nota-se que TL perdeu a mão e a maionese desandou. O futebol apresentado pelo Galo é inadmissível. Essa conversa de que treinador tem que ficar bastante tempo pra implantar sua filosofia é balela. Ele fica enquanto estiver dando resultados satisfatórios. Vi o Ceará jogar hoje contra os mulambos. Impressionante como o Ceará melhorou seu futebol depois da chegada de Talisca. O treinador Fernando Diniz chegou no genérico como uma grande aposta de um futebol moderno e promissor. O tempo foi passando e o genérico indo ladeira abaixo. Trocou de técnico e o time deslanchou pra cima. O mesmo aconteceu com santos, palmeiras, etc. Renato Gaúcho está há bastante tempo à frente do Grêmio porque tem correspondido favoravelmente depois de ter substituído o "promissor" Roger Machado que por sua vez não vinha fazendo o grêmio deslanchar. Portanto, meus amigos, acho que já deu pra o nosso estudioso Tiago Larghi. É preciso mudar e depressa, se ainda queremos almejar coisa melhor pra esse ano. Eu, particularmente, nunca fui favorável à saída de Levir Culpi. Essa foi uma das grandes lambanças da era nepomusono.
    Volta Levir!!

  • O que esperar de um time que a Diretoria anuncia que o principal objetivo é VENDER JOGADORES E REMONTAR O TIME A CADA 6 MESES????
    NADA ; NADA.
    O CULPADO É TODA A DIRETORIA VENDEDORA.

  • Ultimo treinador que levou o Galo a um título de expressão. Penso que chegou a hora de acioná-lo novamente.

    LEVIR CULPI!!

  • Gostei do Adílson e do José Welison.
    O gol que levamos teve uma dose de sorte do curica + azar do Galo + incompetência do Victor.
    Infelizmente Cazares que apostava numa melhor performance, jogando mais à frente, também esteve numa noite desastrosa. Errou tudo o que tentou, à semelhança de Chara.
    Temos um outro centroavante pra o lugar de RO? Não sabemos porque o treinador não mostra. Se não temos, era preciso ter um outro esquema de jogo com um falso 9, por exemplo. Afinal, do jeito que está não dá pra continuar.
    Fábio Santos é um exímio cobrador de pênaltis. Possivelmente o melhor do Brasil. E só! Não marca, não sabe atacar, e não sabe cruzar.

    Se o Elias estivesse em campo ontem...aí sim, sairíamos com a derrota, só pra variar.

  • E o incompetente do Larghi fez mais uma de suas patéticas declarações: disse que valoriza o empate, claro, foi contra o grande time do Corinthians, não é senhor especialista em desculpas esfarrapadas e resultados horrorosos? Só que não!!! Foi um galo medíocre e sem graça jogando contra um Corinthians totalmente desfalcado!!! Viu senhor treinador, foi esse o jogo e não tem valor nenhum ganhar 1 ponto desse jeito! Cansada desse cara de pau e desse time perna de pau! Larghi, faz um favor para toda essa imensa torcida atleticana: se você não consegue ser um técnico para o nosso time, se você não tem comando sobre esse time e não sabe mais o que fazer, por favor, peça demissão! Pelo menos, assim, a massa atleticana terá algo para te agradecer! E enquanto não tem essa "coragem", faça como o nossos amados presidente e diretor de futebol, fique calado! Não dê mais desculpas para a sua incompetência, se não pode ou não quer falar a verdade, permaneça em silêncio. As suas desculpas são tão irritantes quanto a sua insistência de continuar no Galo. Mas, se está bom para você, afinal, seu emprego está garantido apesar de tudo de ruim que você fez...Para que se importar com a torcida, não é mesmo. A cada novo resultado ruim e a continuidade do silêncio dessa diretoria, é simplesmente irritante e preocupante. Parece que o Galo virou um time abandonado..
    E não importa se ganha ou perde, o mais importante é não gastar dinheiro. Acorda massa! E no próximo jogo em BH, façam faixas de protestos, gritem Fora Larghi, virem as costas para esse timeco que virou o Galo# Senão.... Nada mudará até 2020!

  • Olá amigos.
    O ponto de ontem foi muito bom, o time na situação que tá qualquer ponto ajuda.
    Não se enganem, precisamos dos 45 pts primeiramente, depois vemos o que dá.
    E Chará já foi contaminado, como disse o amigo acima? Fazendo nada. Ou será que viu a barca que entrou e já desanimou?
    De qualquer jeito, FORA LARGHI, FORA ALEXANDRE TADEU, FORA 7C!

  • Boa tarde: o que me incomoda é a postura da torcida. Reclamam da passividade do técnico do diretor de futebol e do time. Mas a postura da torcida também é de aceitação. Ganhando empatando ou perdendo comparecem ao campo. Idolatram jogadores medianos. Aplaudem contratações inexpressivas. Persegue jogadores formados no clube e nao cobram dos mercenários que aqui aportam. Por exemplo: o marcos rocha teve ate carro chutado . Se a torcida continuar se alimentando da paixao nada muda. Aceitamos os desmandos da turma do Kalil.

  • Comemorar empate com o misto do timão, só mesmo o medroso, covarde e estagiário Larghi. O time tem tempo pra treinar, mas nem o time e nem o acomodado treinador evoluem. Tem torcedor que acredita e apoia esse time e esse projeto de técnico. Tão de brincadeira, time horroroso, de uma pacividade, que futebol pobre. Acorda massa, não adianta lota o estádio, tem que virar e exigir desse time, desse aprendiz e dessa diretoria. Sem mudanças nem a sul-americana, mas pouco importa o presidente não gosta desta competição. Kalil faz muita falta.

  • Comemorar empate? Alô Thiago larghi.... Foi ruim, péssimo. O time reserva deles... Nem assim. Nosso time está mal treinado , está caindo ainda mais e tudo está normal, né 7C?
    Não temos técnico , fato. Irão destruir o time, esperar sair do g6 e só depois acordar q este aprendiz não sabe o q faz. Cuca chegou ontem, vejam como joga o Santos. Tecnico faz sim diferença .

  • Caro Eduardo, acompanho seu blog desde o início. Não vou me apresentar com Atleticano isto ou aquilo. SOU ATLETICANO E BASTA. Acompanho tudo do Galo. Gostaria de fazer alguns comentários sobre fundamentos. No jogo de ontem e em outros, nas cobranças de laterais a nosso favor, ninguém abre para receber a bola e ela invariavelmente volta para o adversário. Nas cobranças de laterais dos adversários o nosso time não marca. Nas saídas de bola do Victor, (que sempre cobramos sair jogando com as mãos) dificilmente também, algum jogador abre para receber a bola. E por que esta insistência do Larghi, em não marcar a saída de bola do adversário, permite se sempre que eles avancem. E depois... .

    • Boa tarde!
      Já observei isso também. Dificilmente um lateral cobrado a nosso favor não volta aos pés adversários.

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