Hoje, sábado, Sport, o que passou, passou

Pois é, sem querer jogar pra debaixo do tapete os pontos perdidos nas derrotas para Botafogo, Inter, Santos, Fortaleza e Bahia – aliado ao empate com o Fluminense –, num total de 17, vamos pra cima do Sport em busca da necessária recuperação. Estou, como bem o disse Galo Roberto, jogando a toalha depois de cada tropeço e pegando de volta na manhã seguinte, antes mesmo de escrever essa postagem diária.

“Se Deus é por nós, quem será contra nós”, está na sagrada escritura e é seguida e respeitada pelas diferentes crenças religiosas. Assim, como nós, Atleticanos, irmanados nessa procissão e profissão de fé inabalável, seguimos confiantes com o nosso time do coração. Ao longo desses 49 anos sem título do Brasileiro – alguns por incompetência nossa e outros tantos mais pela maracutaia da CBF – a Massa segue fiel e em apoio. “Se somos todos pelo Galo, quem será contra o Galo”. Vida que segue!

Observando os números, alguns detalhes não escapam ao nosso imaginário. Entre inúmeras resenhas que pude presenciar, algumas até mesmo participando, a principal queixa do Torcedor são os gols perdidos. Ora, com um jogo a menos, temos o melhor ataque da competição. Entretanto, se balançamos as redes adversárias 31 vezes, nossa defesa já sofreu 20 gols.

Tem algo precisando de ajuste, claro! Ao longo dos tempos, via de regra, nosso sistema defensivo tem sido bastante vulnerável. É fato. Nosso ataque, porém, que nem sempre funcionava bem, agora – aparentemente – tem sido eficiente. Mas, como explicar essas cinco derrotas e o empate. Todos esses reveses fora de casa e a igualdade no placar em pleno Mineirão.

Eu, que não sou nada recomendável para análise tática, técnica e tampouco habilidade para a prática do futebol demonstrei desde a infância, fico aqui no meu isolamento social (já bem saliente com a abertura) a pensar sobre o assunto. Se me faltou habilidade para esse esporte, mesmo me confessando um analfabeto na avaliação do desempenho do time em campo, me sobra o fundamental para nossa Atleticanidade. Paixão, fé e confiança em dias melhores.

E é assim, que por quase 50 anos morando em Belo Horizonte, mais da metade de um século vivendo o dia a dia do Galo, sonho com títulos. Assim, como pelo rádio comemorei o 71, estive presente nas conquistas das duas Conmebol, Libertadores, Recopa e dezenas de títulos regionais. Ainda, disse quinta à noite numa live do “Galo Na Bagagem”, quero chegar ao meu centenário para poder comemorar – com o nosso time – esse marco tão significante. Na série A, na outra – B – foi uma única vez e voltamos imediatamente. Quero fazer 100 anos com a mesma Atleticanidade que carrego desde a tenra idade.

Então, Atleticanas e Atleticanos, esses maus resultados que abalaram nosso humor – notadamente esse último – não tem como ser mudados. Vamos olhar pra frente, logo mais temos de vencer o Sport para nos manter no grupo de cima do Brasileiro.

Amanhã, nossos dois concorrentes se enfrentam, um empate entre eles – em caso de triunfo do Galo – nos deixa colado a ambos. Se houver um vitorioso, retomamos a segunda colocação. Sempre bom lembrar que temos uma partida a menos que os demais primeiros colocados. Só depende de nós. Mesmo sem público, nossa energia e confiança, refletem no gramado do jogo. Ah! A última escalação, eu e todos nós acertamos integralmente, como o resultado foi aquilo que presenciamos nem quero brincar. Mas, Zaracho neles! E Rafael no gol! Cornetagem!

Pra cima deles, Galo!

*fotos: Bruno Cantini/Atlético