As histórias são contadas de várias formas. Sobre uma guerra, por exemplo, temos no mínimo três versões, a do vencedor, a dos vencidos e aquela que, de fonte neutra, talvez esteja mais próxima da verdade. Uma mentira contada e repetida um sem numero de vezes se transforma em verdade inquestionável para muitos, talvez para todo um povo que, privado de outras fontes ou mergulhado em suas crenças se torna incapaz de diferenciar alhos de bugalhos.
Ainda que pau seja pau e pedra seja pedra, não existe verdade absoluta. Cada um de nós tem a sua verdade, a sua forma pessoal de ver e de perceber as coisas. O que é verdade para mim pode não ser verdade para você.
É assim também no futebol e, em particular, na narrativa histriônica, por vezes ridícula, quase sempre parcial e geralmente desprovida de credibilidade veiculada aqui e ali por segmentos da mídia, em particular a do eixo Rio/São Paulo, que não aceitam, por razões e interesses diversos, a possibilidade de ver o Atlético, depois de quase 50 anos, novamente campeão brasileiro.
No artigo “ENTRE A AGONIA E O EXTASE”(, publicado em minha coluna Preto no Branco no Fala nesta ultima quarta-feira, dia 3.11, escrevi que “o fato de São Paulo ser a locomotiva do país e possuir de longe o mais forte e poderoso mercado publicitário do Brasil e o Rio de Janeiro ser a capital lúdica e histórica do futebol brasileiro, sede da CBF e da empresa que historicamente deteve até então os direitos de transmissão televisiva dos dois principais campeonatos nacionais, Brasileirão e Copa do Brasil, além dos principais campeonatos regionais, e possuir o segundo mercado publicitário brasileiro, dá a estes dois estados peso e poder desproporcional em relação aos outros centros. E, não é de estranhar que a narrativa gerada pela mídia destes dois estados reverbere e se multiplique com a intensidade e força que normalmente repercute.
Volta e meia, ressurge o velho conflito ético entre vender espaço e vender opinião. Dizem que a narrativa que se impõe como verdadeira e inquestionável é a de quem pode mais. Dizem alguns que quem paga pode falar e impor o que quiser. Será? Afinal, argumentam, quem pagaria a alguém para defender e sustentar narrativas e pontos de vista contrários aos seus interesses, não é mesmo?
O mesmo lance pode parecer normal para um e faltoso para outro, dependendo do ângulo de visão de cada um, da emoção envolvida, do que se quer ver e do que não se quer ver. Um erro muito comum cometido pelos assistentes é o de Paralaxe. Um erro que ocorre em razão da observação equivocada causada por um desvio ótico decorrente do ângulo de visão do observador. Assim, um determinado objeto estará aparentemente em locais ou posições distintas em relação a um plano de fundo, conforme seja visto por observadores posicionados em locais distintos ou por alguém em movimento.
Portanto, se o observador (assistente) não estiver na linha do ultimo homem da defesa do time que estiver sendo atacado ele fatalmente terá uma visão distorcida da posição do atacante o que, fatalmente, o levará a tomar uma decisão equivocada.
Entre erros e acertos, várias interpretações e decisões finais da arbitragem e do VAR têm sido, porém, muito mais complexas e menos explicáveis do que um simples e natural erro de Paralaxe. E, independentemente de haver ou não razão para se criticar a arbitragem ou o Var, todo e qualquer jogo nesta reta final de temporada tem durado muito mais do que os 90 minutos regulamentares. E, ironia à parte, tem se tornado mais polêmico e mais surreal nas narrativas enviesadas de vários formadores de opinião.
O torcedor atento tem percebido que para muitos o que vale para o time A não vale para o time B, o que se enxerga a desfavor de determinada equipe não é visto se for desfavorável para a outra. O mesmo analista que, por exemplo, esbraveja e critica o árbitro e o Var por não confirmarem a expulsão de um jogador do time A em um lance polêmico, ignora solenemente a omissão do mesmo arbitro e do mesmo VAR diante de um comportamento ainda mais agressivo e antidesportivo de um jogador de time B que, indiscutivelmente, fez por merecer ser excluído do jogo e não o foi.
Os 113 anos de existência do Atlético têm sido muito mal contados. Apesar de sua paixão louca, irrefreável e ímpar, o galista em grande número ignora feitos, fatos, números, alguns títulos e têm uma visão distorcida dos vários insucessos colhidos ao longo dos anos, permeados por um extracampo cruel e inclemente que se aproveitou de um gigante que permaneceu anos e anos adormecido e politicamente passivo.
O que é doloroso para os atleticanos como aquelas decisões de triste lembrança nos anos 80 contra o Flamengo e descrito como farsa e escândalo por observadores e analistas internacionais, é contado por várias fontes tupiniquins em verso e prosa como as conquistas de um time que soube impor o seu melhor futebol contra um adversário inferior que, em todos aqueles jogos, teria entrado em campo exclusivamente para praticar o anti-jogo, liderado por alguns de seus atletas de perfil belicoso e provocador.
Nesse 2021 da era cristã o Atlético começa a escrever uma história diferente, a impor a sua narrativa, a narrativa de um time e um clube vencedores. Não, não se trata de impor uma verdade fabricada. Ao contrario, se trata de fazer vicejar a verdade dos fatos, o que, necessariamente, passa também pelo resgate da história do clube.
O Atlético está cada vez mais perto do titulo máximo do futebol brasileiro. E, ao construir este titulo jogo a jogo, também escreve e reescreve a sua história, mostrando que se, de fato, for campeão, não o será por acaso e nem graças a esquemas, ao anti-jogo, ao extracampo ou ao dinheiro dos mecenas. Há trabalho, há resiliência, há foco, há comprometimento, há determinação, há história e, além da construção de um titulo, há também o desenhar um futuro que assusta a gregos e troianos.
A verdade sobre esta trajetória do Glorioso não pode ser resumida a meros pontos de vista contaminados.
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Refiro -me à parte final do meu comentário em concordância com o amigalo Sávio. Para que não haja um mal entendido, quando digo que cada qual procura mostrar suas plumas faço alusão aos comentaristas esportivos do eixo do mal!
Prezado amigalo DOMINGOS SÁVIO! Tal como você, também tive que recorrer aos “pais dos burros”. Que saudades do nosso “arroz com feijão”! Ás vezes, um “bife acebolado”. Hoje só caviar, com iguarias sofisticadas, cujas pronúncias só mesmo recorrendo aos “universitários”. Eu, provavelmente o mais rabugento deste blog, por ser provavelmente o mais idoso , sinto-me muitas vezes “incompetente” em entender o que se passa no futebol atualmente! Prefiro o futebol de “raízes”, futebol do “povão” e não futebol do “pavão” onde cada qual procura mostrar suas plumas! Assino as suas observações.
Boa tarde para todos!
Esse negócio de imprensa do eixo,a mim não me diz nada,a grande maioria do "comentaristas" são ex jogadores falidos que não sabem escrever uma redação ou fazer contas,os outros são jornalistas que têm 3 ou 4 emissoras para lhes dar empregos, sendo assim vão sempre assinar seus contratos que rezam que ,não convém falar mal do mais odiado,do gambá e outros times do eixo. Até eu que sou mais bobo,se me oferecerem um contrato assim e não sendo torcedor de nenhum time fora do eixo,eu assinaria e cumpriria à risca o contrato. PVCs,capetinhas,ronaldos gordos,denilsons e mais um monte de merdas dessas não influenciam em nada o futebol em campo, já as arbitragens??
Ai o Galo precisa de ser forte nos bastidores, isso tem.
Todos no GE ......vERDÃO NÃO TERÁ MAIS DINHEIRO DA CREFISA PRA COMPRAR JOGADORES ................ FfLAMENGO JOGA A TOALHA NO BRASOLEIRÃO E APONTA TURBULENCIA COM RENATO Tudo isto é colírio p ra mim , música para meus ouvidos .TEM QUE MANTER ISTO AÍ ,VIU ?
Bom dia Max, Eduardo Ávila e demais Atleticanos e Atleticanas.
Continuarei torcendo e vibrando com o nosso Galão até o fim dos meus dias. Tenho Fé e convicção de que seremos campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil de 2021.
Sempre admirei e respeitei a todos aqui, principalmente o guru E. Ávila.
Tomei, enfim, a decisão de não ler mais "nada" desse portal uai/EM esquerdista.
Pra mim basta! É muita esquerdopatia num jornal só.
Terei imenso prazer de ler as resenhas noutras plataformas, mas nesse uai comunista, nunca mais.
Sei que não farei falta, mas fica o registro e o protesto "não" contra qualquer um de vcs aqui, mas contra os doentes dessa empresa comunista!
Provavelmente o E. Ávila não postará estas minhas palavras; talvez por razões éticas e profissionais não o faça. Entenderei!
Mas... se por um acaso dessa vida essa liberdade de expressão ainda não estiver banida aqui neste espaço que chamam de "democrático", então será postado.
Continuarei ouvindo seus pontos de vistas na Web Rádio Galo... com prazer!
Max e demais Atleticanos e Atleticanas.... minhas sinceras desculpas.
Sou Galo até morrer! Vamos Galo... ganhar mais dois campeonatos!
Abraços!
Lamento, pois o blogueiro - aqui neste espaço - nunca manifestou ou permitiu debate dessa ordem. Perdemos com seu afastamento, que espero seja revisto, um bom parceiro para conversar sobre o Galo.
A arbitragem para o jogo de domingo me preocupa demais.
WILTON PEREIRA SAMPAIO é fraquíssimo. O Galo não costuma dar sorte com ele. O negócio é matar logo o jogo para não dar chance de um pênalti ou uma expulsão. Não confio em nada que vem daquela instituição. Esse jogo contra o coelhinho tem muito interesse da turma rubro negra. ENTÃO MASSA, APOIEM O TEMPO TODO. FAZ 1, 2 ,3 DEFINE LOGO PARA NÃO CORRER NENHUM RISCO.
PS: Esse mesmo árbitro teria classificado o mingau se não fosse o VAR contra o PR.
Parabéns Max! Assim como Eduardo, soube exprimir, de forma magnífica, nosso sentimento represado há décadas, tantas as injustiças no futebol brasileiro, que abrange CBF, juízes, clubes, dirigentes e imprensa/mídia de RJ/SP e até sul americano (Rosário Central).
Bom dia Max, xará e amigalos!
QUE A IMPRENSA BAIRRISTA E OS PSEUDOJORNALISTAS DE RESULTADO VÃO PARA O COLO DO CAPETA!! QUERO É MEU GALO ATROPELANDO O COELHINHO POMPOM NO FINAL DE SEMANA!!! GALO VAI ARREBENTAR AS REDES NOS 9 JOGOS RESTANTES E DEIXAR O RESTO NO CHEIRINHO!!!!!!!!!!!!! VAMOS VAMOS GALOOOOOOOO!! GANHAR O BRASILEIRO!!!!!!!!!!!!
Não quero nem saber de nada!!!
Eu quero é a taça de 2021!!!
Atlético Mineiro Campeão 2021!!!
Domingo estarei no jogo, após cinco anos, sou pé quente, nunca perdi no mineirao, so dois empates com gosto de derrota , fui dezenas de vezes, apoiando curê, mexerica , times que davam caibras no olhos, imagine agora, com este timaço. Jogo duro, ganharemos se Deus quiser