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Eu não jogo a toalha

Respeito opiniões divergentes. Aprendi, ainda bem cedo, a ouvir e expor o que penso sem necessidade de confrontar. Desde que assumi este espaço, e já se vão alguns bons tempos escrevendo diariamente, venho experimentando eventuais agressões pessoais, como se eu pudesse resolver problemas administrativos, financeiros, de gestão do elenco e até mesmo dentro dos gramados. Fora desse campo de Atleticanidade, também convivo com gente que invade minhas redes sociais para combater meu pensar noutras áreas. Mesmo não respondendo, ainda insistem. Enfim…

Ao nosso caso de Galo. São poucos, que aliados aos não Atleticanos, acreditam tirar o sono do blogüeiro. Alguns, coitados, insistem em manifestações tão imbecis, como se referirem a minha boa idade e interpretar o texto a maneiras diferentes do que foi proposto. Interpretar possivelmente não os faça compreender, por isso disse sequer entender. Mas, no caso, é deficiência escolar incorrigível. Aqui é espaço para debater o Galo, não tenho formação em psicanálise, portanto não posso oferecer divã. Sigamos!

Meu domingo, diferente dos anteriores, quando o Galo me encantava com os “embalos de sábado à noite”, foi melancólico. A chuva fina que caiu sobre Belo Horizonte aguçou ainda mais esse sentimento, só reagindo quando ofereci minha resistência pessoal e enfrentei esse desconforto. Só quem vive o Atleticanismo em sua plenitude é capaz de entender que “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Valeu Caetano, nesse seu “Dom de iludir”, encontrei forças para o desafio de mais uma semana.

Sobre o último jogo, ou melhor, as últimas partidas do Galo, incontestável se faz dizer que o Sampaoli precisa mudar o repertório. A intensidade que o time vinha imprimindo e esmagando seus adversários começou a desmoronar quando Rogério Ceni – inteligentemente – conseguiu anular aquele massacre e armou o bote para tentar até mesmo a vitória.

Foi assim com o Fortaleza de Ceni e até mesmo com o Bahia. Já em casa, com Fluminense e agora o Sport, a mesma inoperância para “furar o ferrolho”, como me lembrou o Sidney Santos. Araxaense, radicado em São Paulo, Sidinho tirou essa expressão usada nos anos 60, quando um time sem recursos técnicos se utilizava para conter o ímpeto das equipes maiores. Traduzindo à modernidade: retranca!

Chegou o momento de repensar o time, caro Sampaoli. Não tomamos tentos, mas o setor defensivo ainda sugere melhor atenção, assim como avaliação a titularidade para o gol. Quero goleiro que atue com as mãos e não com os pés. Uma assistência em nove jogos, não credencia quem tomou 12 gols em igual número de partidas. Goleiro, ao meu juízo, deve ser aquele que defende e impede a nossa meta de ser vazada. Debaixo das traves é outra situação que o treinador precisa avaliar, antes que seja tarde.

As cobranças públicas que adoram fazer relacionadas a eventuais atrasos salariais, considerando que a folha está em dia, deveriam ser repetidas ao elenco que ele mesmo escolheu. Além do goleiro, outros tantos jogadores que ele indicou, não estão correspondendo dentro de campo.

Seria o momento de Sampaoli chamar todos num canto, até mesmo publicamente, e cobrar do Keno, Sasha, Marrony, Franco, mesmo o Zaracho que acabou de chegar, e até do Nathan que foi sua a responsabilidade da compra em definitivo. E dos demais também, afinal “aqui é Galo”, po##@!

Já passei por momentos duros nessa vida Atleticana, não seria agora nessa idade, que faria opção diferente. Meus dois GNV nunca foram ameaçados de serem cancelados, tampouco minhas cadeiras cativas, que aguardam – ansiosamente – a inauguração do Estádio do Galo. Nosso templo!

Esses pernambucanos, como pode, matando os sonhos dos mineiros. Tanto da maioria e até mesmo da minoria. Com isso, seguimos no G4 da A e outro no Z4 da B. Melhor para o kuei, que avança para ser o segundo mineiro da A, ao superar time sergipano. Também do Nordeste, onde ainda tem o Íbis (PE), que desafiou clube de Minas para um tira teima. Detesto essa alfinetada, mas em homenagem a três babacas (dois deles fakes que se utilizam de nicks diferentes), peço a compreensão dos demais que me merecem respeito.

Em tempo: Como fiz ontem, eventualmente, vou postar esse lembrete aqui no pé da página. Caríssimas Atleticanas e caros Atleticanos estou repassando um link para a divulgação de promoção de um livrinho antigo de minha autoria. Parte dos direitos autorais será destinada ao Centro Atleticano de Memória. Adquira o seu, outros como presente e passe o link pra frente. ObriGalo!!!

https://lojadogalo.atletico.com.br/produto/o-galo-versus-a-camarilha-1962

*fotos: Pedro Souza/Atlético

Blogueiro

View Comments

  • GIBSON ,
    você leu no meu texto alguma comparação com Sampaolli ?

    Até poderia , mas você leu isso ?

    Telê foi campeão brasileiro com dois anos de treneiro profissional

    Ah ! , e treinar time "grande" com paneleiros ou "igrejinha" ( como diziamos nas antigas ) não é fácil, meu caro .

    Você viu quem acabou de cair, fruto desse "ixsquema" ?

    O Profexô , o cara dos "proXetos" .
    Nem os 5 títulos brasileiros o seguraram nessa passagem pelo Verdão .

    Traga seus argumentos .
    Vamos conversar.
    Menos , ou mais .
    Como quiser .

  • Boa tarde MASSA!

    Eduardo, eu ainda não joguei a toalha. Nem tento. Até por que tenho comigo que temos time para libertadores, diretamente ou pré. Então pra mim continua normal.

    Eu acreditar, ou não, em título, só depois que a janela fechar. Até lá se não aparecer alguém que saiba fazer gol, aí sim pode esquecer. Temos alguns problemas, que talvez venha a surgir depois de resolver esse do ataque. A defesa é um deles. Réver é um excelente reserva; Jair está sozinho, já que Allan não rende mesmo; Nathan e Sasha bons reservas.

    Zaracho chegou, ainda não sei se serve para substituir Nathan, que infelizmente depois da contusão não voltou bem. Savarino tb não é lá essa coisa toda. Ou seja, precisamos de alguém que saiba chutar a gol, e fora do goleiro; depois mais uns 2 ou 3, contanto de Zaracho dê certo.

    Tendo isso, talvez possamos nos credenciar a disputar o título. Do contrário, é libertadores, que já estará de bom tamanho, principalmente depois do início de ano macabro que tivemos.

    Outra coisa, o #malucobeleza tem de para com essas invencionices. Chega, vamos para o feijão com arroz que é o que mais da certo.

    VVAAAMMMÚUUU 9999AAAALLLLÔOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!

  • Para aumentar a chance de sermos campeoes, ainda faltam: um lateral direito, outro zagueiro, um meia armador diferenciado e um centroavante. Todos para entrarem no time. O elenco é carente. Novas convocações para seleções virão e não temos substitutos. Sem falar nas contusões que podem acontecer até em treino, vide Tardelli.

  • Oi Eduardo e Amigos, boa tarde!

    Contrariado, mas já joguei a toalha no que tange à título neste ano. Acho que ficaremos no G4 ou G6.

    Ainda somos muito inocentes e incompetentes quando jogamos fora de casa. Esse carma já nos acompanha há anos.

    Mas por outro lado, muito confiante e otimista com os rumos que o Galo se propôs a tomar com as chegadas de Sampaoli e Alexandre Mattos. Pensando grande.

    Acredito que os frutos serão colhidos já a partir do próximo ano.

    Saudações Alvinegras,

  • Interessante a coluna de hoje, caro Eduardo! Concordo com você que é um momento de reflexão para correção de rumos. Concordo que, se não está dando certo, o Sampaoli precisa repensar o time. Concordo que precisa "chamar todos num canto (...) e cobrar". Essa é a parte que cabe ao treinador e comissão técnica.

    E quanto a nós torcedores? O que esse momento pode nos ensinar? Eu fico achando que o nosso longo período sem conquistar um campeonato brasileiro fez de parte da torcida desejar muito o título, mas, ao mesmo tempo, ter medo do sucesso. Ou melhor, já que 'sempre dá errado', ter medo de buscar o sucesso e colher (mais uma vez) o fracasso. Assim é mais fácil desistir do que tentar. Se acomodar em uma vaga para libertadores; sonhar com o "ano que vem", mas que não chega nunca! Alegar que temos "um time em formação". Se conformar até quem sabe, com uma vaga na Sulamericana!!! Caraca!!!! Quem tem medo de errar, nunca vai conseguir acertar!!!!

    Competição, qualquer que seja, exige coragem! Fibra! Determinação! Auto-Confiança! Se devemos cobrar isso dos jogadores, porque não ter esse mesmo pensamento, nós torcedores? Eu fico puto quando vejo jogador conformado com resultado ruim. Mas aí também vemos uma torcida conformada com resultados insatisfatórios porque "no ano que vem" blá, blá, blá...

    A título de exemplo, o flamengo chegou a frequentar a zona de rebaixamento nesse campeonato. Mas a torcida nunca deixou de ter certeza (veja, não é 'acreditar', é ter certeza) de que o time em algum momento iria para as cabeças e iria brigar pelo título. Infelizmente, eles estão com espírito vencedor. E nós que estamos no grupo de cima desde o começo, na primeira fase ruim, de instabilidade, já vemos gente desistindo da vida. Será que esse nosso espírito conformista (claro, de alguns, não todos) não acaba influenciando o time? Será que não deveríamos empurrá-los para frente e não aceitar nada que não seja a entrega total, a concentração total, a determinação pela vitória como ação e não apenas como retórica? Mas como vamos empurrar esse time para frente se ficamos no mimimi, no chororô, no 'jogar a toalha' a cada dificuldade? Se não passarmos no teste das dificuldades, se não conseguimos superá-las, não merecemos nada de bom mesmo não!

    O Nathan, depois do último jogo, falou que "faltou capricho". PQP!!!!! De novo? E por que está faltando esse tal de capricho? O salário está atrasado? As condições de trabalho não são boas? Falta alguma coisa para vocês capricharem um pouco mais? Talvez fosse mais honesto afirmar que está faltando é futebol mesmo!!! E aí só resta um caminho. O craque pode treinar pouco. Talvez nem precise. Mas o limitado, o esforçado, precisa treinar dobrado. Para tirar um pouquinho do atraso. Então, se falta capricho, merecem todos, uma multa por isso. Se falta futebol, que tal treinar um pouquinho mais? Fazer hora extra? Treinar finalizações? Fazer alguma coisa para parar de dar vexame?

    Eu estou muito puto com o time, com a torcida, comigo mesmo... Mas não vejo nenhum outro caminho além de empurrar esse time para o título. E se ele não quiser por bem, que seja por mal. A torcida empurrando os acomodados, os conformados, os fracos em direção ao sucesso. Mas será que parte da torcida também não está com medo de acreditar? Assim fica muito difícil!!!!

  • boa tarde Eduardo e massa. disse tudo Eduardo. eu ja joguei a toalha desde a derrota para o Bahia. se o galo quer ser campeão não podem perder pontos para Bahia. flor.sporte. Fortaleza. etc.fiquei pessimista com sampaoli e alguns peladeiros dentro do campo. sampaoli não enxerga que sascha. Nathan. franco. Everson não estão jogando nada. aliás o Franco desde quando voltou da seleção não está jogando nada. olha o flamerda. inter atropelando todos. enquanto o galo abre as pernas para algumas equipes medianas. que a diretoria cobra do sampaoli resultados urgente e jogadores. a galo tu me faz embriagar. rsrs.vai galoooooo.

  • Acredito que se passa pela cabeça de Sampaoli o seguinte: se eu colocar um homem gol, fixo ou que trombe com os zagueiros, vou perder uma peça no balanço ofensivo. Isso é fato, perderá mesmo. observem que o tempo em se estar ou não encaixado na marcação e ter a bola livre em condições de finalizar é de um ou dois segundos no máximo. Então inverter pontas e deixa-los na mesma faixa, se movimentando no tempo da boa, não será suficiente. É preciso sair esses dois segundos antes ou melhor, chegar no vazio onde a bola vai estar, nesse intervalo de tempo. Isso se faz treinando esse deslocamento sem bola, mais ou menos como se faz no futsal. Então treina o posicionamento das peças e gira a bola, quando ela chegar no armador (seja Rever, Alonso, Natan ou qualquer outro que estiver livre na intermediária ofensiva), esse tem que colocar a boa no vazio treinado ou ato continuo a movimentação. É difícil sincronizar isso? Sim, muito difícil! Precisa de treinamento, muito treinamento...mais quem tem mais tempo para treinar que nós? Por isso eu ACREDITO! E não jogo a toalha!

  • Saudações alvinegras!

    O dia do desânimo é só no dia seguinte que o galo perde. Dali pra frente, surge uma força revigoradora do atleticano que nos põe em pé novamente. Por ironia do destino, ainda dependemos só de de nós para levantar o caneco. Tem MUITO chão pela frente, moçada.

    É fato que os adversários já nos estudaram (e continuam estudando) e que o professor Sampa tem que fazer algo diferente. Ainda sinto falta de um matador, estilo Pratto ou Tardellli (no auge): Acho que encaixaria como um dedo no nariz nesse time. Mas de certa forma é até bom essa nossa queda de rendimento, pois a pressão agora cai pra Inter e Flamengo e saímos da boca dos jornalistas do eixo RJ-SP (nojo!).

    Lembre-se que se liberarem torcida no estádio, a gente vai ter mais uma vantagem do nosso lado: A força da massa. Então pés no chão pq o time está sendo estruturado (é verdade, são 7 meses de reformulação total do elenco e mentalidade da diretoria).

    Avante Galo!!

  • Caros colegas,

    Por natureza, sou mais pessimista. Nosso pior jogo do campeonato não foi o de sábado. O time criou chances e não deu oportunidades ao adversário. Mas não marcou... Não acho que o GALO tenha o melhor ELENCO do brasileirão, mas tem um dos melhores times e pode ganhar este campeonato.
    Ao nosso favor (além de termos um bom time), está o fato dos concorrentes mais capacitados estarem em outros torneios, o que pode, eventualmente, desfalcá-los no brasileirão. Contra nossas pretensões temos um elenco desequilibrado (por exemplo, não temos um bom centroavante, não temos reservas à altura para as pontas e agora sequer temos reserva para o Arana). Os nossos principais concorrentes (Fla e Inter) também têm seus defeitos, não tem time perfeito.
    Particularmente, torço para uma conjunção de fatores que podem nos ajudar: (a) encontrarmos um goleador (quem sabe o próprio Sasha?); (b) os concorrentes diretos continuarem em suas outras competições; (c) o Zaracho entrar e “arrumar” o time; (d) o “papai Menin” nos presentear com mais alguns reforços.
    Não são desejos impossíveis. E mesmo sem eles ainda somos candidatos ao título.

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