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Epílogo de um seriado de terror

 

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

O time do Galo ontem, no extinto cemitério do Horto, foi o mesmo filme apavorante dos últimos tempos. Até que, sob o embalo da fiel Torcida (só o abnegado Torcedor tem jogado), começou a partida dando a falsa impressão de que ia abafar a fraca Chapecoense. Apesar de uma bola no travessão do time de Santa Catarina, o Galo parecia melhor. Adversário fraco, sim, mas que mostrou que treina pelo seu toque de bola que envolveu o nosso time e construiu cenas de arrepiar e tampar os olhos. Que vergonha!

Ninguém se salvou no time Atleticano, mas destacaria Marcos Rocha, Felipe Santana, Roger Bernardo, Elias, Cazares e Fred como os protagonistas do desenlace atormentador da noite passada. Rocha o pior em campo. Antes de o Galo abrir o placar, o lateral já sinalizava o que nos esperava com duas falhas bisonhas e imponderáveis.

Já Fred, com a faixa de capitão, deixou evidente o quanto uma liderança negativa é prejudicial ao grupo e com sequelas na Massa. Notabilizou em campo por gesticular e reclamar dos companheiros, enquanto – apesar do gol – se mostrava inoperante e sem mobilidade. Marcou um e perdeu vários que, se tivesse empenho, mudariam o curso e o resultado da partida.

Elias, ao ser expulso e comprometer todo o trabalho para a partida, e Cazares – que vem sendo inoperante a cada jogo – saíram de campo com a justa homenagem daqueles que fazem a verdadeira história do Galo. Vaiados pelos sofridos Torcedores, que apesar do desempenho medíocre deste time e do fracasso em reagir, compareceram em ótimo número (quase 12 mil pagantes) para apoiar a equipe. Se tem algo que não faltou, foi o apoio das arquibancadas. Pena que dentro de campo, um bando de gente sem brio e vergonha na cara.

Depois de tomar a virada, ainda achamos um gol de empate, que se prevalecesse ou até mesmo ocorresse um milagre de revirar o placar, não esconderia e jamais apagaria o que foi o time em campo e o que vem sendo a temporada de 2017.  Os deuses, para nosso azar e desespero, fizeram justiça e o time que quis vencer consolidou a vitória.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Até o treinador Oswaldo de Oliveira, que vinha demonstrando recuperar a autoestima dos seus comandados e – consequentemente – nossa de Torcedor, também deu suas “borradas”. Depois da idiotice do Elias, que deixou o Galo com um menos, o treinador sacou Cazares para recompor a proteção com dois volantes, colocando o preservado Adilson. Logo depois, sacou Roger Bernardo e colocou Otero (outro ator de cenas de terror), desmontando o que tentou reconstruir. Para consolidar o nó que deu nas nossas cabeças, sacou Valdívia e colocou o fraquíssimo Yago. Afinal, o que ele queria? Não deu pra entender!

A derrota foi o sinal que faltava para matar toda e qualquer esperança de recuperação sob a batuta do Oswaldo de Oliveira. Um bando de jogadores irresponsáveis, descomprometidos, que numa folha de pagamento beirando a dez milhões mensais, justifica tudo que o blogueiro pode ouvir na descida do Independência. Mercenários, vagabundos, ex-jogadores, e por aí afora.

Muitos jurando não voltar mais enquanto não acontecerem mudanças radicais, tanto administrativas quanto entre os profissionais. Afinal, perder oito jogos em 15 partidas como mandante, num local onde o time era imbatível é – no mínimo – provocar o Atleticano. Falta de respeito!

Na verdade, com isso que estamos assistindo, não dá para sonhar com nada mesmo. Se não mudar a mentalidade e a diretoria não assumir com pulso forte, nada será alterado. Consertar e buscar retomar o curso no meio da viagem é penoso.

E é preciso aprender que a culpa não é da imprensa, do jornalista que reproduz aquilo que vê e assiste, tampouco ligar para estes profissionais querendo cobrar – ou lançar ameaças – a atitude deve ser diferente. Administrar bem não é favor, é obrigação. Em todos os setores da vida pública, e o Galo é – como já disse – entidade privada e de interesse publico.

Não vamos cair, claro. Nem subir. Podemos esquecer a zona de classificação. O que adianta os outros tropeçarem (com nosso secador ligado), se o time não faz a sua parte. Time sem vergonha!

Blogueiro

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  • Atualmente com a super-profissionalização do futebol não se pode exigir dos jogadores amor à camisa do clube. Isso não existe mais. Existia na época de Zé do Monte, Ubaldo, Cafunga. Hoje é só grana. Mas o jogador precisa de duas coisas básicas: saber jogar futebol e vergonha na cara. Essas duas coisas grande parte do elenco do Galo não tem. Quem assiste a um jogo dos principais times europeus e um jogo dos principais times brasileiros parece que eles praticam outro esporte. No Brasil, só a seleção joga futebol. É que todos eles jogam na Europa. Por aqui, só peladas.

  • O Galo tinha complexo de vira-lata com o Pratto. Marcava um gol por ano. Ajudou a enterrar o Galo. Foi para o São Paulo e está fazendo tudo para levar aquele time para a série-B. Um gol todo ano também. Parece que a torcida de lá acordou e já começa a chiar. Tanto que na última derrota ele já foi substituído. Péssimo jogador Seria muito bom se o esporte dele fosse o MMA.

  • No primeiro tempo com a Chape o Galo deu um chute a gol (o gol do Valdivia). A Chape deu 10. No segundo tempo o Galo deu dois chutes a gol. Isso não é de hoje. E quando chuta, não é chute, é peteleco. O goleiro da Chape não deve ter tomado nem banho, porque não suou. E não precisou lavar a camisa, porque não sujou.

  • Vitor e Marcos Rocha são dois bipolares: grandes jogos x grandes desastres. Vender ambos enquanto é tempo. Existem pelo menos 5 bons goleiros dando sopa por ai, a preços razoáveis.
    Agora, se quisermos ter um 2018 tão desastrado quanto 2017 é só concluir o que a diretoria está pretendendo: Cuca como treinador e Oswaldo de Oliveira com o novo Maluf. Se der certo, estaremos f........

  • Rafael Moura também quer reformar o contrato com o Galo porque, segundo ele, sempre foi atleticano. É um Fred-2. Lugar dele é na torcida, na arquibancada.

  • A massa está tão desinformada que aplaudiu o Robinho na saída só porque ele correu um pouco mais e passou a semana declarando que quer reformar o contrato com o Galo, contrato que termina em dezembro. Depois vai voltar a ser a múmia paralítica-2. Com o salário em dia que recebe, não acredito que alguém queira mais Robinho no Galo. Será que o Daniel vai cair nesta? Lugar dele é no Santos.

  • O Galo anda tão sem sorte nas suas escolhas que contratou o cara errado do Fluminense. Trouxe a múmia paralítica - Fred - e deixou lá o artilheiro Henrique Dourado.

  • Na minha opinião se Jesus Cristo fosse treinador de futebol ainda assim não resolveria os problemas do Galo. Falta futebol e vontade para aquela velharada de lá. A torcida só percebeu, por exemplo, que Elias estava no campo quando ele foi expulso. Já declarou que quer jogar no Corinthians ou no Flamengo. Ele quer ir para lá. Jogar, não, porque não joga mais nada.
    Vamos à lista dos inúteis do Galo: Léo Silva - Felipe Santana - Roger Bernardo - Robinho - Fred - Elias - Rafael Moura - Luan - Clayton - Marlone - Giovani. Procurar um clube que os queira: Vitor e Marcos Rocha. Folha de pagamento mensal do Galo atual: R$ 10 milhões. Tá bom ou quer mais?

  • Uma palavra é consenso geral REFORMULAÇÃO, o time não deu liga, estou correndo risco da deixa pras Marias, enfim, defina o técnico pra 2018 e reformule o time. Adilson, Roger Bernardo, que discussão inútil, são todos a mesma merda, Fábio Santos parece ser A única unanimidade. Esqueçam o G7, vamos deixar no stand by, mas se o galo vencer domingo, não se iludam, vamos todos gritar "Vai pra cima dele galooo..."

  • O Kalliu devolveu à torcida do Galo a Alegria, a vontade de ir ao estádio...
    O Nepomuceno devolveu a tristeza, se antes caiu no Horto tava morto... Agora o Galo que cai no Horto sempre, os adversário não tem respeito.
    Os jogadores pedem apoio da torcida, e a torcida vai ao estádio para passar raiva e vergonha!!!
    É hora da torcida se manifestar, de parar de ir ao campo até que os jogadores tomem vergonha na cara!!!
    Fora Nepomuceno!!!!

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