Eliminação ao ritmo da indolência do treinador

O resultado foi incontestável. Um time, o carioca, entrou em campo para buscar a classificação. Já o Galo, ao estilo do treinador El Turco, acreditando que ia segurar a pressão do adversário por 90 minutos. Não podia ser diferente. Sobre o comando técnico, nessa altura da temporada e até por não existir nenhum nome decente disponível, é com ele que vamos ter de seguir. A não ser que a diretoria tenha coragem de promover o promissor Lucas Gonçalves para essa missão. Ele já mostrou que conhece e sabe trabalhar no comando da equipe profissional.

Como consequência desse equívoco na contratação, passar um ano com as conquistas minguadas até o momento do Mineiro e Supercopa. Restam-nos a Libertadores e o Brasileiro. Sonho, disse que sonho, com a possibilidade das inscrições do Jemerson, Pavón, Alan Kardec e Pedrinho de uma reação no que estamos acompanhando até agora do time que foi campeão brasileiro e da Copa Brasil do ano passado.

Para quem viu aquelas conquistas, não é fácil entender que com os mesmos onze jogadores dos jogos finais, o Galo não consiga reagir em campo. Disse indolência no título e reafirmo. Nosso primeiro tempo de ontem foi de uma equipe covarde e amedrontada. Em que pese as agressões sofridas por Atleticanos e até o ônibus que levou a delegação para o Maracanã, eu esperava um time mais aguerrido e brioso em campo.

A selvageria, promovida por jogadores e diretores do Flamilícia, não pode servir de justificativa para o pífio desempenho do time no Maracanã. O treinador, com seu jeito estranho de comandar e não promover nenhuma substituição no intervalo, é o grande responsável pela eliminação da Copa do Brasil. O único jogo, que me lembro dele fazer alterações – foram três – no intervalo foi naquele quase vexame frente ao Fortaleza.

Então, caríssimas e caríssimos, fomos muito bem eliminados em função do fraco desempenho do time que entrou em campo com a vantagem de um gol e foi incompetente para segurar o resultado e covarde em tentar aumentar essa diferença de gols. Nos resta agora, contando com os reforços que serão registrados a partir da próxima segunda-feira (dia 18 de julho), sonhar com o Brasileiro e a Copa Libertadores. A Copa do Brasil, que ano passado brilhamos com nove vitórias e uma derrota, acabou depois de quatro jogos. Duas vitórias, sem convencimento, sobre o Brasiliense. Depois uma vitória e uma derrota para o Flamídia, eliminado pelo placar agregado.

Sobre o jogo, não fosse o Éverson, o placar teria sido muito maior que os dois a zero. Alonso, que vinha bem, fez lambança. O segundo gol, onde tomou até amarelo, foi resultado daquelas jogadas imbecis no sistema defensivo. Pra piorar, logo depois, tomou o segundo amarelo – consequentemente o vermelho – deixando o time perdido em campo na busca de um tento salvador que levasse a decisão para as penalidades.

Fora eles, nenhum outro jogador teve qualquer destaque no time Atleticano. Arana e Hulk, dois monstros da temporada passada, estão começando a entrar no débito. O atacante, em que pese ser o nosso maior ídolo da atualidade, precisa jogar mais e reclamar menos. Mesmo reconhecendo que sua reclamação, não de ontem e sim do domingo frente ao São Paulo, merece apuração. A se confirmar as palavras do Daronco, esse árbitro não pode ter pena apenas de não apitar jogos do Galo, mas sim ser eliminado do quadro da cbf. Por falar em juiz, ontem – surpreendentemente – Wilson Sampaio não fez das suas presepadas. Talvez pelo fato de o nosso time e do El Turco ter facilitado a vida dele em campo.

Por fim, duas considerações sobre a mídia do eixo, nociva ao bom futebol brasileiro. Esse caso do Daronco, tivesse sido com time do Rio de Janeiro ou São Paulo, todos esses carinhas da televisão estariam esbravejando e pedindo apuração e punição. Silêncio total dessa gente. Outra, se torcidas adversárias dos dois estados fossem recebidas em Belo Horizonte com aquelas infelizes faixas de “faltam X quilômetros para o inferno – sejam mal vindos” esses mesmos tendenciosos âncoras e comentaristas não perderiam a oportunidade de chamar mineiros de provincianos. Pois tem, ficou comprovado, que o litoral produz, além de milicianos de terno também muita gente provinciana.

Chega mais Alemanha e Argentina!