Treinador além das quatro linhas; Roger Machado é exemplo para seus pares

Crédito: Bruno Cantini/Atlético

Um gaúcho que entendeu Minas Gerais

Após o encerramento do clássico, presenciei reclamações sobre o desempenho do Galo em campo. Grande parte delas diz respeito ao técnico Roger Machado. Argumentei que devemos dar crédito ao trabalho do treinador. Jovem, com apenas 41 anos, ele já mostrou que é capacitado.

O futebol precisa ser compreendido além das quatro linhas, por isso julgo fundamental o comportamento, em diferentes faces, daquele que conduz nossos jogadores. Diferentemente de outros que passaram e ainda desfilam por aqui, Roger destaca-se por saber dialogar com as pessoas. Raras vezes ouço entrevistas pós-jogo, evito com receio de influenciar minhas postagens neste espaço. Ontem, porém, fiz questão de acompanhar.

Contrariado com o resultado, atentei-me às explicações, ditas de modo coerente e com necessária humildade. Machado tem fala mansa, ao contrário de treinador que veio do mesmo Rio Grande do Sul. Percebam com atenção o quanto isto é interessante: o arrogante trai a si mesmo. Enquanto responde à imprensa, este mostra-se ofegante a ponto de sua respiração abafar sua voz. Com nosso comandante não é assim, um gaúcho centrado e equilibrado.

Quando confrontado, o treinador do Galo não promove debate com os jornalistas. Sobre a atuação da arbitragem, ele apresentou colocações de maneira coerente, enquanto outros quase tiram o apito da boca do juiz. Equilíbrio é fundamental, nas vitórias e nas derrotas. Não resta dúvida de que nossa equipe foi prejudicada, ainda assim não houve quem desdenhasse de nossa gente e de nosso território mineiro.

Roger dispôs-se a falar apenas da parte que lhe compete, do time em campo e do resultado, deixando a preparação física, médica e afins para além de sua entrevista. Não posou de jornalista ou de assessor de imprensa. Não polemizou com os profissionais que o entrevistavam. Esse gaúcho passou apenas pelo seu Estado, pelo Rio de Janeiro e pelo Japão. Chegou ao Galo e aprendeu a mineiridade. Respeita e reconhece todos que o acolheram.

Crédito: Bruno Cantini/Atlético

Consulados do Galo

Liderado por um grupo de Atleticanos abnegados, o pioneiro projeto Consulados do Galo ganha força nos bastidores do clube. Na sexta-feira, 31, o presidente Daniel Nepomuceno e seu staff receberam líderes do movimento, para alinhar e estreitar a relação. Entre eles, estavam pessoas que não medem esforços para projetar o nome do Atlético no Brasil e no mundo, como o jornalista Chico Pinheiro, Custódio Neto e Luciano Marques. Nosso blog, toda terça-feira, numa feliz parceria, divulga um consulado. Já tem até clube carioca que copiou a proposta do nosso Galo…

Crédito: Acervo pessoal

Rivalidade e respeito

Contrariado com a derrota, sábado à noite fui esparecer, no Diamond Mall, o shopping do Galo. Sentados à mesa, estavam dois jovens casais. Animados, eles conversam normalmente, ignorando toda a rivalidade histórica que vestiam nas camisas. Assustado com tanta violência e imbecilidade que permeiam o futebol, me aproximei e solicitei esta foto, ao lado. Os Atleticanos Ana Clara de Barros e Hugo Lott convivem harmoniosamente com os amigos Marina Alvarez e Vitor Jannotti, num exemplo que serve para todos nós. Emoções do esporte mais alucinante da humanidade.

Blogueiro

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  • Roger não vinga. Não consegue fazer o time jogar. Time antes pelo menos atacava. Agora não ataca nem defende. É um time inofensivo. Não aperta o adversário em momento nenhum. O adversário não leva susto. Robinho acabou. Não tem a explosão física necessária para um jogador competitivo. 800 mil no lixo todo mês. Daria para trazer 2 bons reforços. O time do Galo, desse jeito, cai fácil na Libertadores e vai passar um sufoco danado no Brasileiro. No começo do ano, naquele jogo horroroso com o cruzeiro já deu pra ver o modo de jogo do Roger. Já deu pra ver ali que não ia dar certo. E tudo vai se confirmando. Nos jogos importantes do ano tomamos gols rápidos, e não tivemos forças para buscar o resultado. O time se perde completamente se sai atrás no placar. Roger é questão de tempo. Resta saber quem vai vir.

  • Consequência previsível: perdeu um jogo que nem valia nada e o chororô já começa. A corneta grita alto! Aí o time se acerta e ninguém vem falar que errou e que não sabe apoiar o time quando esse precisa. Ser torcedor para comemorar vitórias e títulos é fácil. Ter paciência com um time em formação é que são elas. Nossa torcida está ficando muito modinha e simpatia igual a turma do outro lado da lagoa. Só falta ficarem cheios de vaidade também...

  • Não vi nenhum comentario sobre o que realmente vejo como o GRANDE problema do Galo. Chama-se ELENCO DESEQUILIBRIDADO... sinceramente , Otero, Danilo, Robinho, Cazares... Não resolvem nada nesse futebol moderno de competição... Maicossuel e luan... nao jogam 10 seguidas... Para mim o atletico montou o elenco errado... time muito pouco competitivo

  • Só a titulo de informação, no jogo dessa tarde, contra o Betinense, Uilson como de costume saiu mal no gol de empate. Esse é o nível dos goleiros do galo. A diretoria tem que contratar outro goleiro urgente. A massa sabe o quanto é importante um bom goleiro que passa confiança. Acorda diretoria, chega de tantos erros. Cadê o bom elenco. Queremos jogador

  • Boa noite Atleticanos, eu acho o ROGER fraco para um time da gandeza do Galo, preferia o ABEL, mais como ele é nosso treinador, vamos apoia-lo. Apesar da derrota volto a dizer achei o jogo do GALO com 10 em campo muito bom, faltou pouco para empatarmos e até virarmos, agora jogar com RC de primeiro volante meu amigo não tem sistema defensivo que aguente, ele consegue jogar os 90 min sem suar, sem dar um carrinho e sem aparecer como opçao de ataque. To acreditando no ROGER pelo que vi nesse jogo, mais tem de cobrar mais empenho dos medalhões ou ter coragem para barra -los. AQUIÉGALO SEMPRE!!!

  • O que não entendo são as entrevistas pós-jogo, por exemplo do Roger e do Elias, quando falam que o Galo dominou o jogo, vai ser otimista lá na China, pelo amor do santíssimo, demos calor no final do jogo graças a raça e superação de alguns jogadores como o He Man e o Luan e quando o Elias resolveu atacar, com destaque para nossa aguerrida e fantástica torcida, no mais fomos amplamente dominados por um timinho meia boca. Não vou comentar arbitragem senão vira chororô, jogamos mal por isso perdemos. São fatos: Os Goleiros considerados reservas não inspiram a menor confiança e até o São Vitor (nosso eterno herói) não vinha demonstrando bom desempenho nas suas últimas participações, precisamos muito de um goleiro de gabarito para enfrentarmos a Libertadores e o Campeonato Brasileiro; Nossas laterais são verdadeiras avenidas, os laterais tanto de lá como de cá não conseguem percorrer toda a extensão do campo, não chegam na linha dos fundos tanto da frente como de trás, jogam somente na intermediária do campo o que demonstra a falta de vitalidade e comprometimento, sempre perseguindo por trás os pontas, e não são cobertos com a devida eficiência, Carlos César e Danilo deveriam jogar mais; O Elias já disse deve atacar mais vindo de trás, foi assim que foi consagrada e é assim que deve continuar jogando; O Luan deve ter um acompanhamento todo especial com uma programação de jogos que possa preservá-lo e melhor prepará-lo para entrar nos jogos importantes e decisivos, sua presença é imprescindível, ele é a nossa essência; Sou mais o Rafael Moura, principalmente na Liberta onde a raça e a gana de vencer conta muito; Torço muito pelo Robinho, sabe jogar, mas não demonstra, se esconde do jogo, precisa participar mais; e quanto ao Roger ainda não vi, independente do motivo, o resultado prático de tanto treino preparatório, mas acho que devemos dar mais tempo. No mais falta mais raça e paixão. Esses são os pitacos de um atleticano apaixonado. Eu ainda sigo acreditando. Galo Sempre.

  • Roger não está fazendo um bom trabalho. O time é time, não marca, dá espaço ao adversário. Carioca tá andando em campo. Mano é mais treinador que o Roger, taticamente sabe colocar bem o time e por isso tem levado vantagem. O meio não marca, não cria, time lento se criatividade. Não vamos ganhar nada se continuar essa mesmice. Diretoria é omissa, não cobra dos jogadores e da comissão técnica. Elenco não passa confiança. Giovanni, falha quando mais dele. Temos que cobrar geral, tá muito ruim, não convence.

  • Eu discordo, não adianta ser educado com a imprensa e o time desorganizado e fraco tecnicamente, eu acho que ele não chegará no Brasileirão como treinador do GALO. O pior cego é o que não quer enxergar.

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