Neste 15 de novembro completei exatos dez anos de uma das marcas que o Galo colocou em minha vida. Foi nesse dia, em 2006, que às cinco e meia da manhã saí da Praça da Savassi – exatamente do lado da estatua do Roberto Drummond – rumo a Itabirito, terra de outro ilustre Atleticano, Telê Santana. Depois de 12 horas, percorridos a pé 55 quilômetros, cumpri o desafio que me propus no ano anterior. Diga-se, sem qualquer preparo físico prévio para a empreitada. Atualmente até faço uma academia básica, na ocasião nem isso.
Quando empatamos com o Vasco, em 2005, selando nosso rebaixamento à série B pela obra do então treinador Tite, afirmei que o retorno à elite me impunha essa caminhada. A vitória sobre o Coritiba, em 11 de novembro de 2006, por 3 a 2 (de virada, depois de dois a zero do Coxa), na casa do adversário, assegurou matematicamente a volta ao nosso lugar de direito. Daí, no dia 15 seguinte, tive a companhia da equipe da TV Alterosa e da reportagem de jornais diários na andança a rumo à cidade do Telê. Lá chegando, afirmei que o Galo nunca mais voltaria a ser rebaixado.
É bem verdade que todos um dia – mais cedo ou mais tarde – irão conhecer essa amargura. Essa coisa de “incaível”, saibam, é retórica. Diga-se que só está sobrando esse discurso, mesmo. Não sei o que será depois. Duas isso e quatro aquilo já têm tempos que foram abolidos. Acho que perceberam que dois e quatro, formam 24. Como aqui é Galo, sabe-se que ”aqui são 13”. Pois bem, o que me restou daquela peregrinação foi uma hérnia de disco, que anualmente me brinda com duas ou três crises. Estou numa delas há três dias e não desejo a ninguém a dor dessa danada.
Em que pese o desconforto, folgo e comemoro que foi por uma causa do nosso Galo. Tenho o vídeo dessa caminhada e assim que conseguir localizá-lo – foram dois blocos do “Alterosa Esportes”, vou postar e dividir com os amigos Galistas de todo o mundo. Só não posso assumir outro compromisso dessa natureza por duas razões. Meu estado atlético (leia-se físico) não suportaria. E a outra, não existe fisioterapeuta – por mais especial – que faria aliviar novas sequelas. Mas, com o coração Atleticano, lanço desafio a outros para fazerem o trajeto em novas conquistas. Eu acompanho de carro, claro, a mesma aventura de 2006.
Quem diria! Confesso que, depois do terceiro gol alinhado a entrada do Kardec, não desliguei…
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Num momento tão especial, finalista de duas importantes Copas, temos uma oportunidade de escrever páginas…
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Será qual o clube do Brasil que a C.B.F e a Rede Globo irá escolher para ser campeão de 2017?
Eu adoro esses depoimentos de torcedores relatando a sua relação com o time, bem como a sloucuras que já fizeram por ele .Muito bom !
Um grande abraço, De Ávila. Quando eu visitar Belo Horizonte com a minha esposa, adoraria tirar uma foto com o amigo .
Todos os amores, sejam eles por mulheres ou clubes é um verdadeiro calvário, Caro Eduardo. Que nossas mulheres nunca morram viúvas e nosso CAM seja eterno e nos traga muitas alegrias... Essa é a vida de quem ama.
Caro Eduardo, sou seu fã sem conhecê-lo, imagina agora sabendo que é meu conterrâneo. Hora dessas combinamos de tomar um chopp ao lado da estátua do Mestre que erguemos aqui. Abraço, melhoras. E vamos Galo!
Quem nos salvou da segundona foi um tal Galvão, a quem devemos muitas homenagens.