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Desafio ao Galo em três frentes

Como sugeri ontem, aqui neste nosso espaço – renitente e insistentemente democrático – o estadual já está na nossa galeria de conquistas. Doravante e por enquanto, três competições nos aguardam na temporada, sendo que numa delas pode até provocar a ida do Galo a outro mundial. Se o mineiro foi o quinto, nos demais a busca é pelo quarto BR, terceira CB, segunda Liberta e – quem sabe – o primeiro mundial. Cinco, quatro, três, dois, um cantavam os atiradores do Tiro de Guerra na minha infância em Araxá, intercalando com um, dois, três, quatro, cinco. Indicativo? Vale sonhar, podemos sonhar, afinal temos time para embalar nossos sonhos.

E, num horário que muito me agrada e prejudica ao público – 19h -, vamos receber um dos mais ferrenhos adversários do nosso grupo da Libertadores. O Rosário Central, de amarga lembrança daquela decisão da Conmebol, num jogo em que conheço gente que esteve na Argentina e confessa ter rezado por aquela derrota. O clima hostil colocava em riscos a integridade dos nossos jogadores, comissão técnica, dirigentes e Torcedores naquela cidade. Vencemos aqui por quatro, perdemos lá pelo mesmo placar e uma eventual terceira Sul-americana, chamada de Taça Conmebol na galeria das conquistas Atleticanas.

E esses Los Hermanos, que enfrentamos hoje e no segundo turno lá, não parecem ter melhorado o comportamento. Semana passada, na estreia da Libertadores, vitimaram torcedores e até jogador do Peñarol do Uruguai numa magra vitória por um gol. Me conforta, se é que a Conmebol irá tomar atitude por se tratar de time argentino, a possibilidade de o jogo do Galo lá no segundo turno acontecer com portões fechados. Não é ambiente favorável à prática esportiva e são reincidentes. Punição neles! Ainda que hoje, aqui na Cidade do Galo, o tratemos com respeito. São, num exemplo brasileiro, como os flamenguistas. Por isso a cbf sempre marca Galo e esses cariocas no segundo turno para o Rio de Janeiro.

A euforia, inesperada e motivada pelas provocações e uma certa precipitação do adversário regional, passou e agora é focar nos próximos desafios. Começamos essa Libertadores com uma boa vitória fora de casa, em que pese a fragilidade do Caracas da Venezuela. Foi quatro a um, fora de Belo Horizonte, sendo o único time do Brasil e vencer na primeira rodada. Isso motiva e aumenta nossa responsabilidade, alimentando esse sonho em reconquistar a América.

O time, depois de três jogos sob o comando do Milito, começa a trazer de volta a confiança do Atleticano. O novo comandante, salvo melhor juízo, é a cara do Galo. Espírito desarmado e vibrante, vem se mostrando um grande líder com seus comandados. Jogadores, nas entrevistas, deixam isso explicito e a relação é outra. Com o elenco, a imprensa e – consequentemente – com o Atleticano. O grande beneficiado com esse ambiente é nosso time. Título, que parecia não interessar ao técnico anterior, marcou os primeiros tempos da era Gabriel Milito. O sentimento das ruas é o meu balizamento. A ver, diria nossa Ernest Soares!

E na nossa estreia, depois de não ter repetido qualquer escalação, qual deverá ser a formação? Ninguém ainda conseguira acertar, pois o argentino ainda está avaliando seus jogadores. Eu diria, pelo que vi e observei no curto período que ele assumiu, que seriam o Éverson; Saravia, Fuchs, Jemerson e Arana; Bataglia, Zaracho e Scarpa; Alisson, Hulk e Paulinho. Vou errar, não sei se muito ou pouco, mas brinco com esse exercício de adivinhação. E ainda temos Matheus Mendes, Igor Rabello e Lemos, Otávio e Alan Franco, Igor Gomes e Rubens, Vargas e Cadu e muitos outros. É um elenco bem razoável. Registro ainda que o treinador vem resgatando Jemerson e Vargas. Alguém acreditava?

Por fim, para fechar essa resenha de hoje, não posso deixar de registrar minha frustração com as provocações e suas sequelas num ambiente hostil aqui no espaço pós conquista do título. Respeito todas as opiniões, convergentes e divergentes, evito filtrar as manifestações. Entretanto, como sempre adotei, raramente uso da prerrogativa que o site me conferiu em não aprovar determinados comentários. Já fui e sou provocado, ontem mesmo no calor – um useiro e vezeiro desse expediente e que já esteve afastado com seus arroubos -, me convocou a uma nova provocação. Um ou outro, ainda que dissimuladamente, me chamaram a bailar. Me contive. Já respondi ação judicial, tendo sido absolvido de pretensa punição pecuniária, sem fazer alusão a isso aqui.

Tem outro se vitimizando que adotou repetir frases minhas nos posts, sonhando com minha reação que nunca veio. Digo isso, seguro de que tenho sim aqui minha avaliação pessoal. Divido com quem me merece a confiança e fora do ambiente do blog. Por fim, se necessário, adotarei daqui pra frente, o poder de jogar na lixeira quem atentar ou intentar nessa direção. Isso enquanto estiver blogueiro, como disse ontem ao provocador de plantão, “não vivo de blog, mas vivo Atleticanidade”. Só acresço, não sou dono do espaço, apenas estou blogueiro e sei da importância dessa dedicação para e pelo Galo. Faço pelo meu time, não uso dele e sou ativo nas ações que atendem e beneficiam a gestão Atleticana. Fui obrigado a usar dois parágrafos sobre isso, deixando de falar de Galo. Duro!

*fotos: Pedro Souza/Atlético

Blogueiro

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  • Boa tarde, Amigalos!!!

    Bora lá Galo, dar a partida para a glória eterna!!! Simbora ganhar e embalar de vez.
    Sr. Domingos Sávio, Sr. Barata, não deixem de opinar aqui no Canto do Galo. É muito importante a opinião de vocês. Raramente eu me manifesto, mas sou um consumidor voraz de seus comentários, assim como de outros. Nem sempre concordo, mas juntando várias idéias, acabo aprendendo muito com vocês. Abraço a todos!!

  • Boa tarde GALOUCOS! Estive bastante ausente do blog, muito por falta de tempo mas tbm por entender que me fazia mal ter que tolerar opiniões ultra divergentes da maioria ou às vezes de alguns dinossauros de participação diária; tais como defesa insana daquele tal de Yhoran pelo amigalo Barata e aquela perseguição sem cabimento ao goleiro Everson, o qual terminou o campeonato brasileiro como melhor da posição. Quanto ao jogo de hoje, quero observar bem a escalação a atuação do novo técnico; aquela borrada da escalação inicial domingo e retirar nosso melhor zagueiro e manter o entregador de paçoca Jemerson foi o caos, a vitória sucumbiu todas estas críticas, a mim não! Sem ressaca hoje GALO, vamos pra cima dos hermanos e buscar melhor campanha da primeira fase e decidir as fases eliminatórias aqui no campo dá MRV. Abçs!

  • Salve Massa e Guru

    Hoje estarei lá na Arena, lugar onde prometi não voltar enquanto aquele asqueroso, estivesse no clube. Pra minha e de milhões de atleticanos, ele se foi e não deixou saudades.
    Vejo neste momento de início real da temporada uma mudada de rota: jogadores que estavam acomodados passaram a se mexer, outros já estão de passagem na barca de saída.
    Em compensação, estão aparecendo alternativas no plantel, até então descartadas (Alan Franco), e outras que estão chegando para rejuvenescer o elenco (Palácios, Isaac, Cadu, Alisson, Robert).
    Enfim, vamos dar crédito e ter paciência com trabalho que está sendo executado.

  • Boa tarde!
    Cadê o Barata?
    Sr. José Eduardo, saiba que você é e sempre foi um grande colaborador desse espaço democrático defendido pelo Ávila.
    Já perdemos ao longo dos anos e por motivos vários,muitos amiGalos que aqui passaram. Repense.
    Tem até um Reinaldo que te criticou uma vez. ( não me lembro por qual jogador).
    Um forte abraço pra todos!

  • "Don't cry for me, Argentina
    The truth is, I never left you
    All through my wild days, my mad existence
    I kept my promise
    Don't keep your distance"

    Compositores: Tim Rice e Andrew Lloyd Webber

    Por hoje é só... ou não!

    Abraços a todos os amiGalos!

  • Jogo duríssimo logo mais... os argentinos também sabem jogar bola e junto a isso, vão catimbar, vão bater, vão provocar e tudo mais que já sabemos a décadas.

    E o nosso GALO comandado por um argentino, vai saber como se comportar dentro de campo e fazer o nosso melhor futebol aparecer.

    Apoio não faltará, nossa casa vai estar lotada, vamos vencer essa partida, subir na tabela como líder e seguir rumo ao que todos sonhamos, a glória eterna pela segunda vez.

    OBS.: creio eu que nenhum de nós precisa aceitar a opinião contrária mas o respeito ao próximo deve prevalecer sempre!!!

  • Amigo Barata , nào abandone o blog , comente sempre , mesmo com seu azedume e criticas ácidas a jogadores que amamos e que voce critica , no seu sagrado direito de criticar , torcedor é assim mesmo. Voce nào pertence àquela categoria de torcedor negativista e que torce pra tudo dar errado e vir com : nào falei , não avisei ? Nào , voce é um torcedor autentico, raiz , mesmo quando elogia hioran e fala mal do Hulk , na minha opiniao , a maior e melhor contratação da historia do galo. Voce tem todo o direito de manifestar sua oplinão , nào importa se concordamos ou nào , será confrontado e bola que segue , opinioes divergentes sào o combustivel do futebol. Ao contrario da ëra felipào , contando os minutos pro jogo do galao da massa

  • Bom dia, Atleticanos. Já estamos jogando a Libertadores há tempo suficiente pra saber que meio a zero hoje é goleada! Jogo duríssimo, de paciência e pra testar a torcida, que deve, a exemplo dos argentinos, apoiar o tempo todo, independente do que haja em campo. Eu estive no Arroyito, em 1995, na final da Conmebol contra o Rosário CEntral, naquela que é a maior pipocada da história do nosso GALO. O time comandado por Procópio Cardoso (me surpreendo como um cara que esteve à frente dos maiores fracassos da história do GALO, ainda ter certo moral com a torcida), com direito a piriri do Super Ezio antes do jogo e aos costumeiros frangos do Taffarel (outro com inexplicável moral com a torcida, já que sua passagem pelo GALO foi marcada por frangos homéricos, inclusive em jogos decisivos. Velloso foi muito mais goleiro), pipocou feio! As condições eram outras, claro, mas o time ficou com medo de ganhar, uma pena. Tbm estive no campo do Lanús em 1997, apanhei da torcida e da polícia argentina, mas aí é outra história! Sigamos, pra cima deles hj, com paciência e bom futebol. GALO SEMPRE. SAN

    • Grande Barros. Seus comentários são muito pertinentes.
      Libertadores é guerra! Hoje vamos pra cima dos argentinos com a faca nos dentes. Vamos vingar aquele vexame. Espero 2 vitórias, aqui e lá, seja pelo placar que for.
      Como você bem disse, meio a zero é goleada.

      Porém, respeitosamente, discordo sobre o Taffarel. Ele era um goleiro diferenciado, talvez um dos melhores do mundo no quesito posicionamento debaixo das traves. Quase nunca fazia defesas cinematográficas (aquelas que os goleiros adoram pra sair na foto). Ele não tinha firulas, porque estava sempre bem colocado. E tinha uma reposição de bola com as mãos IMPRESSIONANTE. Já vi ele ligar contra-ataques no Mineirão mandando a bola no pé de algum atacante no campo adversário! Tomou alguns frangos sim, mas qual goleiro não toma?
      E especialmente naquela decisão em Rosário, Taffarel foi talvez o único jogador do time que não tremeu. Ele era muito experiente, ficou puto com os caras. E ainda chamou a responsabilidade na decisão por pênaltis ao bater um deles (e fez o gol!), bem diferente de outros atletas que se omitiram, ou melhor, borraram nas calças.
      Enfim, histórias de outra época...
      Hoje vivemos uma nova era com o Galo.

      Saudações, meu caro.

    • Barros,

      Sugeri ao Ávila que entrevistasse o Ângelo em um Podcast, tipo no Breno Galante ou no Canal do Bolivar...

      O Ângelo, que é Tri-Penta- Campeão-Mineiro, assistiu a decisão do primeiro Penta do CAM em 1956...

      O ÁVILA também bem que poderia te convidar para o mesmo mesmo Podcast, eis que você, tal como o Ângelo, foi testemunha de momentos chaves na história atleticana...

      Aqueles jogos na Argentina contra o Rosário e o Lanús em alguma medida estão ainda engasgados na memória dos Atleticanos...

      Bem que o ATLÉTICO hoje pudesse dar uma lapada de 4 a 0 no Rosário para começar a pagar o prejuízo daquela derrota na Argentina que deixou traumas...

      Fica aí a dica, Ávila...

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