Guardei para as leitoras e os leitores desde espaço Atleticano, neste domingo sem Galo, um depoimento singelo de uma adolescente que conheci no entorno do Independência na quarta-feira passada. Sucintamente, vou tentar explicar, como aconteceu este feliz encontro.
Portador de hérnia de disco, preciso ficar um tempo assentado para impedir a ação dessa danada. Estava eu no Bar da Tia Morena, momentos antes do jogo (registre que vejo do lado da Ismênia e rarissimamente passo pela Pitangui) quando entrou uma família (pai, mãe, filho e filha) que me chamou a atenção. Como estava sozinho na mesa, ofereci para que dividissem o espaço Atleticano.
Ao nos apresentarmos, despertou neste blogueiro e fiquei observando o olhar e a maneira que aquela garotinha falava do Galo. Curioso que sou, comecei a ouvir e especular a respeito de uma viagem de três horas da família, sistematicamente, para vir a Belo Horizonte ver o time jogando. Dito isso, passo aos amiGalos o depoimento pessoal dessa Atleticana da gema, como cada um de nós.
“Meu nome é Luiza Melo, tenho 15 anos, de Diamantina. Sou Atleticana desde sempre e tenho até fotos de bebê com o uniforme do Galo, mas essa história começou mesmo na primeira vez que fui ao Mineirão com minha família, aos cinco anos de idade. Lembro que antes da partida, meu tio me levou à loja do Galo e meu deu muitos presentes, inclusive a “Bandeira da Sorte”, que esta sempre comigo.
Essa bandeira tem muita história, a mais inesquecível, foi a final da Libertadores. Eu tinha nove anos e meu pai pediu aos outros torcedores um espacinho pra eu ver o jogo pelo vidro das cadeiras do Mineirão, bem atrás de onde o Léo Silva fez o segundo gol. No segundo tempo, meu pai pediu pra colocar a bandeira no vidro e falamos que era “da sorte” e ,mesmo não querendo, os torcedores deixaram. Logo no início do segundo tempo, Jô fez o primeiro gol. Nesse dia, o Galo me proporcionou fortes e bons sentimentos ansiedade, angustia e alegria.
No final do jogo, ficamos todos emocionados. Enquanto minha mãe me segurava, choravam meu pai e eu – foi a primeira vez que o vi chorando. Que dia fantástico! Dai, vários fotógrafos viraram para nós e começaram a tirar fotos, que saíram em sites, revistas (Veja e placar).
Depois, meu pai e meu irmão foram para o Mundial e eu queria ir, mas não me levaram. Fiquei com a promessa de que levariam a minha bandeira e a trariam de volta autografa. Ele voltou na véspera do natal e me fez uma surpresa inesquecível, “A Bandeira da Sorte estava toda autografada”. A felicidade e o choro vieram à tona.
Vitórias e derrotas só tinham me deixado mais apaixonada e fanática por esse time. Ano passado, fiz 15 anos e tive várias surpresas, além da valsa com hino e a charanga do Galo. Na madrugada anterior, meu pai plotou o Galaxie dele que ia me levar à igreja e ao baile, com fotos minhas, títulos do Galo que eu vi Libertadores, Recopa e Copa do Brasil.
E ainda mais, sem eu saber meu pai e meu irmão foram até a Cidade do Galo e gravaram vídeos com mensagens dos jogadores, técnico e Presidente do Galo. Foi emocionante. A paixão pelo Galo me move e me faz ter certeza, que terei ainda grandes emoções, que serei pra sempre alvinegra e que estou louca pra estudar em BH e poder ir a todos os jogos”.
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Bela história! Realmente emocionante!
Quanto ao jogo de amanhã espero que Larghi não improvise. Precisamos observar Carlos Gabriel na LE. Gostei do pouco que vi jogo passado.
Acreditando na vitória amanhã!
Galooooo!
Esta e minha sobrinha ela nos ensina a cada dia o amor e paixao que tem pelo Galo,que tenhamos mais Luiza na torcida do Galo pois assim saberemos que o futuro de cube jamais vai morrer,Luiza e atleticana de corpo e alma que nos enche de orgulho,nos te amamos muito.
Essa é minha amiga Lulu!!!! Atleticana de corpo e alma!!!
Parabéns pelo relato, Eduardo!!! Sua coluna é foda!!!!
Minha irmã é fera mesmo! A torcedora mais fanática entre os fanatico pelo galo!
Eduardo
Foi muito bom te conhecer, nosso Galo é isso, proporcionando novas amizades, boas experiências e muitas emoções. Valeu, com matérias como está aí a Luiza endoida mesmo com nosso Galo. ABS
Boa tarde a todos.Muito bonito o texto.
Belíssima história, família e exemplo de atleticaneidade. Ótimo registro fotográfico também. Tenho um filho que fará 15 anos semana que vem. Fiquei pensando. Vai que um dia ele conheça pessoalmente essa torcedora num carnaval em Diamantina... ou num jogo em BH, e possam falar de Galo e nascer uma paixão, um amor à primeira vista... rsrs. É o que o Galo é. Amor desmedido. Paixão eterna, de nascença, de geração em geração. Vamu, Galo!
Leo Silva é baixa novamente e não enfrenta o Bahia. Que dureza...
Acorda Diretoria!
Bela historia Luiza, ATLETICANO JA NASCE ATLETICANO. Sua história me remeteu ao longinquo 1978 eu com 14 anos sozinho na sala ouvindo na radiola la de casa uma decisao menos importante em termos de titulo, mas para mim importantissima o Campeonato Mineiro daquele ano. O GALO perdia ate se nao me engano 35 do segundo tempo, gol do Fernando Roberto Mastiguinha para o Guarani de Divinopolis. E o timeco azul calcinha goleava o Uberaba por 6×3 e sagrava-se ate aquele momento campeao. Nao e que o GALO virou pra 3×1 e foi campeao? marcou-me por que foi o jogo que ouvi ali sofrendo e torcendo, comemorei como nunca eu sozinho e numa alegria imensa. Que a rodada nos seja benefica, mas amanha temos que fazer nossa parte. Saudacoes Alvinegras aos Atleticanos de verdade.
Boa tarde, Eduardo e demais Amigalos. Belo depoimento da Luíza. Eu duvido que alguma mariposa (maria misturada com raposa) escreveria algo assim para o pequeno time azul. Deve ser por esse amor incondicional, que os atleticanos possuem pelo Galo, é que faz as vaidosas ficarem com tanta raiva do nosso time. Eles invejam o que não conseguem ser, ou ter.
Sobre o jogo de amanhã, espero que o Burros Larghi não cometa nenhuma burrice. Mas eu acho que estou pedindo demais. Até mais.