Comemorando aniversário em dia de decisão

No dia em que comemoramos 110 anos de Clube Atlético Mineiro, com as mesmas cores e o mesmo nome desde 25 de março de 1908, temos como pano de fundo uma partida válida pela Champions Minas (como diria o amiGalo Paulo Silva). Para o Atleticano, é mais uma partida, enquanto para o adversário é jogo de vida ou morte. Tinham a vantagem de dois empates, agora precisam vencer para levar a classificação.

Estive relendo sobre as queixas dos dirigentes do Coelho, desde o jogo do turno até chegar ao primeiro desta fase decisiva. Uma hora é o parlamentar boquirroto, depois Salum I e ainda Salum II, até chegar em um dos membros daquele conselho de administração, cujo nome nem consegui memorizar. A cena que circulou pelas redes sociais chega a ser deprimente. Amparado, parece que por uma neta, o mencionado gestor sai em busca de holofote para despejar sua ira. Ou em busca de visibilidade, acho mais provável.

Como temos nada com isso, deixa se revezarem, assim como seus zagueiros historicamente faziam e continuam fazendo para barrar nossos atacantes. Reinaldo que o diga. Em sua época era botinada, de tantos beques desse time ou de outros mineiros (e até de outros estados) como hoje continua acontecendo. Só que, enquanto se preocupam com Ricardo Oliveira, é Luan que escapa do outro lado. Se vão aos dois, têm Otero, Cazares e agora outro sul-americano que endoidou o adversário no primeiro jogo, o argentino Tomás Andrade.

“Sigue la pelota”, diria o locutor Milton Leite, se estivesse narrando a partida de hoje. Reafirmo, como disse ontem e venho observando, que ao que parece Thiago Larghi está conseguindo tirar leite de pedras com o elenco que temos. Carentes de reforços para a sequência do ano, ele fez a equipe reagir e vem obtendo vitórias, ainda que magras, atendendo à necessidade de cada etapa. Lamento, insisto, pela falta de oportunidade aos meninos da base.

Para hoje à tarde, pelo que estamos acompanhando, ele deve manter a equipe que começou na quinta-feira. Percebo que muitos, me incluo entre os quais, preferem aquela formação a partir dos 15 minutos do segundo tempo, quando tirou Elias e Erik, colocando Gustavo Blanco e Otero. Seja com qual for, o importante é buscar o resultado e encaminhar a difícil classificação. A dificuldade não é pelo adversário, mas, sim, pela instabilidade do Galo até o momento.

Que ela venha, preferencialmente, sem sofrimento. Haja coração para aguentar o roteiro recente de nosso time. Que saudade do Galo Doido, que saía da defesa ao ataque e em segundos já balançava as redes do outro lado.

No mais, além de buscar a vaga na final, temos muito o que comemorar neste 25 de março de 2018. Ficar aqui relembrando nossa trajetória, desde os meninos no Parque Municipal, a presença da mulher na vida Atleticana, os craques que já vestiram nossa camisa, conquistas – aquelas nas quatro linhas do gramado e outras em quadras, até mesmo em outros esportes –, não traria ou acrescentaria nada à memória do Atleticano. O Torcedor conhece essa nossa rica história, diferente de outros que sequer sabem os nomes dos jogadores atuais de suas equipes.

Foi assim que o Galo, que tem a maior Torcida de Belo Horizonte e de Minas Gerais, conquistou o primeiro título interestadual e também o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol, consolidando seu nome no território nacional. Daí, avançou para o “cenário esportivo mundial”. Em qualquer situação e em qualquer época, nada muda ou abala um time que tem “a garra e a raça do Vingador”!

Se no passado era o Estádio Antônio Carlos, em breve será o Estádio do Galo para abrigar a Massa Atleticana.

Parabéns, Clube Atlético Mineiro. Parabéns, Torcida Atleticana!