Me arriscaria em afirmar que, após essa grande conquista – em que pese a SC não ter grande relevância – iniciamos finalmente a temporada de 2022. E que partida fez o Galo. Merecíamos sair com a vitória no tempo normal de jogo, mas o destino reservou emoção, alegria e justiça para essa disputa. O troféu, que desde segunda-feira, está exposto à visitação de Atleticanos e até mesmo de não Atleticanos (observei que são muitos demonstrando vontade em aderir à nossa louca paixão), atraiu milhares de olhares na sede de Lourdes.
Caprichosamente, na sala dos troféus, fica entre os outros dois recentemente conquistados, Brasileiro e Copa do Brasil. Como vimos no domingo, foi uma partida muito bem disputada entre o nosso Galo – multi campeão – e o vice Brasileiro que confirmou sua condição de também segundo colocado na Supercopa. Como bem o disse, aqui neste nosso espaço – que estou blogueiro – o amiGalo Geraldo Galo Doido. “Tenho 64 anos e em 80 dias já vi o Galo ganhar mais títulos nacionais que em toda minha vida”.
Caro, também tenho os mesmos 64, condição que nos permite passear pelo nosso histórico de Atleticanidade e de arquibancada. Vou aos jogos, desde que meus pais me mandaram – em 1974 – pra estudar na capital mineira que com o nome fantasia de Belo Horizonte é a Cidade do Galo. Já comemorei muitos títulos, no de 71 era ainda pré adolescente lá em Araxá e foi pelo rádio, mas também já voltei do Mineirão, do Horto e até de viagens pelo interior, noutros estados e fora do Brasil com o gosto amargo da frustração.
Esse registro do nosso Galo Doido me fez bem. Eu mesmo, em alguns momentos, me flagro reclamando disso e daquilo, mas temos de reconhecer os tempos são muito especiais. E o melhor, pelo que acompanho e vislumbro, agora sim – diferente do que foi dito tempos atrás – é um caminho sem volta. Existem muitas considerações que gostaria de fazer sobre essa minha convicção, se o calendário permitir vou explanando aqui ao nosso bom e respeitoso debate. Vale dizer, aberto ao respeitoso contraditório.
E nesses próximos dias, sem jogos no meio de semana, nos é permitido discorrer sem a preocupação do factual. E lá já se vão três dias da decisão de domingo. E qual, entre nós Atleticanos, não tem um prazer inesgotável de vencer aquele time carioca. Sobretudo os mais velhos, que vivenciamos toda aquela situação constrangedora e vergonhosa que fizeram de Aragão e Wright – entre outros de menor visibilidade – personagens obscuros do lado triste do futebol brasileiro.
Pois que, eu não imaginava naquela ocasião, que o destino seria tão cruel com essa gente arrogante que comemorou títulos contaminados ao longo de décadas. Tempos depois (2004), num time que tinha Mixirica, Rubens Cardoso e Wagner – treinado pelo falecido Mário Sérgio – humilhamos esse adversário em Ipatinga por 6 a 1. Aquela turma da série B vai apressar em lembrar o mesmo placar adverso do Galo, se esquecendo que esse resultado – por duas, ocasiões foi favorável ao nosso time. Tempos depois dos 9 a 2, o maior placar de todos.
Mas, estou referindo ao ainda maior rival do Galo ao longo dos tempos e que permanece na série A, já que foi salvo na temporada de 1995 que a cbf – providencialmente – reduziu de quatro para dois os rebaixados. Dez anos depois dessa partida no Ipatingão, agora pela Copa do Brasil (2014), foi aquele 4 a 1 de virada épica no Mineirão. Depois de perder no Rio por 2 a 0, saímos perdendo no jogo do “classificadaço” e o resto da história até os mais novos hão de se lembrar. Era pela semifinal, superamos, já a final foi fácil 2 a 0 e 1 a 0 e a taça foi para a sede de Lourdes.
Porém, como estou falando de caprichos do destino, no domingo o enredo não poderia ser melhor. Quero dizer, foi de uma deliciosa crueldade com o adversário, que nem o melhor roteirista conseguiria fazer com tanta perfeição mais um capítulo do que a Justiça Divina preparou. Já disse, inúmeras vezes, que aqui se faz e aqui se paga. E essa gente e seus padrinhos estão começando a pagar pelos seus pecados.
Nas 12 penalidades para cada lado, o time do Rio de Janeiro, esteve por quatro vezes acreditando colocar a mão na taça. Se os primeiros cobradores – lado a lado – foram perfeitos, no momento dos pênaltis alternados, aí o Criador caprichou. O Galo perdeu a sexta, a oitava, a décima e também a décima primeira cobrança. Em todas elas, quem acompanhou é testemunha, os adversários (jogadores, comissão técnica, diretoria e torcida) se prepararam para o grito de “é campeão”. E, uma a uma, também foram perdendo a oportunidade.
Veio a décima segunda cobrança, agora repetindo os mesmos batedores das cobranças anteriores, e Hulk – o maior ídolo dessa geração de profissionais compromissados com as cores preta e branca – colocou a bola debaixo do braço e ao cobrar o tiro fatal, outra vez colocou o Galo em vantagem. Do lado de lá, ao que percebemos, os protagonistas de manchete de jornal e programa de televisão – todos – amarelaram. Quem se habilitou viu o Everson crescer à sua frente e dar início a uma festa que não tinha programação.
Aconteceu e continua sendo comemorada, tão e somente por ser esse time o concorrente e pelo espetáculo que pretendiam criar com uma eventual conquista do clube carioca. Foi, reitero, um grande jogo – muito melhor que jogos que a TV passa de competições europeias – que ao final fez justiça ao melhor futebol brasileiro da atualidade. O Galo, multicampeão, venceu e comemora todos os principais títulos de competições organizadas pela cbf. Pra fechar, ganhamos quatro dos cinco últimos campeonatos que disputamos. A caminho de mais conquistas. Que venham o Mineiro, BR, CB, Libertadores e o Mundial.
Que delícia esse primeiro título do ano de 2022! Ou agora a cbf/tv não irão dar todo o destaque pretendido. Quem viu a depressão dos programas de televisão pós-jogo e dias seguintes, se fosse desavisado, ia entender que o Flamídia perdeu, que Gabriel (eleito unanimemente por três tendenciosos comentaristas como incomparável) não esteve bem. Na verdade, escancaradamente, privilegiam aos times cariocas e paulistas, desdenhando o resto do Brasil. Por tudo isso, especialmente pelo roteiro das penalidades, temos mesmo de botar nosso bloco na rua e gritar. “É campeão! O Galo é o melhor time do Brasil”, queiram ou não os pseudos comentaristas que não são imparciais.
Que momento!
*fotos: Pedro Souza/Atlético
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O NOBRE BLOGUEIRO CONTINUA ERRONEAMENTE
DESDENHANDO DA CONQUISTA DA SUPER COPA.
NÃO SE DESDENHA DE TÍTULOS , TODOS SÃO IMPORTANTES , ATÉ O MINEIRO.
SOMOS BI DA CONMEBOL E DEVÍAMOS TODOS VALORIZAR ESSES DOIS TÍTULOS COMO QUALQUER OUTRO
TÍTULO É TÍTULO E VALE TAÇA NA SEDE.
Querido, vossa afirmação não bate com o postado. Ao contrário, considerando o ambiente criado, estou e muito valorizando.
Entretanto, reafirmo, essa disputa de troféu de um jogo só - aliado ao critério que colocou o Flamídia na "grand finale"- em nada acrescenta em termos de HISTÓRIA, RANKING E ESTATÍSTICA.
A maior motivação, objeto dessa COMEMORAÇÃO CONTINUADA, justifica portanto o valor que vosso julgamento imagina estar sendo desdenhado.
Quinta-feira tem mais, diferente da quarta-feira do Goulart. Pois aqui só dá Gaaalooo!
tá tudo bem..... mas o Godin, hein......
Bom dia, Canto do Galo !
A impressão que fica na cobertura jornalística do eixo é de que o urubu amassou o Galo, mas os números do jogo falam diferente- Galo deu 20 chutes a gol , sendo 7 que atingiram a meta do urubu, já o rubro-negro deu 14 chutes a gol e 3 atingiram a nossa meta; posse de bola de 58% para o Galo contra 42% do urubu; demos 401 passes, com precisão de passe de 87%, já o rubro-negro deu 284 passes, com precisão de passe de 76%; só nos venceram nos escanteios 10 a 5.
Tem uns que não dão conta e acabam escorregando no final- o ex jogador Zinho da ESPN ficou tentando dar um ar de imparcial, mas no encerrar do programa o coordenador do debate deu a notícia da declaração do nosso presidente- que com o VAR ia ser mais difícil do urubu vencer o Galo -, mas o Zinho não se aguentou e com um sorrizinho rubro-negro deu a declaração que é bom lembrar ao presidente do Galo que o jogo foi empate, que não vencemos. Bom não vencemos, mas é daí, quem levou o troféu e 5M foi o Galo.
É, mas o jogo foi no campo do Flamerda, com 90% de torcida contra. Queria ver se fosse no Mineirão!
Perfeito comentário caro Paulo!
Contra fatos não há argumentos. Os números por si só já falam o que foi o jogo. Achar que o Flamerda foi melhor em campo é conspiração dos perdedores.
Bastam ver os últimos resultados para saberem que o Urubu é freguês de carteirinha.
Abraço.
JBGALO. Vc se esqueceu de citar o segundo jogador. Quanto ao Everson, concordo com vc.
Caro Eduardo e demais Atleticanos,
Ao ser campeão do Brasileirão e Copa do Brasil, o Galo “esvaziou” a importância dessa Supercopa. A rigor, o jogo nem deveria ter ocorrido, mas o regulamento do evento “Caça Milhões”, coloca na parada o vice do Brasileirão.
Graças a Deus o Galo não colocou time misto, como muitos aqui sugeriram no intuito de desmoralizar a CBF. Isso porque se perdêssemos esta taça com reservas, algumas consequências seriam danosas:
1 – A imprensa do eixo estaria até agora na “Comemoração continuada” pelo tri campeonato do Flamengo;
2 – Teríamos que aguentar todos os insuportáveis memes de gozação possíveis;
3 – Mohamed seria execrado pela maior parte da Massa, o que poderia comprometer todo esse trabalho inicial muito promissor;
4 – Os titulares se sentiriam frustrados por não terem tido a chance de disputar essa taça, mesmo com toda a conotação interesseira;
Portanto, foi melhor o Galo ter se sagrado campeão, num grande jogo de 02 elencos espetaculares. O time deles é muito bom, não podemos negar. E isso valorizou ainda mais essa nossa conquista. Começamos bem 2022, vencendo, incomodando e impondo respeito ao Brasil inteiro, que ficou ligado no jogo.
SAUDAÇÕES ALVINEGRAS.
Ê GALÃO, sua simples existencia sempre foi motivo de alegrias e orgulho de minha parte, as derrotas e injustiças ajudaram a forjar meu caráter.
2022 será um ano de grandes emoções e conquistas.
Aqui é Galo Porra, forjado na dor na injustiça e no amor
Não entendi a primeira frase "Me arriscaria em afirmar que, após essa grande conquista – em que pese a SC não ter grande relevância – iniciamos finalmente a temporada de 2022." Se a SC não tem relevância por que é grande conquista?
Bom dia Eduardo! Quando citei que tenho 64 anos e em 80 dias vi mais títulos nacionais que em toda minha vida, falei com extrema felicidade pelos novos tempos do Galo. Meu pai me levou ao independência quando tinha 7 anos, para ver o Pelé, e o que ví foi uma camisa preta e branca, paixão imediata e eterna. Hoje temos uma Direção séria e firme, e que está incomodando toda a mídia tendenciosa, e que vai fazer do Galo o maior time do país e da América do Sul. Quanto ao jornalista vou repetir uma história verídica. Como sou um torcedor das antigas, tenho vários amigos cruzeirenses e que hoje estou deliciando e fartando de zoar. Um deles é da Máfia Azul e me contou os fatos. Tinha um rapaz que sabia imitar o Kleber Gladiador e ligou para o jornalista, se passando por ele. Falou que estava assinado com o Galo, e perguntou o que ele achava. O mesmo atendeu com uma tremenda falta de educação, mas depois que pensou que fosse o Kleber, amaciou a voz e disse que existia atrasos de salários, mas seria muito bom para a carreira dele. No dia seguinte deu o "furo". Tremendo jornalista, que nem verificou a ligação e confirmou a história. Nunca lí ou escutei este individuo mas como recebi a nota de repudio do Galo, achei que valia contar a história. Vai Galo!
"Tenho 64 anos e em 80 dias já vi o Galo ganhar mais títulos nacionais que em toda minha vida"
Kkkkkkkkk, atleticano é uma piada mesmo... tenho 52 anos (portanto, 12 a menos que o sr.) e já vi meu time ganhar mais títulos que o seu Galão... estamos na série B? Sim! Vamos ficar lá por um tempo? Sim! Mas isso não apaga o passado.
Grande abraço!!
Tenho 41, e vi meu time disputar a série B somente UMA vez.
Maria tri rebaixadas e cabulosas e vergonha de Minas. engolem o maior de Minas. vai galoooooooo.
Não apaga o passado - 9x2 eu já ganhei.... fora os 6x1 e outros 6 da história do confronto, não apaga freguesia de um século, 36 vitórias de vantagem para o Galo. Esse aí tá com saudade de um esperada do Galo, então para ele matar saudade- eu sei que você treme, chupa Maria...
Você tem 64 anos? Só isso? Você está com a lata muito judiada, amigo! Sinceramente, pela sua cara, parece que tem muito mais! Teria esse envelhecimento precoce ocorrido com mais ênfase nos últimos anos? Abraços e volte sempre!!!
Teobaldo ,o maria da foto judiada aí tem 52 e não 64 kkkkkkkk.
Abraços!
Tampouco estimula o futuro. X isso, Y aquilo, Z aqueloutro e na falta do que ler sobre o csa, recorrer à página do maior e melhor de MG pra que não se esqueçam de sua pessoa e também do processo falimentar do vosso e quase extinto timinho que não sobreviveu e nem pode comemorar o centenário na elite.
Sigamos!!!
O verdadeiro anfitrião do espaço, que é o Galo, sempre de portas abertas ao desabafo. Afinal, lá não seria lido, assim como cá.
Tb fui ao Mineirão, um pouco mais velho (morava em Araxá), creio que com 10 anos pra ver o time que o papai me doutrinava (acredite, o Flamerda, que tinha Garrincha). Foi marcante esse meu primeiro contato com a Massa. O empate, em dois gols, deixou o então menino encantado. Não sou Atleticano de berço, mas de amor à primeira vista. Depois tive outras evangelizações, notadamente de um falecido cunhado - que a cada conquista reverencio (Fausto Barbosa de Paiva) - me conduzindo tem mais de meio século. Amém!
O primeiro jogo, o primeiro gol, o primeiro título (ainda que pelo rádio) a gente nunca esquece.
E, consequência disso, a coleção de amiGalos que a vida me proporciona a cada novo dia.
Sigamos, ainda que provocados, festejando nossa Atleticanidade. Desse time amado e querido, agora monotítulo da Super Caça Níquel Copa da cbf.
Bom dia,
Como hoje fizeram me lembrar da minha primeira ida ao Mineirão, relato que não foi das melhores, aos 5 anos (pela diferença de idade minha aos senhores , indico mesma época), minha fascinação na época foi com a charanga e minha desilusão foi com uma briga generalizada que aconteceu entre as torcidas de Atlético e Cruzeiro ao meu redor, onde fez meu pai só permitir meu retorno ao Mineirão depois de grande.
A insanidade das torcidas organizadas vence e prolifera por gerações.
Mas naquela época eu já era Galo sem pestanejar.
O Galo pagou 170 mil a Jaeci Carvalho? Isso é verdade? Por que me custa acreditar que alguém em sã consciência faria isso sem qualquer contrapartida. Hora de apurar, e se de fato aconteceu, punir quem fez isso. Cadê o Conselho???
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Parabéns ao Sérgio Coelho e ao Ricardo Guimarães pelas declarações. Não vão conseguir tumultuar.... O sucesso do Galo vai continuar incomodando. Atura ou surta.
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Não é hora de EGO dentro do Galo. Ninguém é maior que o clube. Nenhum ex presidente pode ter vaidade de querer ser o maior, ele precisa torcer para que o próximo seja, assim o clube sempre será vitorioso.
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GANHAR É BOM, GANHAR DO FLAMENGO É MUITO MELHOR. O EIXO AINA CHORA.
PREPARA O LOMBO, CAIBULOSAS, TÁ CHEGANDO A HORA DE VCS.
Bom dia!!!
É, Eduardo, foi uma grande partida de futebol e a conquista, pelo Caneco, materializa a "Profecia de Menin" que disse em 2020 que o Galo seria um dos principais protagonistas do futebol brasileiro em curto e médio prazo.
Quando o senhor Rubens Menin disse isso lá atrás, eu fiquei reticente e até certo ponto descrente da previsão.
Era recente ainda o revés de Afogados que, penso assim, marca um divisor de águas na história do Atlético. Afogados pode ser visto como o fundo do poço atleticano, seja porque não havia mais time, seja porque não havia mais dinheiro.
Naquele início de ano turbulento de 2020, o ex-presidente Sette Câmara, em desespero, segundo confidenciou em live no Canal do Breno Galante, procurou o senhor Rubens Menin que acreditou no Atlético e iniciou junto com os outros benfeitores o projeto que transformou o Galo da água para o vinho.
Sette Câmara, tanto criticado pela maioria de nós do Blog, e por mim muitas vezes, pela política do bom e barato implantada na formação dos times de sua gestão, deve ser lembrado, por gratidão da Massa, por ter iniciado a abertura o mar vermelho atleticano que terá possibilitado a chegada na terra prometida do futebol, que seria um tempo do protagonismo pelos triunfos em cima dos rivais e conquistas de títulos, canecos e taças.
Então, valeu demais, ex-presidente Sette Câmara!!! Muito obrigado e desculpe aí pelas críticas ácidas que lhe cheguei a fazer aqui no Canto do Galo!!!
Vamo que vamo!!!