Tive, finalmente, a chance que todo Atleticano sempre quis. Encontrar o José Roberto Wright e dar nele aquela “porrada” com a qual sonhamos desde o episódio do jogo com o Flamengo em 1981. Acabei não realizando o meu desejo, não pelo tamanho dele, mas por respeito à sua idade e à minha, agravadas com as limitações e sequelas que o tempo nos brinda. De qualquer maneira, na conversa, civilizada, deixei registrado nosso descontentamento e que o fato jamais será esquecido ou perdoado.
Enfim, passo a dividir com o caro leitor minha prosa com o Wright, numa das confortáveis salas da CBF e onde o Atleticano sente toda conspiração contra o nosso time do coração. Frequento a sede sempre que vou ao Rio de Janeiro, e em todas as ocasiões deixo lá meu protesto e indignação com o amplo histórico de “erros”, “equívocos”, “interpretação da regra”, indiscriminadamente em desfavor do Galo.
Contando com a paciência e compreensão de dois bons amigos – Sérgio Correa e Cláudio Freitas (ambos da arbitragem) – consigo deixar registrado nossa desconfiança. Eles, evidentemente, não concordam e eu também não cedo nas cobranças. Dito isso, vamos ao que interessa. A resenha foi recheada de momentos de contestações entre ele e eu, mas com a cortesia que, como disse, a idade – principalmente a dele – sugere.
De cara, sem titubear, depois de esperar por 35 anos por esse momento, mineiramente perguntei ao ex-árbitro as razões daquela tragédia no Serra Dourada. Ele, cariocamente, afirmou que o clima era muito tenso. Seria a primeira grande decisão entre os dois clubes depois do contestado título brasileiro do ano anterior em jogo apitado pelo Aragão. Na verdade, era a terceira partida, mas – tudo bem – a primeira que decidia vaga.
Segundo Wright, o ex-presidente do Galo Elias Kalil foi o grande responsável pelos fatos. O Galo teria entrado em campo “pilhado” por declarações do então mandatário Atleticano. “Aquela decisão do Brasileiro do ano anterior ferveu por meses. O presidente do Atlético não teve tranquilidade para preparar o seu grupo. Eram dois excelentes times, com grande equilíbrio. Aquela partida era matar ou morrer. Até os 35 minutos de jogo, o clima era tenso e com entradas duras das duas partes. Daí, chamei os capitães, Zico e Chicão, e avisei que no primeiro lance duro expulsaria o jogador”.
No que o blogueiro, em defesa do Galo e do Reinado (o primeiro a ser expulso) questionou o lance e ainda comentei que já vi a jogada milhares de vezes. Foi nosso primeiro embate. Ele afirmou que o Rei calçou o Zico por trás. Continuei contestando e então argumentou que o Nunes – 20 anos depois – afirmou que Reinaldo disse dentro de campo, para quem quisesse ouvir, “duvido que ele faça isso”. Tudo bem, nunca soube dessa declaração do Nunes e penso que, depois de todo esse tempo, não mereceria crédito, uma vez que foi dita por um adversário.
Seguimos então para a exclusão do Éder Aleixo. O lance não mostra absolutamente nada que justifique a reação do árbitro. Entretanto, José Roberto Wright afirma que o “bomba santa” teria dito “VTC”. Daí pra frente, até não podemos mais polemizar, diante do quadro e do clima, outras duas expulsões (Palhinha e Chicão) até que o goleiro João Leite simulou contusão e também foi expulso colocando fim no jogo. Antes de toda essa confusão, houve um lance grotesco de um zagueiro flamenguista que merecia ter recebido cartão vermelho. Ele confessa que “errou” e só sentiu a gravidade do lance depois, ao ver pela TV. Sobre uma eventual penalidade, em que o zagueiro Figueiredo teria colocado a mão na bola, ele não entendeu lance para ser anotado.
Outros dois temas abordei com o ex-árbitro. Corre à “boca miúda” que ele teria ido do Rio de Janeiro para Goiânia no mesmo voo da delegação rubro-negra. Segundo ele, pela distância de tempo daquela época até hoje, não tem esse registro. Não nega, mas afirma que – se ocorreu – em nada teria influenciado. “Naquela época eram poucas as opções de voo e sempre encontrei com delegações em aeroportos, inclusive do Galo”, disse.
O outro assunto foi uma entrevista ao Jorge Kajuru, em que ele afirmou que, se quisesse se candidatar ao Senado por Minas Gerais poderia ser eleito, como lhe assegurou o ex-presidente de outro time mineiro que atualmente é um senador biônico (sem voto), pois teria os votos dos torcedores do seu time. Atribuiu à resposta a uma brincadeira, sem a intenção de ofender os Atleticanos, registrando que é amigo pessoal do parlamentar mineiro.
Ao final, mais descontraídos (confesso que continuava querendo dar nele uma bordoada), deixei registrado que em minha lista de algozes tinha Carlos Eugênio Simon em segundo lugar, seguido – alternadamente – por outros de menor visibilidade. Até listei alguns e ele rindo, constatou que o primeiro seria ele próprio. Como estava mais leve nosso encontro naquela altura, completei dizendo que, a partir da nossa conversa, Simon assumiria a pole position, uma vez que o infeliz gaúcho – ao contrário do Wright – preferiu me chamar de “velho e gagá” ao invés de explicar a sua “borrada”.
Registrei ao José Roberto que as novas gerações também nutrem por ele o mesmo ódio que demonstrei, até porque todos já assistiram aos lances da partida e mesmo a entrevista dele ao Kajuru, por quem Wright fez questão de registrar sua admiração. As duas imagens estão na página deste blog no Facebook. Republiquei ambas na sexta-feira passada.
Antes de encerrar nossa resenha, ainda comentei com ele – e na presença de muitos próceres da arbitragem nacional – episódios que vêm desde 1977 (decisão com o São Paulo), depois com o Flamengo; o próprio jogo que ele foi protagonista; 1999, na decisão com o Corinthians e apitada por um mineiro; os erros “estranhos” de 2012, 2015 e do atual campeonato, todos sustentadores da nossa eterna desconfiança. Wright, sutilmente, disse que só poderia falar sobre o fato que envolve o seu nome.
Ao final, feitas as poses para as fotos e em respeito à nossa longevidade, a cordialidade prevaleceu, mas registrei novamente a ele que tinha vontade era de dar um bofetão. Antes das despedidas, ele provocou a continuidade do assunto. “Certa ocasião em Búzios, um cara chegou perto de mim e perguntou, você é o Wright? Queria te dar uma porrada, mas você é muito grande e forte”. Ato contínuo disse a ele que esse era também o meu desejo e só não faria isso pela sua idade, que é ainda mais avançada do que a minha, mas o desejo permanece. Segundo ele, ainda em Búzios, esteve com o então presidente Elias Kalil, que estava acompanhado do Bebeto de Freitas. “Esperei que dissesse alguma coisa, mas não falou nada”.
Ah! Deixei com ele o livrinho, assinado pelo Fidel do Galo, que retrata todo nosso sentimento com o “apito amigo”.
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Ele é ladrão mesmo.Tem um vídeo no YouTube dele roubando um supermercado lá no Rio de janeiro.
Caro, com todo respeito, o vídeo é fake. O fato não aconteceu com ele, tendo sido maldosamente atribuído. Também não o aprecio, mas isso não me autoriza a usar de fake para ataca-lo.
Pois é! E hoje ele está aí, na CBF, no Rio, torcedor do Flamengo e recebendo salário da Globo.
VTNC....ENTREVISTAR ESTE BABACA.....SE EM UMA OPORTUNIDADE DE DA LHE UMA PORRADA , NÃO PENSAVA DUAS VEZES...NÃO DAVA NEM A CHANCE DE APARECER ... VAI SE ...
Perdi meu tempo lendo esta entrevista no melhor estilo "Bem Amigos". Porque não publicou a entrevista na íntegra??? Imagina um judeu entrevistando Hitler e amenizando, fazendo da entrevista uma conversa de botequim entre amigos só porque o Hitler tá velhinho... Nunca mais leio este blog
Diga pro ..........., que o time dele pode ter entregue o campeonato para o Palmeiras, pois o flamengo perdeu para eles no 1º turno e empatou no 2º turno. O Galo não, ainda estamos vivos na competição e vamos buscar o título.
O Palmeiras vai perder ponto para o Internacional, vai perder para o Galo e vai perder alguns pontinhos pelo resto do caminho.
Seremos Campeões!!!
Esse cara nao merece nem a nossa raiva. Os fatos nao podem ser esquecidos, mas ele era so um personagem atuando no compasso de quem ditava as regras... ou seja, um nada.
Lamentável você perder tempo e colocar este marginal no seu blog. Meu ódio por ele só diminuirá no dia que eu ou algum Atleticano dar uma porrada na cara deste babaca.
Encontrei com esse senhor em 2011 no shopping Leblon. Proferí tudo aquilo que os atleticanos gostariam de dizer a ele. Estavam eu e mais 3 amigos. O Wright estava com a esposa e a filha. Um amigo falou uma coisa bem baixinho com ele e este vagabundo ao invés de se resignar, nos chamou de mineirinhos imbecís. Daí pra lá foi só xingamento. Ladrão, safado! Flamenguista fdp!
Ao Carlão. Melhor texto que já li sobre essa ladainha de reclamar de juiz. Meus parabéns! Precisamos de mais atleticanos como você. Saber perder e saber ganhar é o que diferencia os grandes dos pequenos.
Obrigado prezado.
Acho que quando nossa torcida conseguir desatrelar nossos resultados, ou os resultados de qualquer time, à atuações tendenciosas da arbitragem, teremos uma instituição muito mais forte e um Galão ainda maior.
"Luto" principalmente, para que os jovens alvi-negros não cresçam com essa mentalidade apequenada.
Bica eles!
O cara diz que não se lembra de ter viajado com delegação do Flamengo? Então precisa fazer teste de sanidade mental e a CBF mandar embora. Dizem ainda que ficou no mesmo hotel da delegação do FLA. Não tem desculpas. Prejudicou o Galo e nunca assumiu isso. Acho que toda a verdade virá a tona somente após seu passamento.