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Bom jogo, grande vitória e elevador subindo…

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Por Paulo Silva

Pela manhã, eu dediquei por antecipação a todas as mães a vitória do Galo lá no Paraná, diante do xará genérico.

Pois é, não deu outra. Ter um time confiável dá-nos essa possibilidade de profetizar. E foi uma previsão que desafiou as circunstâncias em que o time do Galo estava envolvido desde a última semana, mas, como disse o Apóstolo Paulo, devemos deixar para trás as coisas que lá ficam e partirmos firmes para o alvo. E o nosso alvo já foi definido. Temos em nossa mira os primeiros lugares do BR18 e a Copa do Brasil. E é para isso que jogaremos doravante.

E foi assim, partindo firme para o alvo, que o Galo entrou em campo. Tiago Larghi escalou os mesmos jogadores que vêm atuando nos últimos jogos. O time teria que enfrentar – além do adversário – o gramado sintético que muda totalmente as características do jogo, devido à velocidade que impõe à bola. O Galo entrou em campo um pouco disperso e nervoso e foi amplamente dominado pelo adversário. Gustavo Blanco foi amarelado logo aos cinco minutos, numa jogada incompreensivelmente violenta e teve sorte de não ter sido expulso. O Atlético Paranaense tocava a bola com tranquilidade e envolvia todo o time do Galo sem dar chances sequer de um contra-ataque, e aos trinta e um minutos saiu o gol paranaense, depois que o Victor, um dos melhores em campo, fez pelo menos três grandes defesas.

Ainda no primeiro tempo, Thiago Larghi substituiu o Luan e o Otero e colocou em campo o Cazares e o Elias.

O segundo tempo começou como se o Galo tivesse trocado todo o time no intervalo. E na realidade trocou, não o time, mas a postura dos jogadores. Mais organizado, foi para cima do adversário, invertendo completamente a ordem na partida e logo igualou o placar. A partir daí, o time paranaense se perdeu em campo. O Galo dominou por completo todo o segundo tempo e a tônica do jogo foi a quantidade de oportunidades de gols desperdiçadas. Ricardo Oliveira em duas vezes seguidas chegou à frente do goleiro e não soube finalizar. Cazares, Roger Guedes e até Gualdezani tiveram boas chances e desperdiçaram. O domínio era absoluto. As poucas vezes que o Atlético Paranaense chegou ao gol do Galo, foram bem controladas pela defesa atleticana e o Victor fez o resto.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Apesar de o gol paranaense ter saído em lance onde Bremer vacilou e não saltou para interceptar a cobrança de escanteio, ele esteve bem no jogo e formou uma boa dupla com Gabriel. Aos oito minutos do segundo tempo, Bremer se redimiu, marcando o primeiro gol do Galo, de cabeça, após escanteio cobrado por Cazares. Depois de se acalmar, Blanco fez um jogo regular ao lado de Adilson. Os laterais jogaram com simplicidade, ajudando na defesa e descendo pouco ao ataque.

Os destaques foram Ricardo Oliveira, pela quantidade de chances de gols desperdiçadas; Cazares, que mudou o ritmo do jogo a favor do Galo; e Róger Guedes, que no segundo tempo fez uma partida impecável e foi, sem dúvida, o melhor em campo. O segundo gol do Galo marcado por Guedes, aos dezenove minutos do segundo tempo, foi uma obra de quem está a cada dia adquirindo mais confiança e ousando em jogadas diferenciadas. Aproveitando uma má saída de bola do goleiro Santos, cabeceou de fora da área, colocando a bola bem no canto do gol. Belíssimo gol.

O resultado, como toda vitória, foi excelente para o Atlético. Foi a primeira fora de casa e deixou o Galo na terceira posição na tabela, com os mesmos dez pontos do primeiro e segundo colocados, perdendo no critério de desempate por saldo de gols. O elevador está subindo e o Galo bem confortável lá dentro.

Foi assim a jornada em Curitiba. E como diria Geraldo Vandré, quem sabe faz a hora, não espera acontecer. E foi lutando com garra e inteligência, que a hora foi feita em Curitiba e o será novamente em Chapecó, onde está o nosso próximo alvo.

Nota do blogueiro: o atraso no post de hoje se deve à falhas da tecnologia. Não foi a primeira vez que ela nos deixa na mão, nem será a última. Coisas da modernidade.

Blogueiro

View Comments

  • Tivemos uma BELA VITÓRIA ontem, mas ainda continuo achando o Larghi um BOM INTERINO. Acredito eu que se realmente for confirmado Cuca pós copa do mundo ai sim: com a experiência do Cuca com a garra de Thiago Larghi podemos esperar FUTUROS PROMÍSSORES; com certezas SEREMOS CAMPEÕES DE QUASE TUDO !!!

  • Li vários comentários e acho q precisamos sermos justos com o Otero, tem errado,fomeado, mas o 2o escanteio foi na medida e só não saiu gol por mérito dele num momento sinistro da partida, por um milagre do goleiro à queima roupa

  • Boa tarde turma! Quando o Galo tomou o primeiro gol tenho certeza que os cornetas de plantão já estavam prontos para criticar o planejamento do Galo que poupou os titulares no jogo contra o SL. Mas no segundo tempo foi nítido o efeito da decisão no desempenho dos jogadores. O Galo estava inteiro e foi muito superior ao adversário, o que trouxe a vitória. Vamu Galo!

  • Excelente vitória e excelente resultado do Galo!

    Prefiro exaltar a superação no jogo do que criticar o apagão inicial. Mostrando que nosso técnico está crescendo, juntamente com o time. Excelente. E mostra que o peso das palavras do presidente deixaram sim o time nervoso. Trabalhe mais e fale menos presidente, já que futebol não é sua área.

    Minhas críticas ficam em parte pela torcida. Já tem gente pedindo a cabeça do Luan. Meu Deus. O cara tá jogando fora de posição. Na sua posição de origem, jogando pela direita e auxiliando o Patrick, é um monstro. Titularíssimo nesse time do Galo. Já se esqueceram do futebol dele do início do ano?

    E essas indisciplinas dos jogadores do galo claramente mostram falta de comando, mais claramente de um diretor de futebol presente. Mas esse aí eu nem vou cobrar, afinal não temos mesmo. Difícil não vir aqui uma única vez e não criticar esse sujeito. Mas bola pra frente.

    Meu time ideal pra quarta: Victor; Patrick (só tem ele) Bremmer, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Blanco e Cazares; Luan, Guedes e Pastor.

    Vamuuuuu Galoooooo!!

  • Péssimo jogo no primeiro tempo, se não fosse o Vitor entraríamos no segundo tempo perdendo de dois ou mais. Bom jogo no segundo tempo porque vencemos. Na verdade foi um jogo razoável porque continuamos a perder gols praticamente feitos. Perder gol faz parte do jogo, agora, perder três gols feitos... só não fizeram falta porque o time paranaense já estava capenga e não oferecia mais riscos.

  • Tá melhorando. Vamos que vamos. Guedes deve ter ouvido algumas palavras da boca de alguém que o fizeram mudar sua postura. Ricardo Oliveira deve estar ficando cego pra perder tantos gols, melhor ir num oculista, ou sem brincadeiras, treinar mais. Bem mais. De resto, como disse, está melhorando. Galo.

  • Pois é, caro Paulo, se o Ricardo Oliveira continuar perdendo gols assim, na copa do Brasil, sei não.
    Ninguém está importando porque ganhamos, queria ver se eles tivessem feito um gol, no finalzinho, e empatado o jogo.

    • Pois é Genival, boa tarde. Foi assim contra o Vasco e o São Paulo. Desperdiçaram chances de gol e levaram de troco. Não sei se precisam treinar finalizações, afinal, RO já tem trinta e sete anos. Vai aprender mais o quê?

  • Boa tarde amigos do Galo. Grande vitória, realmente o individualismo precisa ser corrigido, o Ricardo Oliveira em um dia atípico errou gols que normalmente não erra. Acho que o time está demorando a se recompor deixando a defesa muito exposta, principalmente do lado do Patrik. O Galo precisa de um Lateral direito para jogar . O Gabriel continua inseguro, chegando atrasado nas jogadas e tentando sair jogando, ele não em qualidade para isto.

  • Boa tarde, Eduardo. Você deve me achar muito pessimista, mas enquanto erros banais estiverem acontecendo, eu fico muito pé atrás com nosso time. Você já reparou que em geral são adversários que sempre abrem o placar? Qual a explicação possível? Defesa fraca e mal posicionada? Você reparou que o jogador do genérico marcou um gol de cabeça estando sozinho entre 6 jogadores do Galo? Se fosse uma vez ou outra, vá lá, mas é sempre assim, falhas banais. Reparou também que sempre o ataque do Galo quase faz um monte de gols? Fica sempre no quase. O que poderia explicar isso? Falta de jogadas ensaiadas? Falta de treino de finalização? Excesso de individualismo dos atacantes? Quando o Galo deixar de ser o time do quase ganhou, do quase goleou, do quase foi campeão, aí eu deixo de ser pessimista. E a gente tem que ficar apontando estas falhas que vem de décadas para ver se o time um dia melhore. Até quarta e abraço a todos AmiGalos.

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