Tão logo mensagens de um seleto grupo de Whatsapp em torno do Galo começaram a chegar fiquei até altas horas me deliciando com o que recebia. Postagens e fotos do Ribas, Lobo Mauro e Todynho, entre tantas outras, emocionaram o blogueiro e me motivaram, na tarde de ontem, a um longo papo com o pecuarista Dely, uma figuraça, daquelas de ordenhar vacas, e sua simpática filha, Tânia Mara de Sá Ferreira, residente no Rio de Janeiro já por mais de uma década. Exatos 13 anos, lembrando que 13 é Galo!
Durante nosso papo, por telefone, e a exemplo do que aconteceu com outros Atleticanos que venho descobrindo e mostrando aqui neste nosso espaço, choramos, ele de lá, e eu de cá. Seu Dely seguiu praticamente a mesma trajetória que o blogueiro. Ele, com um pouco mais de idade – está com 65 anos –, assistiu a uma partida do Galo pela primeira num jogo com o Siderúrgica.
De lá para cá, foram incontáveis as vezes que saiu de jipe ou de rural, percorrendo 80 quilômetros de terra, para vir ao Mineirão. Ele relembra que quando a rural atingia 40 km por hora, o volante vibrava, assim como a massa Atleticana faz o salão de festas balançar. Ressalta que é do tempo de Jota Júnior na Rádio Inconfidência, segundo ele um grande narrador.
Se aquelas viagens, que se tornaram rotina a partir de 1977 duravam cerca de cinco ou mais horas, sua ida ao Rio foi uma verdadeira maratona. Uma hora de Santa Maria de Itabira até a cidade de Itabira e mais 11 horas de lá para a capital carioca, passando e parando por inúmeras cidades do interior de Minas Gerais. “Passei em Ponte Nova, terra do nosso Rei”. Sua presença foi a convite da filha, fisioterapeuta formada lá mesmo, que desde 2013 – na campanha da Libertadores – aderiu à CarioGalo.
Entre as histórias de seu Dely, destaco que certa vez voltando de Belo Horizonte, depois de um jogo do Galo – ele e seu pai – chegaram em casa com a segunda-feira já amanhecendo. Uma sua irmã acendia o fogão de lenha para passar o café, quando ele entrou com uma bandeira do Galo e a lançou sobre ela, que, incontinenti, reagiu com uma “lenhada” nas suas costas. Outra: naquela decisão por penalidades com o São Paulo, dormiu na arquibancada depois do jogo e custou a voltar pra casa. Depois desse jogo recebeu o apelido de “Toninho Cerezzo”, numa alusão de gozação ao erro na cobrança do volante Atleticano.
Lá no Rio de Janeiro, quando se encontrou com o Reinaldo, não se conteve. “Não aguentei, foi muita emoção. Era meu sonho conhecer o Rei.” A foto mostra o encontro do Torcedor e seu (nosso) ídolo, retratando a reação do hoje aposentado produtor rural. Ele viajou acompanhado de sua esposa Maria Zélia e do filho caçula, Túlio, todos – naturalmente – Atleticanos.
Por seu lado, a filha radicada naquela capital conta que a CarioGalo é uma família para ela e todos os Atleticanos que moram no Rio. Tânia contou que cresceu presenciando o pai colado no rádio como se estivesse na arquibancada e se emocionando a cada partida do Galo. O namorado dela, um carioca e torcedor do Vasco da Gama – segundo a própria – já tem um pé no Galo e não perde as partidas com os mineiros naquela cidade. Por fim, Tânia comemorou a oportunidade de proporcionar ao pai este momento mágico que só o Atleticano entende e sabe vivenciar.
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Obrigado a todos ,por este momento especial .Meu pai esta transbordando de felicidade.Abraços a todos.
Ahhhhh, que lindo do Seu Dely!!! Quanta simplicidade, quanta humildade e quanta paixão alvinegra. Esse domingo, de encontro com o Rei, foi de ensinamento pra todos nós atleticanos e de ratificação do nosso amor por esse time que só quem sente consegue perceber. Sou de uma outra geração que, infelizmente, não viu o Rei jogar, mas que se emociona toda vez que lê as crônicas do Roberto Drummond ou quando ouve as histórias como as do Sr. Dely.
Obrigada, Sr. Dely, por ter nos presenteado com isso. Obrigada, Taninha, por ter tido essa iniciativa e nos proporcionado conhecer a sua família! E obrigada tb ao meu saudoso pai, que me tornou atleticana e responsável por eu participar e viver tudo isso.
Parabéns pela excelente matéria, Eduardo.
Não cansamos de festejar esse momento emocionante, obrigadooo família #cariogalo, obrigada REInaldo por fazer jus à majestade que lhe foi, é, e será para sempre atribuído. Obrigada Tâninha e sr.Dely por nos presentear com sua emoção e linda família...
Permita-me pegar carona no seu comentário pra dizer que não conheci seu Dely pessoalmente - nossa conversa foi por telefone -, mas tanto ele quanto sua filha Tânia são apaixonantes. O Galo tem essa magia e nos permitir fazer novas e deliciosas amizades, ainda que à distância.
Impossível não se emocionar e me considero previlegiada por ter presenciado esse encontro e sentido na pele a emoção do Sr. Dely. Essa admiração, essa crença ... tudo isso simboliza o amor do atleticano nato. Sr.Dely simboliza todos nós que estamos com Galo nessa relação simbiótica, de alegria, raiva, luta, superação e amor ao Galão.
Parabéns por compartilhar essa história Eduardo. Abraços alvinegros!!!!
Querida, essa é a missão deste blog. Gaaalooo!
Foi realmente emocionante presenciar esta cena. Chorei junto com o Sr. Dely, pensei nas muitas alegrias que o Rei já proporcionou ao Galo e que ele pode vivenciar, pensei tb no meu pai, que me fez atleticana e nos muitos atleticanos que tb já choraram de emoção vendo esse expetacular jogador carregar no peito p escudo do Clube Atlético Mineiro. Foi pura emoção.
Fico muito feliz em ter participado deste momento com essa figuraça que é o senhor Dely e toda sua família. Todos que estavam presentes se emocionaram juntos e puderam compreender um pouco da paixão que é essa coisa louca chamada futebol. É fascinante ver que mesmo com toda as conturbações que passa o futebol brasileiro, é possível ainda observar a existência de uma personalidade representativa e unânime como a do ídolo REInaldo. Por isso digo, aqui não é simpatia, AQUI É GALO!!
Eu nunca vi o rei jogar pra galao da mass - maaas - pelas lagrimas do depy ao abraçar esse jesus que fala, esse rei dos reis, esse luz das luzes ... Fui tranportado para varias momentos incriveis e decisivas arraves da sua emoçao. Obrigado eduardo - obrigado rei - e ibrigado dely da massa : por immortalizar esse momento!
Sensacional!!! Meu tio Dely!!! Fiquei muito feliz por ele ter conhecido o Rei!!! Sei muito bem como ele é Galo demais!!! Já até imagino quem seja a irmã de quem ele mencionou!!!rsrs.. Valeu!!! E bica GALO!!!
Eduardo,
Foi ótimo conversar com você e ver nossa conversa tão bem transcrita no seu blog. Sensacional!
Ficamos emocionados e muito felizes com a homenagem.
ObriGALO pelo carinho e um forte abraço dos novos amigos atleticanos!
deveria se emocionar se tivesse um encontro real como o Rei dos reis, Jesus, isso sim seria emocionante
Caro, esse que você faz referência encontramos todos os dias. Gente, como o seu Dely e sua família e tantos outros, encontram com esse Jesus que fala.