A várzea ganhando espaço no profissionalismo

Para quem tem saudade do futebol varzeano, estamos repletos de situações que relembram aos tempos românticos do amadorismo. Falo sério, embora possa parecer ironia, mas tanto a cbf quanto a conmebol tem nos presenteado com situações que sugerem relembrar de tempos já vividos. Quando o futebol brasileiro, sul-americano e mundial não arrecadava tanto dinheiro quanto nos tempos recentes. Antes tivéssemos permanecido paralisados no tempo e no espaço.

Se o time do Galo tem viajado em aviões fretados, passa por situações constrangedoras e total falta de hospitalidade nos jogos em outras praças esportivas. Se antigamente juizinho que prejudicava o time tinha de sair do estádio escoltado, hoje esses caras saem pela porta da frente com ares de autoridade. Pior ainda, protegidos pelas entidades profissionais (cbf e conmebol) que permitem esses sujeitos amadores de apitar um jogo de futebol.

Ora, é preciso parar e reciclar tudo isso, não podemos mais – por exemplo (falo de Galo) – tolerar sujeitinhos como Claus e outros prejudicarem nosso time e as coisas seguirem sem uma reação enérgica. Esse moço, Daronco, irmãos Sampaio, Zé Pereira – como Wright, Simon, Aragão – deveriam prestar contas de seus erros que ocorreram e continuam ocorrendo em nome de eventuais equívocos. Ninguém erra ou errou tanto contra o Galo como esses e outros menos relevantes. Tinham de sair do estádio com escolta ou transformado (travestido) para evitar a reação legitima do enfurecido torcedor.

É molecagem o que esses traíras fazem e depois – impunemente – assumindo ou não o erro, seguirem sua vida normalmente como se tivessem imunidade para causar tanto prejuízo ao trabalho sério e jogar no lixo a lisura de um jogo ou campeonato. Ontem vi fragmentos da partida que o Huracán derrotou o famigerado Corinthians, e por algumas vezes o pé de um jogador levantado a meia altura foi paralisado como “pé alto”. Situação que, a meu juízo, passou despercebida propositalmente pelo juizinho e vargabundo na primeira rodada, determinando a derrota para o Grêmio. E a cbf ainda teve a cara de pau de isentar os dois responsáveis pela ação. Um gambá cheira o outro.

Some-se a essa indignação o que ocorreu com o Galo na partida pela Sul-americana lá no Peru. Assim como pela Copa do Brasil, na primeira fase da competição, os jogadores Atleticanos saíram do estádio sem tomar banho. Repetindo, embora ontem já tenha repercutido, faltou água no estádio peruano para o básico pós uma partida de futebol numa competição internacional. No caso doméstico, cbf, quando nosso time atuou com o Tocantinópolis essa mesma situação já causara desconforto. Fossem tão rigorosos como puniram o Galo sem público, organizadores e tribunais, os times tocantinense e peruano deveriam ser banidos das competições.

Afirmo, sem medo de errar, a cbf puniria exemplarmente se fosse contra times do eixo (Rio de Janeiro e São Paulo) – notadamente flamídia, Curintia. fluC, porcos – e a conmebol caso de argentinos os visitantes. É assim que funciona o esquema. Juízes duvidosos, organização das competições com times preferenciais aos títulos, tribunais seletivos a cada julgamento. Boris Casoy, um dos mais respeitados jornalistas de todos os tempos – hoje já octogenário – diria com ênfase “é uma vergonha”! Saudade do Partido Alto do inigualável Chico Buarque “pra correr atrás de bola e fugir da polícia. Um dia ainda sou notícia.” Essa gente não tem vergonha. Mataram o futebol raiz e implementaram normas do tudo é proibido, exceto juiz continuar errando – alguns deliberadamente – isso e aquilo e de acordo com a conveniência é permitido.

*imagens: arquivo do blog