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A desesperança nossa de cada dia

Foto: Bruno Cantini | Atlético

Tive a oportunidade de encontrar com vários Atleticanos, no sábado após o jogo e ontem durante todo o dia, constatando a quase generalizada apatia entre os Torcedores.

Muitos, diria que quase a totalidade – confesso que venho tentando resistir – querendo jogar a toalha até que fatos novos e que sacudam as estruturas da sede de Lourdes sinalizem nova direção. Não encontrei um único, entre centenas que conversei que defenda a política de “austeridade” tanto decantada pelo atual presidente.

Alguns, entre eles, demonstraram ler este blog e apoiaram a sugestão mencionada aqui ontem de transparência nas contratações desta temporada.

Afinal, foram 18 jogadores que chegaram à Cidade do Galo, sendo que a maioria deles de qualidade inferior aos mais de 20 que emprestamos para outros times brasileiros. Sugeri que se divulgassem valores de cada contratação, salários, vigência de contratos e até quais os agentes de cada um deles.

Se a diretoria não agir assim, conforme postado ontem, caberia ao Conselho Deliberativo pedir essa divulgação ou até mesmo uma auditoria externa para essa finalidade. Um, entre tantos que conversei, mencionou algo que merece reflexão. Isso vale para o Galo e todos os clubes brasileiros.

O exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal, que responsabiliza gestores públicos por eventuais prejuízos em suas ações, também deveria existir para os clubes uma legislação similar. Só assim, como aconteceu na administração pública, teríamos mais cautela com as contas dos nossos times.

Foto: Arquivo Pessoal

Entre tantos que conversei durante esse final de semana, destacaria três situações. Um casal, que encontrei no intervalo do jogo no Independência e que a pressão do momento me impediu em anotar os nomes, não escondia a decepção. Moradores da cidade de Jacutinga – mas nascidos em Três Pontas -, ambas no sul do Estado, vieram a Belo Horizonte na ilusão em ver uma grande partida do Galo. Decepção!

Outra, conheci por ser leitora do blog, veio de Curitiba. Marceli Cordeiro, paranaense de nascimento e com sotaque que não deixa duvida sobre sua identidade, enfrentou uma longa viagem de ônibus para acompanhar a partida.

Foram 14 horas de ida e outro tanto igual para voltar à capital do Paraná. Atleticana, desde os tempos de Eder e Reinaldo, lamentava ter de ficar mais de um dia (28 horas) dentro de um ônibus para ver um time sem brio e compromisso com o Torcedor.

Já o pequeno Rafael Vilela Mendes Oscar (7 anos, fazendo o segundo ano no Colégio Padre Eustáquio), que encontrei no Diamond Mall – com sua mãe Danielli Dias -, em sua ingenuidade ainda carrega o orgulho de vestir a camisa preta e branca pelas ruas da cidade.

Ele me contou que “a minha paixão começou em 2016, quando vi uma vitória em cima do rival mineiro. Acompanho o Galo pela TV, rádio e internet, mas ir ao campo é incrível. Acho muito legal ver os jogos, mas às vezes não é fácil como foi no sábado.

Mas o meu amor é grande demais”. É emocionante ouvir um relato assim, nem esse time que faz sentir saudade de Mexerica e Bilu, consegue abalar a nossa fé. Se eles não tinham técnica, sobrava raça e comprometimento.

Foto: Arquivo Pessoal

“Galo, mostre a sua cara! Quero ver quem paga pra gente ficar assim. Galo, qual é o teu negócio. O nome do seu sócio confie em mim”. Esse ensaio de paródia é dividido por Atleticanos de muitos matizes – como diria Alberto MTC – desde os “verdadeiros” e que andam sumidos daqui até os mais azedos e incrédulos Torcedores reclamões. Afinal, esse time atual tem dado razões de sobra para ser cobrados.

Vejamos, depois daquela goleada surpreendente sobre o Sport Recife por 5 a 2, qual foi o desempenho deste time Atleticano. Em cinco jogos, ou seja, 15 pontos possíveis, ganhamos apenas um único ponto. Foi no empate sem gols com o América, na condição de mandante e com quase cem por cento de Torcida Atleticana no Horto.

As quatro derrotas, todas impregnadas de vexame, foram para a quase rebaixada Chapecoense, o instável Fluminense, o pequeno Ceará e o abalado Grêmio. Tomamos cinco gols e marcamos um mísero tento na derrota para os cearenses.

Levir, agora acumula três derrotas em igual número de jogos, insistindo em dizer que não conhece o elenco. Valha-me! Me pego agora ao histórico e passado. Cuca, em 2011, assumiu e acumulou seguidas derrotas e no ano seguinte fez esse time crescer e orgulhar a Massa. Será que o raio vai cair no mesmo lugar? Eu não acredito!

Blogueiro

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  • COMO JÁ DITO ANTERIORMENTE SÓ UMA LAVA JATO PARA EXPOR OS SUBTERRÂNEOS DO GALO.
    COMEÇANDO PELA FRACASSADA CATEGORIA DE BASE CONTROLADA POR EMPRESÁRIOS.

  • Boa noite Massa Alvinegra!
    Só para não fechar o dia sem o meu mantra cotidiano diário do dia a dia:
    - PelamordeDeus....Elias nãããããããããõooooooooo........
    Saudações alvinegras.

  • Um dos comentaristas do blog disse que a situação vivida em 2011 e 2014 se deu ao Cuca e não ao Kalil. Puro engano companheiro, temos que agradecer ao ousado Kalil, que como time grande tratou o clube. Fez contrações de nível, veio Cuca, cobrou o elenco, veio Ronaldinho, Victor e o resto é história que todos já sabemos, títulos. Infelizmente não temos presidente competente, ousado. Jogadores estão acomodados não acreditam no presidente. Temos um amador na direção do clube.

    • Concordo, o Kalil estava sempre no campo, acompanhava os treinos e cobrava os jogadores a todo momento. Volta Kalil.

  • Senhores,
    Tem razão a primeira mensagem do dia ao citar a sequencia de derrotas de Cuca no início do seu trabalho, antes de encontrar a grande Equipe formada na ocasião. Para Levir, está sendo pior pelo desconhecimento dele com relação às últimas coisas que aconteceram no Galo, e por pegar uma barca furada causada pelo Alexandre Tadeu. Outra coisa relevante é a PÉSSIMA situação deixada pela Diretoria passada, que NINGUÉM da atual Direção se atreve a falar. Por quê ?

  • Boa tarde amigos do Galo.Apesar do Fábio Santos, do Ricardo Oliveira e do Elias, aAcredito no trabalho do Levir, ele vai fazer este grupo render mais, vamos conseguir a vaga para a Libertadores.

  • insistência com os fracassados, LEONADO SILVA,FABIO SANTOS,ELIAS,CAZARES E RICARDO OLIVEIRA, TRITE galo.

  • Pois é... quem pensa que o sucesso de 2011 a 2014 deveu-se ao Kalil, engana-se. Deveu-se ao CUCA. Kalil deu sorte de o Cuca estar livre, só isso. Depois, cismaram com o cara por causa do Mundial, e o resto é história.
    Levir já está demorando muito. O que ele pensa? Que vai recuperar Fabio Santos, Ricardo Oliveira, Cazares, Galdezani, Therans, Leandrinho, Nathan, Luan, Elias... ?! Não vai mesmo. É dispensar essa turma, e começar de novo. Mas agora, fazendo certo.

    Vamos, Levir. Quem sabe faz a hora...

    • Prezado ITA em 2011 nosso Diretor de futebol era nada mais nada menos que nosso saudoso Eduardo Maluf o melhor diretor de futebol do Brasil

  • Realmente alguem comentou que a gente até perdeu a vontade de comentar.
    Tá dificil.
    Eu ja começo a pensar em qual cerveja artesanal é a melhor.
    Se é melhor assistir este filme ou aquele.
    Ou seja: tudo menos futebol.
    Reage Galoooooo.
    2019 time todo novo: 100 %.
    Até Luanzinho meu ídolo . Chega.

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