Na raça e no grito do “eu acredito”

Uma partida gigante, frente ao último campeão da Libertadores. Assim, como na Copa do Brasil e contra o também último campeão, o Galo se impôs e assegurou vaga nas semifinais. Agora são duas frentes, em ambas semifinalistas e a cada classificação se credenciando aos títulos. Se semanas atrás vitimizamos o tricolor paulista, ontem foi o tricolor carioca, cantados em verso e prosa pela mídia do eixo que eliminariam o Galo. Hoje e amanhã, quinta e sexta, é para comemorar e festejar muito a trapaça que aprontamos com essa gente arrogante.

Já no sábado, possivelmente com time alternativo, pegar outro paulista pelo Brasileiro. Os porcos brigam por aquele título que está, diferente do ano passado, cada rodada mais próximo do Botafogo (que também avançou na LA). O Galo, nessa competição – BR – e por segurança, briga pelos Gs classificatórios. Depois da vitória maiúscula de ontem, espero que os negativistas injetem animo e dediquem sua fé e confiança no time. Tudo pode acontecer, até perder, o que não vai alterar minha devoção e Atleticanidade.

Pois que, ontem, como prevíamos tudo conspirou em favor do Galo. No melhor e conhecido roteiro, mas com uma indiscutível determinação dos jogadores em campo e a Massa nas cadeiras, era questão de paciência. E em momento algum, o Atleticano esmoreceu. Tampouco o time em campo. Bem no início a penalidade perdida por Hulk não impediu que seguíssemos lutando em busca do resultado. O time não abalou e encerrou o primeiro tempo ainda com zero no placar, mas com 76% de posse de bola e 14 finalizações, contra apenas duas do time do goleiro Fábio – que cresce quando joga com o Galo – e do treinador dançarino Mano Menezes. Ao final do jogo foram 67% de posse de bola, 25 chutes sendo sete ao gol, contra três e nada do fluC.

Quis o destino, que o contestado Bernard ao final do primeiro tempo – contundido -, deixasse o gramado e fosse substituído pelo predestinado Deyverson. Seguimos ousados e em busca dos gols. Se no primeiro tempo, além da penalidade perdida, acertamos a trave e tivemos bola quase na rede desviada – casualmente – por zagueiro, na parte final no mínimo três gols feitos esperdiçados. Paulinho duas vezes, ele e o goleiro, não conseguiu marcar. Que fase! Precisa conversar com seus orixás e tirar essa zica. Mas Deyverson aliviou a barra dos dois artilheiros, marcando duas vezes os gols 100 e 101 que o lá de costas nunca conseguiu evitar. Vou reconsiderando críticas que fiz ao jogador, mas ainda falta muito para chama-lo de Deivinho. Conquistar a Libertadores pode favorecer nesse caso.

Sem estender, até porque quero andar pela Cidade do Galo, curtir a emoção desse momento maravilhoso. Aproveito para, mais uma vez, chamar o Torcedor a fazer sua parte nos jogos das semifinais. Nas duas competições – CB e LA – a primeira partida será com mando nosso. Fundamental encaminhar as vagas para os confrontos decisivos no campo dos dois adversários – Vasco e River Plate – para avançar à final de cada Copa. É importantíssima nossa presença nas partidas em casa, para – assim como hoje numa simbiose perfeita – levar o time ao resultado. A torcida brilhou e incentivou antes, durante e depois fez a festa. Quando a Massa se une e os jogadores respondem, como fizeram ontem, sempre podemos esperar pelo melhor.

Em tempo: para fechar esse post comemorativo, três pitacos. Fui ver parte do jogo nas cadeiras, impossível, pela falta de civilidade de alguns que prejudicam quem está ao lado, ou atrás. Fumantes! Ao que sei, em ambiente como arquibancada, a proibição é lei. Assistir em pé. Outra tragédia. Parece que é cultural, me disseram isso, ficar com os pés no assento e obrigar todos a se levantarem. Finalmente a ação de torcedores marginais. É a terceira vez que nosso estádio é depredado por maus perdedores. Clássico local, Sport e agora o fluC. O Atleticano se notabiliza por saber perder, ainda que pela maracutaia da cbf/tv. Qual estádio de terceiros a Massa já destruiu. Vexame tricolor foi dentro e fora dos gramados. Bandidos travestidos de torcedores.

*imagens: 1) Redes sociais; 2) Pedro Souza/Atlético