por Marcelo Seabra
Depois de 10 anos de Universo Marvel nas telonas, era de se esperar algo grande. E os estúdios entregaram algo gigantesco. Surreal até para quem cresceu lendo os quadrinhos e imaginava um encontro massivo. Mas não imaginava o que vemos em Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War, 2018). Gostando-se ou não do resultado, uma coisa é certa: é muito divertido ver todos esses personagens juntos, e conseguiram um bom motivo para reuni-los.
Desde o primeiro filme dos heróis, de 2012, sabemos que Thanos (Josh Brolin) é a ameaça-mor. E iria chegar o momento de enfrentá-lo. A sábia jogada da Marvel foi estabelecer tudo antes, seguindo num crescendo até que as coisas tomassem essa proporção. Com muito dinheiro em caixa, daria para ir à loucura, bancando elenco e efeitos especiais. E é isso que temos em Guerra Infinita: ótimos recursos visuais e a união dos universos previamente apresentados.
Vindo do sucesso das duas aventuras-solo do Capitão América, os irmãos Russo estavam com a moral com os executivos. Ajuda muito o fato de ter entre os produtores os diretores de outros filmes relacionados, como Jon Favreau (Homem de Ferro) e James Gunn (Guardiões da Galáxia), além dos suspeitos de sempre (como Kevin Feige e Stan Lee). E os roteiristas mais uma vez são Christopher Markus e Stephen McFeely, de toda a trilogia do Capitão. Até a trilha sonora ficou nas mãos de um ótimo veterano da casa, Alan Silvestri. Ou seja: não temos marinheiros de primeira viagem.
Algo muito positivo sobre o filme que vai contra o que se podia esperar é a divisão de tempo entre os personagens: todos têm sua importância respeitada pelo roteiro e aparecem bastante. E a coerência do que foi montado nas histórias anteriores é mantida. Sabemos o que esperar dos personagens dentro das regras que foram estabelecidas. As dinâmicas entre aqueles que não se conheciam são interessantes e aproximam bem o Cinema dos quadrinhos, onde esse tipo de interação acontece o tempo todo. São duas horas e meia que passam correndo, sem que se perceba.
De onde os filmes haviam parado, temos um Steve Rogers (Chris Evans) renegado liderando parte dos ex-Vingadores, todos tão fora da lei quanto ele. Tony Stark (Robert Downey Jr.) segue na mídia como o herói do país, aparecido como ele só. Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) tenta pagar as contas, apesar de ser um mago poderoso. No espaço, temos Thor (Chris Hemsworth) acompanhando a nave asgardiana que leva seus últimos compatriotas, buscando um lugar seguro. Peter Quill (Chris Pratt) lidera os Guardiões da Galáxia tentando mesclar altruísmo e lucro. E Peter Parker (Tom Holland) leva uma vida pacata como um colegial que ocasionalmente salva o dia em sua vizinhança.
Esses são os núcleos principais de Guerra Infinita, que podem ou não se encontrar ao longo do filme. Thanos, a costura entre todos eles, é um vilão interessante – apesar de ser todo feito em computação gráfica. Suas razões são um pouco gratuitas, mas ele é bem inteligente, além de poderoso, e o filme honra essas características. E, como de costume, a Marvel deixa várias brechas para a próxima aventura. E não falta a cena escondida, ao final dos créditos.
Assistirei em breve.
O hype pra 2019 será só em vingadores, bem o que trailer podia sair no natal, mesmo que tenha cenas falsas(hulk lutando em wakanda e etc) como foi em guerra infinita, mas ainda será incrivel.
Show! Parabéns pelo conteúdo 😉