“Caro Dr. Douglas Amorim, sou casado, mas não tenho tido tesão pela minha esposa como antes. Ultimamente, apenas fantasias nada muito convencionais, como ménage à trois, cuckold, dogging, exibicionismo, luxúria, voyeurismo, sexo grupal, swing e outras, têm aguçado meu apetite sexual. Pergunto, portanto, se estou sofrendo de alguma doença relacionada à sexualidade. Outra pergunta, é a seguinte: já sugeri algumas dessas fantasias à minha companheira, mas, ficam apenas no campo da fantasia. Isso me incomoda muito pois, o sexo no casamento, é muito trivial e rotineiro. Peço sua ajuda, pois esse assunto tem me atrapalhado profundamente, inclusive no meu trabalho e em outras tarefas. Aliás, minha vida tem se tornado um suplício. Preciso do seu auxílio. Muito obrigado”.
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Resposta:
Querido leitor, a sexualidade humana é um dos terrenos mais complexos e exuberantes da mente humana. A possibilidade de práticas sexuais é enorme e, se forem feitas de forma consensual e equilibrada, podem trazer muita satisfação e prazer. Sabe qual o motivo de eu ter grifado a palavra “equilibrada”? A razão é muito simples. Para todos os setores da vida, necessitamos de limites. Tudo que for desmedido pode vir a trazer prejuízo de alguma forma. Se você gosta de vinho e bebe de forma desequilibrada, pode tornar-se alcoolista. Se você gosta do seu trabalho e passa nele, mais horas do que deveria, pode tornar-se um workaholic. Se aprecia demais o ato de comer e o faz desmedidamente, pode vir a tornar-se obeso. Portanto, como pode-se perceber, usualmente, o que dá prazer ao ser humano, pode destruí-lo se não for realizado com equilíbrio.
Veja o que relatou. Sexo está diretamente ligado ao prazer e, por consequência, aos desejos e fantasias. Entretanto, até mesmo essas fantasias sexuais precisam ter limites. Entre as práticas que mencionou, estão sexo grupal, troca de casais, sexo em lugares públicos e relações nas quais, um dos parceiros, assiste ao outro, fazendo sexo com um terceiro. Será que não há um exagero nisso? Penso que sim. Colocar na cabeça que só se terá prazer sexual com tais práticas é colocar o sexo num patamar praticamente inatingível pois, dificilmente, uma parceira irá topar todas essas formas de transa. E, mesmo até que topasse, depois de um certo tempo, isso se tornaria trivial pra você e novas tentativas, talvez até esdrúxulas, seriam necessárias. Sendo assim, você estaria se condenando a uma vida sexual inviável e que, ao invés de trazer prazer e alegria, traria tormento.
Sua esposa não topou nenhuma das suas propostas. Aliás, possivelmente esteja até um pouco assustada com tantas proposições diferentes. Ter algum fetiche ou fantasia, está dentro do esperado. Agora, conceber que só se terá prazer das formas como mencionou, é fazer uma leitura inadequada da sexualidade humana, no meu humilde modo de entender. Se você quisesse ter uma novidade sexual a cada relação, não poderia ter escolhido uma vida de casado, porque isso não tem como acontecer neste formato de relacionamento. Não tenho como dizer se você está sofrendo de algum Transtorno Sexual, porque não faço diagnósticos à distância. No entanto, posso convidá-lo a fazer algumas breves reflexões, como as que serão expostas em seguida.
Dicas pra você: pelo que entendi no seu relato, o “fio que costura” todas as práticas que mencionou é composto pela combinação novidade-adrenalina. Você mencionou que o tesão que sente hoje, por sua esposa, não é mais o mesmo. O que você achou que fosse acontecer? Que, depois de dez, vinte ou trinta anos de casado, você sentiria o mesmo tesão da época em que eram namorados? Que a frequência sexual de vocês seria a mesma para o resto da vida? Hora de acordar. Nossos corpos mudam, assim como os sentimentos e, isso não quer dizer que seja pra pior. Não adianta achar que depois de anos de casado, o sexo será permeado por frio na barriga e descobertas mirabolantes como foi no primeiro ano de namoro. O mesmo vale para ela. O que eu acho é que, muitas vezes, os casais se perdem sexualmente, por deixarem-se cair numa rotina aí sim, enfadonha. Transam sempre do mesmo jeito, muitos perdem a vaidade e tornam-se menos atraentes para seus parceiros, descuidam-se com roupas, do cabelo, do corpo etc.
Uma boa alternativa seria conversar com ela pra ver o que pode ser mudado entre vocês (sem necessidade do envolvimento com terceiros), a partir do que mencionei logo acima. Muitas vezes, com pequenas medidas, a qualidade do relacionamento sexual melhora e a satisfação volta a se fazer presente. Não creio que seja necessário propor coisas que são ultrajantes para sua parceira. Mas, também, é preciso que você entenda que, o sexo no casamento, sofre suas transformações e que, não necessariamente, precisa piorar. Por fim, conversar sobre sexo com a parceira (o), tem de ser tão natural quanto tratar de qualquer outro assunto. Por isso proponho que tenha uma conversa com ela nestes termos e que não fixe sua mente apenas nas práticas que abordou aqui.
Um abraço do
Douglas Amorim
Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade
Consultório: (31)3234-3244
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Instagram:@douglasamorimpsicologo
Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim
Boa noite , a um ano atrás eu trai minha esposa, somos um casal homoafetivo ,estávamos juntas a 7 anos,após traição ficamos separadas , mas c uns 8 a 9 meses d separação decidimos reatar e daí veio a notícia de que ela estava s relacionando c uma pessoa, durante tempo q ficamos separadas , ela teve um envolvimento c um rapaz o qual N sei cm nem d onde , enfim e quase um ano após saber disso eu tive um certo bloqueio N consigo ser 100% na cama , toda vez q penso em ter relação me vem a situação dela saindo c um rapaz . E enfim eu não sei oq foi esse bloqueio.