“Boa tarde, Dr. Douglas, parabéns pelo trabalho! Tenho 35 anos, casada há 05 e tenho 03 filhos. Os 02 últimos, frutos deste casamento. Devido a desilusões amorosas anteriores, escolhi e decidi me casar com alguém que me amasse e que também amasse meu filho. Pensei que assim seria mais fácil e que o amor viria depois. Casei com alguém com escolaridade, profissão e idade inferiores a minha e que eu não amava. O amor nunca veio. Ficamos longos períodos sem sexo e, apesar dele se mostrar carinhoso, eu o dispenso na maioria das vezes. Passar de 05 a 08 meses sem ser procurada para sexo é comum. E ainda prefiro assim. Ele faz de tudo pra me agradar. É um bom pai, mas, não tenho a menor vontade de ser tocada por ele. Quase me divorciei há 06 meses, porém, ele pediu uma chance e eu cedi. E assim vou vivendo: sem sexo, sem amor e sonhando com o divórcio, um dia. A família vai bem, mas, eu não sou nem de perto, feliz neste casamento. Tenho medo de ficar responsável por três filhos sozinha. Estou colocando a família acima da minha felicidade. O que fazer”?
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Resposta:
Querida leitora, a vida de todos nós é resultado das nossas escolhas. Negar isso é o mesmo que negar que precisamos de ar e água para sobrevivermos. Ao que tudo indica, você fez uma escolha equivocada. Veja bem suas colocações: após várias desilusões amorosas, decidiu se casar com alguém que amasse você e ao seu filho. Até segunda ordem, isso parece ser algo bastante lúcido e coerente. Entretanto, a continuidade do seu discurso beira o desastre, do ponto de vista afetivo. Você não amava este homem que ama vocês dois e, pensou que, com o tempo, o amor viria. Este tipo de aposta é algo extremamente perigoso. O amor poderia vir depois? Sim, claro. Já ouvi casos como este. Agora, apostar suas fichas numa situação dessa e ainda ter dois filhos com um homem, nestas circunstâncias, me parece arriscar demais, talvez até, de maneira irresponsável.
Obviamente, não é possível viver sem correr algum tipo e/ou quantidade de risco. Entretanto, isso tem de ser minimamente mensurado e você não o fez. O resultado está aí. Vive com um homem que não ama, que sente repulsa do ponto de vista sexual, que é bom pai, que gosta de você e faz de tudo pra te agradar. É triste dizer isso mas, ao que tudo indica, sua aposta deu errado. A maior prova do que estou dizendo é o fato de você ter dito que quase se divorciou há 06 meses e que, a separação é um sonho, visto que está num casamento sem amor, nem sexo. Será mesmo que o casamento é pra simbolizar uma espécie de condenação? Sinceramente, penso que não. E você está se condenando. Como foi dito, a família vai seguindo bem mas, não existe felicidade neste relacionamento. Imagino que seu marido também não deva estar se sentindo bem porque, mesmo com todo esforço, você permanece distante dele, inclusive, do ponto de vista sexual.
Duas coisas me chamaram muito a atenção, ao finalzinho da sua mensagem. A primeira delas foi a de dizer que tem medo de se separar e ficar responsável por três filhos, sozinha. E, a segunda, foi o fato de estar colocando a família acima da sua felicidade. Em primeiro lugar, é preciso dizer que, a maioria das escolhas que fazemos, implica quase instantaneamente em ônus e bônus. Pode até parecer meio clichê, mas, aquela conversa de que toda escolha implica em uma renúncia, é algo inteiramente verdadeiro. Afinal de contas, se decidirmos por algo, instantaneamente estamos abrindo mão de alguma coisa. A responsabilidade de ficar com três crianças é algo muito sério, mas, é o preço a ser pago para que você possa se dar a chance de ser feliz, verdadeiramente, do ponto de vista amoroso. Esta seria uma atitude honesta consigo mesma, em que pese todos os sacrifícios que teriam de ser implicados nesta decisão. Colocar a família acima da sua felicidade pode até soar como algo muito nobre; porém, na minha humilde opinião, é uma incompetência de se equilibrar as coisas. Se você estiver triste, depressiva, vivendo em desesperança, pode ter certeza de que, de uma forma ou de outra, irá transmitir isso para seus filhos e marido.
Dicas pra você: já deve ter dado pra perceber que sua separação é algo que vem passando por um processo de maturação. Tanto, que já foi até tentada mas, pelos motivos já relatados aqui, você acabou declinando da ideia. Todos nós temos direito de sermos felizes no amor. Você é uma mulher jovem e que tem toda a vida pela frente. Apesar dos medos que perpassam sua mente, saiba que, continuar nos termos que está, somente trará mais e mais problemas. Está na hora de olhar para sua vida de frente, de uma vez por todas, e ser honesta consigo mesma. Não subestime sua capacidade de lidar e superar as adversidades. Por fim, tenha mais sabedoria e coerência em suas escolhas. Eu aposto que você consegue e que é muito mais forte do que imagina. E você? Boa sorte em seu caminhar!
Um abraço do
Douglas Amorim
Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade
Consultório: (31)3234-3244
www.douglasamorim.com.br
Instagram:@douglasamorimpsicologo
Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim
mesma situação e circunstancia igual a tua,sou homem,65 anos,casado a 38 anos,dois filhos.Como disse o psicologo uma inconsequencia,e falta de orientação.Parece que somos desprovidos de vontade e facilmente induzidos,mas o fato é queira ou não a decisão foi nossa,tendo nobreza ou não de colocar a família,os filhos em primeiro lugar.Acho que dependencia afetiva,que é uma coisa que nos acompanha desde sempre,devia funcionar a nosso favor.Estou doente e aposentado,mas penso em fazer algum trabalho voluntário voltado ao auxilio as pessoas.Pelo menos isso é uma coisa que estou certo,mais importante que idealizar uma união matrimonial,que apesar do nosso esforço ,me parece um privilégio para poucos.
Ola, sobre o que escreveu, vai minha opinião. Não tive como você a experiência do casamento, namoro com uma pessoa a pouco tempo, gosto e planejo casar, ter filhos em breve. Estar casado ou namorando alguém que não gostamos, dormir juntos, fazer planos, acordar, não ter intimidade sempre, é muito ruim no seu caso. Ainda é pior porque você não o amando antes de casar, teve filhos achando que com os filhos tudo ia ser diferente ou seja ia a vir a gostar dele. ‘’Sua vida ia ser igual num conto de fadas, felizes para sempre’’. Não sei quanto tempo você teve de namoro e está casada, o certo seria você ter casado por amor e não como diz, casou esperando que no relacionamento fosse a vir a gostar dele. Uma relação no qual só um faz tudo que é o caso do seu marido para que de certo a relação, não é certo. Porque numa relação tem que ter troca, sintonia, amor, intimidades. Pelo que pude perceber sobre seu relato, você casou para mostrar para a sociedade. Estou casada, tenho filhos, sai da casa dos meus pais, sou independente. Vejo que deve ser repensado se vale a pena sua relação como está até hoje. Ficar infeliz fazendo o outro infeliz, não gostar do seu marido, vê que não existe amor, companheirismo, união, etc. não concordo. O que tem que fazer o mais rápido, é separar. Vai ser feliz e ele também. Procure outra pessoa que você possa a vir a gostar e ele também a gostar dos seus filhos. Hoje está até fácil, porque tem a tecnologia para ajudar. Aplicativos como o Tinder para fazer amizades ou mesmo arrumar um namorado. Como ele é um bom, pai irá continuar dando assistência aos filhos como pensão, carinho, amor. Tenho mais de 30 anos, ainda não casei e não tive filhos porque não aconteceu de encontrar a pessoa certa. Não ligo para a sociedade, familiares. O que dizem ou pensam sobre mim. Falo é o seguinte, não peço ninguém para pagar minhas contas. Cada um que cuide da sua vida. Vou casar e ter filhos na hora que achar que devo e ainda moro com minha mãe. Tem muitas mulheres mães solteiras que cuidam muito bem de seus filhos, elas são pais e mães, tenho uma amiga que é mãe solteira porque o pai não assumiu e porque não gostava dele o suficiente para casar. Ela cuida muito bem da filha e tem o padrinho da filha que ajuda devido ela não ter mais pais. Ele é bem financeiramente e não teve filhos. Boa sorte.