“Boa noite, Dr. Douglas.Tenho vinte e cinco anos. Estou num relacionamento de três anos, no qual meu namorado rompeu comigo quatro vezes, sendo que, em três delas, não havia motivo suficiente para terminar. Todas as vezes eu o procurava, chorava, implorava e ele voltava. Nesses términos ele sempre se relacionava com outras pessoas e eu também. Quando voltávamos ele me falava a verdade e eu omitia. Sou uma pessoa extremamente intensa. Já ele, é reservado não é de fazer declarações e demonstrações explícitas de amor. Na última vez que terminamos (quarta vez), ele terminou pelo fato de ter descoberto que, das outras vezes, eu fiquei com outros homens e não contei a ele que havia feito isso. Ofendemos muito um ao outro e, depois de lágrimas e humilhações que me submeti, voltamos. Nesses três anos, aconteceram coisas que eu ia aceitando, como por exemplo, conversas com ex. namoradas e mentir para sair escondido. Essas atitudes dele me faziam muito mal. Durante um certo tempo, decidi entender a forma de amar dele e tentei enxergar, em pequenos atos, o amor que ele sentia. Hoje penso se realmente vale a pena eu lutar por tão pouco. Acontece que, no período em que estávamos separados, eu conheci uma outra pessoa e fiquei abalada. Ele diz estar apaixonado e me tratou como meu namorado nunca fez. Ajudei meu namorado na faculdade, inclusive financeiramente, e ele sequer me convidou para a colação de grau. Tenho medo de romper com ele pra viver outra relação e depois, descobrir que fiz a escolha errada. Também sinto receio de como ele irá se sentir, depois de eu dizer que o amava tanto e romper a relação. Estou indecisa. Devo insistir em algo que não me faz bem ou é melhor conhecer o novo”?
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Resposta:
Querida leitora, um relacionamento de três anos, que é atravessado por quatro términos é, no mínimo, questionável, não acha? A média fica acima de um término por ano. Pelo visto, ele sempre finalizava a relação e você implorava pra voltar, colocando-se em condições humilhantes, conforme foi relatado. Eu pergunto: é pra isso que você quer namorar? Pra viver um massacre diário? Creio que não. Ou, pelo menos, quero crer que não. O desrespeito se manifesta constantemente nas atitudes de sair às escondidas e manter contato com ex-namoradas. Claro que isso te incomoda, mas, você foi aceitando…
E, foi engolindo também, um jeito seco, sem manifestações de carinho sendo que, você disse ser extremamente intensa. Tenta ser a “mãe da compreensão, tentando enxergar, bem lá no fundo, a forma dele de amar. Desculpe-me, mas, pra enxergar isso, parece que irá precisar de uma lupa fabricada pela NASA. Não tê-la convidado para a colação de grau, sendo que você o ajudou durante todo o curso, inclusive com dinheiro, demonstra mais um desapreço por parte dele em relação a você. Alguma vez você já teve notícia deste tipo de coisa? Digo, quantos casos você já ouviu falar, nos quais, o namorado, não convidou a namorada para sua formatura? Parece-me, no mínimo, estranho.
No ínterim desse vai e vem, você acabou conhecendo uma pessoa que, pelo visto, se encantou por você. Sua fala deixa isso muito claro ao afirmar que ele “te tratou como seu namorado nunca havia feito”. Obviamente, isso mexeu com sua autoestima. Sua relação já tem um pouco mais de três anos e, pelo que pude entender, ele está longe do tipo de companheiro que você deseja ao seu lado. Aliás, você já se fez essa pergunta? Que tipo de homem você gostaria que estivesse ao seu lado? Pelo visto, a pessoa que busca para si, não apresenta as características que percebemos no seu atual parceiro. Sempre digo aos meus pacientes e leitores que amor é importante ,mas que, nem de longe, é suficiente para sustentar uma relação. Por isso que você deve começar imediatamente a se apropriar do seu real desejo. Mas, o que seria isso? Eu explico logo abaixo.
Dicas pra você: todos nós temos tipos ideais de homens e mulheres com os quais gostaríamos de relacionar. Podemos falar de tipos físicos, psicológicos, intelectuais, profissionais, financeiros etc. Logicamente, a pessoa perfeita não existe. Entretanto, é preciso tentarmos estabelecer o mínimo que podemos aceitar de um companheiro (a), obviamente, dentro de uma perspectiva coerente. Isso tudo precisa ser levado em conta além da questão afetiva. Você poderia me perguntar: nossa, Dr. Douglas, mas isso não seria racionalizar a relação afetiva? Eu responderia: é claro que sim!
É preciso sabermos conciliar o emocional com o racional. Em outras palavras, digo que é preciso termos inteligência emocional. As pessoas que a tem, conseguem fazer escolhas melhores, porque conseguem manter a autoestima elevada, partindo de um conhecimento verdadeiro do próprio desejo. Ou seja, se sei o que quero, também sei o que não quero. Sendo assim, tomo decisões que vão ao encontro do que realmente busco e não, em direção contrária. Não vou dizer – e nem deveria – com qual dos dois deve ficar, porque não tenho autoridade para isso. No entanto, posso aconselhá-la a ouvir mais o próprio desejo e a não acomodar-se em situações que causam notório sofrimento. Pense nisso e boa sorte pra você!
Um abraço do
Douglas Amorim
Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicologia Médica, mestre em Educação, Cultura e Sociedade
www.douglasamorim.com.br
Instagram: @douglasamorimpsicologo
Canal no youtube: https://www.youtube.com/user/douglasdanielamorim
Independente se voce conheceu outra pessoa ou não, eu acho que voce está fazendo hora extra com esse cara. Mulher nasceu pra ser bem tratada e feliz, e não pra ter que passar humilhações pra ter o namorado de volta. O primeiro amor é o amor próprio, sai fora logo moça. Quando o “luto” do término passar você vai ser perguntar o porque não ter terminado antes. Vai ser feliz você merece, e boa sorte com o novo boy!
Pra mim, o fato de ele nao ter te convidado rpa colação tendo vc o ajudado até financeiramente na faculdade já seria motivo pra terminar. To passada, le denovo sua pergunta q nao tem nem como entender como vc ainda nao terminou com ele!